Delações em poder da Justiça pode implodir classe política tocantinense

Posted On Terça, 20 Junho 2017 10:47
Avalie este item
(0 votos)

Duas delações que já estão em Poder da Justiça, por dois relatores, podem implodir a Classe Política tocantinense a qualquer momento. São documentos e depoimentos com detalhes e provas incontestáveis.

Por: Edson Rodrigues

A investigação que segue em segredo de Justiça necessita da homologação do Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que entre os delatados, quatro possuem foro privilegiado por exercerem mandatos eletivos.

No entanto, uma fonte em Brasília nos adiantou que parcialmente o conteúdo dos documentos, caso sejam confirmados durante a investigação será devastador para a carreira política de muitos tocantinenses, com o possível bloqueio de bens e contas bancárias, devolução do erário público, dentre outras punições. Conforme nossa fonte, essa operação, que até o momento é apenas investigação de denúncias e delações estão sendo realizadas por meio da Justiça em Brasília, e pode ser desencadeada e exposta para os tocantinenses a qualquer momento, mediante homologação do STF.

Paralelo a esta investigação, existem outras que estão em tramitação e não dependem de autorização para seu desencadeamento, portanto podem ser deflagradas pela Justiça. Estas mencionam gestores, políticos, ex-políticos e diversos tocantinenses, outras investigações estão em curso no País, e que mais uma vez envolve conhecidos no cenário público do Estado.

Segundo uma fonte informou ao O Paralelo 13, quando vierem à tona, elas podem trazer efeitos devastadores. A investigação, conforme tomamos conhecimento trata-se de mais uma operação de combate à corrupção, que envolve pessoas em todos os escalões e esferas da administração pública.

A classe política brasileira em sua maioria está envolvida em inquéritos e investigações por diversas irregularidades, dentre elas a maior parte dos casos trata-se de corrupção, malversação do bem público. Isso se dá em todas as esferas, municipal, estadual e federal. No Tocantins, Norte do País assim como demais estados a realidade não diferencia. Órgãos fiscalizadores como os Tribunais de Contas do Estado, da União, Ministério Público Federal e Estadual, Tribunais Justiça estão abarcados de processos, inquéritos, assim como a Polícia Federal com inúmeras investigações e executando operações.

Assembleia

Ao que consta, e tivemos acesso, membros do Legislativo Estadual estão atolados dos pés à cabeça, comprometidos com diversos esquemas. Até o momento, três nomes são citados nas investigações como envolvidos no caso. Caso as investigações tornem-se processos, estes podem até serem impedidos, assim como o senador Aécio Neves de exercerem mandatos temporariamente.

Sem associação alguma, o mais peculiar e intrigante deste caso, é que tais envolvidos nos esquemas são os mesmos que hoje são contra o projeto do Executivo em contrair um empréstimo voltado para a construção da Ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, construção e ampliação dos hospitais de Palmas, Araguaína e Gurupi, duplicação das Rodovias e inúmeras outras obras de cunho social.

Pelos documentos parciais, em que o Paralelo 13 obteve acesso, acreditamos que o Ministro Edson Fachim pode optar pelo afastamento do exercício da função de pelo menos dois dos deputados do Tocantins envolvidos no caso. Podemos apenas supor, jamais ter certeza do que se passa em cabeça de Juiz.

Soubemos ainda que as autoridades que investigam os casos já são conhecedoras de todos os detalhes, com provas incontestáveis. Segundo nossa fonte, mais de 80% dos investigados e supostamente envolvidos com o esquema de corrupção fazem parte da classe política. Existe ainda aquela minoria, considerada “o baixo clero”, que receberam mesadas, tiveram passagem por gabinetes de alguns deputados na Assembleia e também pelo Palácio Araguaia, lugares estratégicos e com poder de decisão. Tem um ex-deputado federal, que após tornar pública duas delações corre sérios riscos de perder o emprego que conseguiu há pouco mais de três meses. Ao que parece, em breve veremos o “Tocantins sendo passado a limpo”.

Fiscalização

O Ministério Público Federal e Estadual tem sido incansável em sua atuação no combate à corrupção. No Tocantins, além do MPE, temos ainda o trabalho desenvolvido pela Justiça Estadual e a Defensoria Pública que em todas as seccionais tem contado com profissionais éticos e implacáveis em defender o direito do cidadão.

O trabalho destes órgãos não tem se limitado apenas no combate à corrupção, mas no apoio as pessoas que necessitam que seus direitos sejam assegurados por meio da justiça. A imprensa considerada por muitos como o quarto poder, que tem a função de levar a sociedade informações imparciais, verídicas, independente de quem ou o que se trata também contribui para a divulgação de fatos, e além de muitos descobertos pela imprensa esperamos que além do trabalho desempenhado por todos os órgãos, a população faça o seu próprio julgamento dos políticos tocantinenses que no próximo ano colocarão seus nomes para disputar um cargo eletivo nas eleições de 2018. Que analisem na escolha do Executivo, do senado, dos deputados estaduais e federais. Lembrando que estes o representará por quatro anos, no caso do senador, o mandato é de oito anos.