O exercício moderado a vigoroso melhora o sono, reduz a pressão arterial, protege contra doenças cardíacas, diabetes e combate a ansiedade e a depressão
Da Revista IstoÉ
Levante-se e se movimente – mesmo pequenas doses de atividade física, como uma caminhada rápida, podem reduzir substancialmente o risco de depressão, de acordo com uma nova análise de dados.
Os níveis recomendados de exercício nos Estados Unidos, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, incluem atividade aeróbica em níveis moderados (como uma caminhada rápida) por 2 horas e meia por semana, juntamente com um treino de todos os principais grupos musculares duas vezes por semana.
“A maioria dos benefícios é percebida ao passar de nenhuma atividade para pelo menos alguma”, escreveram os autores do estudo.
Alternativamente, uma pessoa pode escolher um exercício aeróbico vigoroso, como correr, por uma hora e 25 minutos por semana, juntamente com a mesma quantidade de treinamento de força.
O exercício moderado a vigoroso é bom para nós, de acordo com o CDC. Melhora o sono, reduz a pressão arterial, protege contra doenças cardíacas, diabetes e câncer, reduz o estresse, melhora o humor e combate a ansiedade e a depressão.
Mas no mundo agitado de hoje, muitas pessoas acham difícil encaixar uma corrida ou uma visita à academia. Adicione depressão à mistura e a motivação para o exercício cai ainda mais, dizem os especialistas.
Cada passo ajuda
A meta-análise, publicada na quarta-feira (13) na revista ‘JAMA Psychiatry’, analisou 15 estudos envolvendo mais de 190.000 pessoas para determinar quanto exercício era necessário para reduzir a depressão.
Adultos que fizeram atividades equivalentes a uma hora e 25 minutos de caminhada rápida por semana tiveram um risco 18% menor de depressão em comparação com aqueles que não se exercitavam, segundo o estudo.
Subir para um “volume de atividade equivalente a 2 horas e meia de caminhada rápida por semana foi associado a um risco 25% menor de depressão”, disseram os autores do estudo.
Os benefícios foram mais fortes quando uma pessoa deixou de ser uma batata de sofá para adicionar movimento ao dia, disse o estudo. No entanto, o exercício acima dos níveis recomendados não forneceu nenhum benefício adicional.
“Nossas descobertas, portanto, têm novas implicações importantes para os profissionais de saúde que fazem recomendações de estilo de vida, especialmente para indivíduos inativos que podem perceber o objetivo atual recomendado (de exercício) como irreal”, escreveram os autores.
Pesquisa anterior
Um estudo publicado em 2018 encontrou resultados semelhantes: pessoas que se exercitavam tinham cerca de 43% menos dias de problemas de saúde mental.
“Mesmo caminhar apenas três vezes por semana parece dar às pessoas uma saúde mental melhor do que não se exercitar”, disse o autor do estudo Adam Chekroud, professor adjunto assistente de psiquiatria da Universidade de Yale.
Exercitar-se em sessões de 45 minutos de três a cinco vezes por semana foi o mais benéfico para melhorar a saúde mental, segundo o estudo de 2018. No entanto, mesmo fazer tarefas domésticas reduziu os dias de saúde mental em cerca de 10%, segundo o estudo.
Um estudo publicado em 2020 descobriu que mesmo exercícios leves ajudavam a proteger as crianças contra o desenvolvimento de depressão. O estudo de 2020 revelou que 60 minutos de movimento simples por dia aos 12 anos estavam ligados a uma redução média de 10% na depressão aos 18 anos.
Os tipos de movimento incluíam corrida, ciclismo e caminhada, além de atividades como fazer tarefas domésticas, pintar ou tocar um instrumento.