Deputada Flordelis mandou matar pastor Anderson, diz polícia

Posted On Segunda, 24 Agosto 2020 07:31
Avalie este item
(0 votos)
Deputada foi apontada pela polícia como mandante do crime Deputada foi apontada pela polícia como mandante do crime

Agentes cumprem mandados em endereços na capital do Rio de Janeiro, nas cidades de Niterói e São Gonçalo, e também em Brasília.

Polícia prende seis filhos e uma neta. O inquérito concluiu que Anderson foi morto por questões financeiras e poder na família

 

 

Por Agência O Globo

 

As investigações sobre a morte do pastor Anderson do Carmo concluíram que a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) foi a mandante do assassinato, diz a Polícia Civil. Ela foi denunciada à Justiça pelo crime. Nesta segunda-feira, equipes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI) e do Ministério Público Estadual do Rio tentam cumprir nove mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra onze envolvidos no crime. Quatro filhos do casal já estariam presos em casa, em Niterói, na Região Metropolitana. A ação desta segunda foi chamada de Operação Lucas 12".

 

Os agentes estão em endereços na capital do Rio, em Niterói e São Gonçalo, na região Metropolitana do Rio, e em Brasília, no Distrito Federal.

 

O pastor Anderson do Carmo foi assassinado dentro da própria casa no bairro Badu, em Niterói, no dia 16 de junho do ano passado. Na ocasião, a esposa da vítima, a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, relatou em depoimento e à imprensa que o pastor teria sido morto durante um assalto. Ela informou ainda que eles tinham sido seguidos por suspeitos em uma moto quando retornavam para casa.

 

 

Denunciados

Flordelis dos Santos de Souza: por homicídio triplamente qualificado; tentativa de homicídio duplamente qualificado; associação criminosa majorada; uso de documento ideologicamente falso e falsidade ideológica;

Marzy Teixeira da Silva (filha adotiva): homicídio triplamente qualificado; tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa majorada -- presa;

Simone dos Santos Rodrigues (filha biológica): homicídio triplamente qualificado; tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa majorada -- presa;

André Luiz de Oliveira (filho adotivo): homicídio triplamente qualificado; tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa majorada -- preso;

Carlos Ubiraci Francisco Silva (filho adotivo): homicídio triplamente qualificado -- preso;

Adriano dos Santos (filho biológico): associação criminosa e uso de documento falso -- preso;

Flavio dos Santos Rodrigues (filho biológico): Associação criminosa e uso de documento ideologicamente falso -- já estava preso;

Lucas Cezar dos Santos (filho adotivo): associação criminosa;

Rayane dos Santos Oliveira (neta): homicídio triplamente qualificado e associação criminosa majorada -- presa;

Marcos Siqueira (ex-policial): associação criminosa e uso de documento falso -- já estava preso;

Andreia Santos Maia (mulher do ex-policial): associação criminosa e uso de documento falso.

 

O nome da operação

"Lucas 12" se refere a uma passagem bíblica. No livro, o apóstolo lembra uma fala de Jesus a uma multidão.

 

“Tenham cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”, disse Jesus.

“O que vocês disseram nas trevas será ouvido à luz do dia, e o que vocês sussurraram aos ouvidos dentro de casa, será proclamado dos telhados”, emendou.

 

“Alguém da multidão lhe disse: ‘Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo’. Respondeu Jesus: ‘Homem, quem me designou juiz ou árbitro entre vocês?’”

 

“Então lhes disse: ‘Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens.’”

 

Última modificação em Segunda, 24 Agosto 2020 07:43