O Instituto Datafolha divulgou hoje, hoje, 21 de abril pesquisa com resultados de apenas daqueles eleitores que conhecem bem os presidenciáveis Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos; neste caso, Campos parece em primeiro, com 28%, seguido por Dilma, com 26%, e Aécio, com 24%, o que configura empate técnico em razão da margem de erro; simulação cria a percepção de que bastará aos oposicionistas ser mais conhecidos para inverter os resultados, mas o próprio sociólogo Mauro Paulino, diretor do Datafolha, faz ressalvas: "Nada indica que o eleitor típico de Dilma, ao conhecer Aécio e Campos, deixará de votar nela" informou ele a Folha.
Paralelamente o pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (PSDB-MG) será o orador oficial da cerimônia da Medalha da Inconfidência, nesta segunda-feira, em Ouro Preto (MG), que registrará o ponto mais alto das homenagens brasileiras de hoje ao mártir da Independência do Brasil, Tiradentes. Ele usará a data para defender mudanças na condução do país.
Eduardo Campos outro pré-candidato à Presidência, participou ontem da missa de Páscoa no Santuário Nacional de Aparecida. Afirmou que, "como cidadão e cristão", é contra qualquer prática que interrompa a gravidez. Esse resultado, mesmo sendo uma simulação, pode dar amino novo aos militantes, Campos vem tentando criar e antecipar os temas polêmicos e que estão nas pautas diárias dos meios de comunicação.
O instituto constatou, por exemplo, que 57% conhecem Dilma muito bem, índice que cai para 17% com o tucano Aécio Neves e 8% com Eduardo Campos, do PSB. Não conhece a presidente 1% do eleitorado — 25% no caso de Aécio e 42% no de Campos.
Não obstante, a rejeição dos três é de 33%. Observei, então, que muita gente não vota em Dilma porque a conhece, e muitos não votam nos oposicionistas porque não os conhecem. Algumas pessoas chiaram. Chiadeira ociosa.
Outro dado do Datafolha chama a atenção: 17% disseram conhecer bem ou um pouco os três candidatos. E aí se dá algo notável: nesse universo, os três estão tecnicamente empatados: Campos fica com 28%; Dilma, com 26%, e Aécio com 24%. Mais: nesse universo dos que conhecem os candidatos, nem que seja um pouco, a presidente perde as simulações de segundo turno: ela é derrotada pelo tucano por 47% a 31% e, pelo peessebista, por 48% a 31%.
É claro que se trata de números preocupantes para a presidente. Afinal, o objetivo de uma campanha política é justamente tornar conhecidos os candidatos. Isso demonstra como é remota a chance de Dilma, caso não seja solapada por Lula — não creio nisso, deixo claro! —, vencer a disputa no primeiro turno. Na verdade, é mais um indício que aponta o risco de derrota.
Lembrem-se de que a mais recente pesquisa do Ibope já apontou que, hoje, muito provavelmente, é maior o número de brasileiros que reprovam o jeito de Dilma governar do que o dos que aprovam: 48% a 47%. Há um mês, o placar era favorável à presidente: 51% a 43%. Vale dizer: nesse pequeno período, houve uma mudança de nove pontos percentuais contra Dilma Rousseff.
Esses números do Datafolha indicando virtual empate entre os eleitores que conhecem, ao menos um pouco, os candidatos é compatível com um certo sentimento de enfaro que se percebe nas ruas. Se ele vai se traduzir, efetivamente, em voto, ainda não se sabe. Que Dilma não tem razões para comemorar os números, isso é evidente.
Assim, não havia, efetivamente, nada de errado com aquela minha conclusão: muita gente não vota em Dilma porque a conhece, e muitos não votam em Aécio e Campos porque não os conhecem.
Com informações da Folha de São Paulo e da redação