Eleições 2022: PL, PT e PP devem eleger maior número de deputados

Posted On Quinta, 29 Setembro 2022 06:33
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Congresso: levantamento do Diap mostra Câmara com possibilidade de menor renovação Congresso: levantamento do Diap mostra Câmara com possibilidade de menor renovação

2023 terá Câmara menos renovada e redução no número de partidos; veja as projeções do Diap

 

Por: Rafaela Vivas

 

Partidos identificados com a centro-direita e direita, como PL, PP, União e PSD deverão ter maioria dos assentos na Câmara dos Deputados a partir da próxima legislatura que entra em vigor em 2023. Já os da centro-esquerda e esquerda deverão ser minoria, mas mantendo a hegemonia do PT como maior legenda da ala. As projeções são do levantamento e análise de dados da Contatos Assessoria Política e do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

 

Segundo o prognóstico, o partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) que atualmente conta com 76 parlamentares, deve alcançar a marca dos 84 deputados. Já o Partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá ter a segunda maior bancada, deve saltar dos 68 deputados atuais para 88 -- considerando também os assentos projetados para PCdoB e PV, siglas com as quais o PT formou uma federação.

 

Demais partidos

 

A federação do PT/PCdoB/PV e o PL devem fazer a maior bancada na Câmara, seguido do PP, UNIÃO BRASIL, PSD, REPUBLICANOS e MDB. Esse grupo de partidos podem eleger o mínimo de 319 a 481 deputados federais que revela uma concentração de poder na próxima legislatura.

 

O estudo aponta para uma baixa renovação de cadeiras, em particular, na Câmara dos Deputados em função das vantagens aos candidatos à reeleição e recursos disponíveis para campanha.

 

Renovação tímida

 

O Diap calcula que a futura Câmara terá renovação entre 40% e 45%, com a reeleição de algo em torno de 300 deputados. O número de partidos com representantes em 2022 também promete redução acentuada em comparação a 2018. Enquanto no último pleito, 30 partidos conseguiram eleger ao menos 1 deputado, a expectativa é que neste ano, 22 ou 23 partidos consigam eleger ao menos 1 representante.

 

Essa redução é reflexo direto das novas regras eleitorais em vigor nesse pleito, como o fim do financiamento privado de campanha, possibilidade de janela partidária e o fim das coligações, quando não será mais permitida a união de diferentes partidos para concorrer no pleito.

 

Novas regras

 

Os analistas também chamam atenção para as novas regras da Lei 14.211, de 2021, que mudou o critério para preenchimento das vagas que "sobram" no sistema proporcional. Só podem concorrer a elas os candidatos com pelo menos 20% do quociente eleitoral e os partidos com pelo menos 80% do mesmo quociente (número de votos válidos dividido pelo número de vagas). A intenção é evitar que candidatos com votação irrisória se elejam graças a um "puxador de votos" no partido.

 

Segundo o instituto de dados, é justamente nessa "repescagem" que muitos candidatos, mesmo sem protagonismo em suas bases, mas que pelas condições financeiras e estratégia partidária, podem conseguir alcançar uma vaga na Câmara Federal. As surpresas não são descartadas.

 

Método

 

O prognóstico do Diap sobre os partidos e candidatos mais competitivos levou em consideração algumas variáveis, entre elas estão: as pesquisas de intenções de votos; o histórico eleitoral dos partidos e de seus candidatos; coligações majoritárias em cada Estado; projeções dos próprios partidos a estrutura da campanha dos candidatos, inclusive recursos financeiros e acesso ao horário eleitoral gratuito.