Os partidos políticos, senadores, deputados federais e o conglomerado de apoio ao Palácio Araguaia terão que zerar os ponteiros, em termos de representatividade nos executivos municipais, após as eleições de 2024, para poder avaliar seus peso e medida na divisão política territorial do Tocantins.
Por Edson Rodrigues
Serão as eleições municipais de 2024 que definirão o tamanho de cada partido, e palmas é o grande fiel dessa balança, onde, pela primeira vez, haverá segundo turno caso ninguém consiga obter 50% mais um dos votos válidos do primeiro turno.
O imbróglio vivenciado pelo Paço Municipal, provocado pela Operação da Polícia Federal, pode interferir em muita coisa. Conforme o apurado pelo Observatório Político de O Paralelo 13, a prefeita Cinthia Ribeiro não tem digitais nos crimes cometidos por um de seus secretários (hoje ex-secretário), mas as investigações continuam e os milhões em dinheiro e as joias encontradas ainda estão sendo associados aos autores da falcatrua, com outras ações podendo acontecer, segundo informações obtidas pelo nosso Observatório Político, já na próxima semana.
NOMES NA CAPITAL
O envolvimento ou não de Cinthia Ribeiro será determinante para a evolução do tabuleiro sucessório da Capital.
Na semana passada, o ex-prefeito e ex-senador Eduardo Siqueira Campos deixou claro que está no páreo, e vem realizando centenas de visitas em todas as regiões da Capital, e mantendo o trabalho corpo a corpo com os cidadãos.
Segundo Eduardo, ele ainda estuda convites de dirigentes partidários para suas legendas, mas, por enquanto, sua intenção é focar no trabalho de convencimento do eleitorado para, depois definir a questão partidária.
Já o professor Júnior Geo vem conversando com várias lideranças políticas, populares e empresariais, no sentido de aglutinar o máximo de forças, principalmente junto aos formadores de opinião.
Outro que está trabalhando incessantemente é o ex-prefeito Carlos Amastha, bem avaliado por grande parte da população como bom gestor.
Quem corre por fora é o secretário de governo de Wanderlei Barbosa, Jairo Mariano, um político de conceito, ex-prefeito de Pedro Afonso e ex-presidente da Associação Tocantinense dos Municípios, e que vem construindo uma união em torno do seu nome dentro do grupo político palaciano.
Até agora, Wanderlei Barbosa não anunciou, publicamente, o apoio à Mariano, assim como não desestimulou eu secretário a trabalhar sua candidatura à prefeitura.
As deputadas estaduais Vanda Monteiro e Cláudia Lelis, e o deputado federal Ricardo Ayres são os parlamentares que disputam a simpatia do governador Wanderlei Barbosa, junto com Jairo Mariano, pelo apoio do grupo político do Palácio Araguaia.
Por outro lado, já há uma candidatura bem posicionada entre os eleitores palmense, que é a da deputada estadual Janad Valcari, que vem liderando as pesquisas de intenção de voto, mas ainda aguarda o anúncio de apoio à sua candidatura do seu próprio partido, o PL, comandado pelo senador Eduardo Gomes no Tocantins, que ainda pretende sentar à mesa de discussões para definir o apoio à Valcari.
Palmas também tem o deputado Felipinho e o pastor Eli Gomes que devem dar início aos trabalhos em breve, em busca de uma candidatura à prefeitura.
CONDICIONANTES
Ninguém melhor que o próprio Wanderlei Barbosa para ler nas entrelinhas da política da Capital. Ele sabe que precisa de todos os seus aliados unidos para poder assumir o apoio à uma candidatura a prefeito em Palmas, ou entre os atuais pré-candidatos ou a um novo nome.
Mas isso vem sendo definido milímetro a milímetro, mas não de forma vagarosa, sem queimar etapas, para que seja formado um só palanque, numa decisão que só deve sair no primeiro trimestre de 2024, pois todos devem estar cientes de que as eleições municipais de 2024 são o primeiro passo para as eleições majoritárias de 2026, pois o relógio eleitoral será zerado após o resultado das urnas, dizendo quem manda onde e quem é, realmente, liderança política no Tocantins.
Essas serão as condicionantes para quem pretende se candidatar em 2026.
Aapós a votação da minirreforma política no Congresso, os partidos políticos entraram em alerta geral, pois para ter validade já nas eleições do ano que vem, falta apenas a sanção do presidente Lula.
As miras de todos, tanto do Palácio Araguaia quanto dos partidos oposicionistas, estão voltadas para os principais colégios eleitorais. Tudo está sendo silenciosamente articulado para que todos consigam ter candidaturas próprias, pelo menos, nos 12 principais colégios eleitorais, com destaque para Palmas, que, quer queira, quer não, é o grande espelho político do Tocantins, por sediar as principais emissoras de Rádio e TV que transmitirão o Horário Eleitoral Obrigatório, refletindo o bom posicionamento – ou o mal posicionamento – de partidos e candidatos para todo o Estado, assim como as pesquisas eleitorais de intenção de voto.
Por isso, as Convenções Partidárias têem que ser esmeradas em ofertar os melhores nomes para prefeito, vice e vereador, impedindo um enfraquecimento prematuro das legendas.
CANDIDATURA A REELEIÇÃO DE WAGNER RODRIGUES COMPLICADA
Apesar de estar com muitas obras em andamento, o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, (foto) passa a enfrentar uma candidatura de oposição à sua reeleição, de um político muito bem avaliado e que conta com o apoio do governador Wanderlei Barbosa, que é o deputado estadual Jorge Frederico que, inclusive, já começou a formação do seu grupo político, que conta com deputados estaduais e federais, vereadores, empresários, lideranças políticas, religiosas e da juventude.
Aliás, Jorge Frederico trabalha para ser uma ponte de inserção da juventude no primeiro emprego e a sua eleição, com o apoio de Wanderlei Barbosa, significa uma parceria importante e valiosa para a população de Araguaína, com portas abertas para os programas de geração de emprego e renda, tão demandados pela população mais jovem do município.
Pelo andar da carruagem, Wagner Rodrigues já não voa mais em céu de brigadeiro em sua postulação à reeleição.
EXEMPLO
Assim como o exemplo de Araguaína, o Palácio Araguaia deve intensificar as articulações para a formação de novas alianças, buscando fortalecer as candidaturas que decidir apoiar em todos os municípios, sejam próprias ou de partidos aliados, além de buscar agregar outras candidaturas em municípios onde os palacianos ou não têm candidatura ou suas candidaturas não decolaram.
Como dito no início, serão as convenções partidárias que irão zerar os relógios políticos e abrir a contagem regressiva.
Estamos de olho!!