Governo autorizou repasse de R$ 1,7 bilhão, o maior valor desde o início do mandato
por: Lis Cappi
Em meio às negociações para aprovar a medida provisória de reestruturação dos ministérios, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma liberação recorde de emendas parlamentares: foi R$ 1,7 bilhão em apenas um dia, concedidos na 3ª feira (30.mai) - mesma data em que o tema foi adiado na Câmara e de derrotas para a base de Lula no Congresso, com a aprovação do marco temporal.
O novo valor é maior se soma a outros pagamentos autorizados no governo e eleva os repasses à Câmara para R$ R$ 4,87 bilhões desde o início do ano, segundo valores monitorados pelo Portal da Transparência. O montante liberado apenas na 3ª também coincide com os R$ 1,7 bi que foram bloqueados em ministérios, para que o governo não ultrapassasse o teto de gastos.
O movimento se soma às negociações entre Planalto e Congresso para concluir a votação da reestruturação dos ministérios. A medida provisória precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até amanhã, 1º de junho, para que não deixe de valer. Caso haja alguma interferência no processo, toda estrutura do governo definida por Lula será cancelada, e o presidente perderá 17 ministérios.
Com divisão de votos para a medida, Lula convocou, mais cedo, uma reunião com ministros palacianos para articular as negociações. A expectativa é que a proposta vá ao plenário da Câmara nesta 4ª feira. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiu que no que depender da Casa Alta, a medida será votada até antes de vencer.