Governador Marcelo Miranda pode dar aval para que partido regularize sua situação jurídica na cidade e participe ativamente da sucessão municipal
Por Edson Rodrigues
O PMDB de Porto Nacional pode “acender a vela da paz” ainda esta semana com iniciativa do governador Marcelo Miranda e do presidente estadual da legenda, Derval de Paiva, com o abono dos deputados estaduais Ricardo Aires, Valdemar Jr., Nilton Franco e Paulo Mourão, todos da base política de sustentação do governo Marcelo Miranda.
O clima, tudo indica, é de paz e união. Em conversas com uns 15 modebas, esta semana, em Porto Nacional, todos eles pré-candidatos a vereadores, apuramos que o pensamento é quase unânime: “temos que superar nossas divergências e organizar o partido junto à Justiça Eleitoral, sob pena de não podermos fazer parte deste pleito, nem com candidatura própria, nem em coligação”.
Já, um cacique mais velho sentenciou: "o modeba é historicamente teimoso, em nível nacional, estadual e municipal, mas na “hora h", acaba seguindo seus líderes, mesmo sendo muito desconfiados. Porém, esse mesmo cacique faz uma ressalva: “se realmente o governador vem a Porto com a intenção de unir os cacos do PMDB, isso passa a ser uma ação política do Palácio Araguaia. Nós tardamos, mas ainda há de dar tempo. Vamos ouvir com cautela e atenção. Sabemos que não podemos mais esticar a corda, agora ou vai ou racha”.
Mesmo assim ainda há um grupo, aliás, a maioria, que afirma que ninguém vai aceitar receita pronta do Palácio Araguaia, empurrada “goela abaixo” como lombrigueiros, tudo tem que ser conversado.
HISTÓRICO
O enfraquecimento do PMDB em Porto Nacional data de 7, 10 anos atrás, e, internamente sabe-se que se deve á falta de renovação das lideranças. Apesar da legenda ter participação importante e histórica na vida da cidade, estando presente na luta pela democracia, dos interesses coletivos, sua existência acabou deturpada pela má política que se implantou no Brasil, a da troca de favores e de negociatas. Mas, vale ressaltar que o grupo puro-sangue do PMDB de Porto Nacional merece todo o nosso respeito, pois sempre fez parte da discussão sobre os problemas da coletividade.
Os que hoje “comandam” o partido, só querem saber das picuinhas internas, deixando a real condução da legenda para políticos de outros partidos, detentores de cargos eletivos ou de importância. Seu “presidente” é um “ficha-suja”, chamado André Costa, condenado por improbidade administrativa, só para se ter idéia do fundo do poço onde o partido chegou em Porto Nacional.
A expectativa dessa “velha-guarda” é que, a partir dessa reunião, o partido possa regularizar a sua situação junto à Justiça Eleitoral e abonar a candidatura dos seus atuais vereadores à reeleição, coligar com outras legendas para concorrer à prefeitura ou, até mesmo, quem sabe, lançar uma candidatura própria. Afinal, Porto Nacional é a cidade que mais cresce no Estado, um verdadeiro canteiro de obras e a participação efetiva do PMDB nessas eleições seria um resgate à história do partido no município.
Para um partido que tem cinco deputados estaduais, dois federais, o presidente da Câmara Federal, o Presidente do Senado, o Presidente da República, o governador do Estado e diversas lideranças na política nacional, hoje relegar à Porto Nacional apenas cargos de “chefetes” dentro do governo estadual, sem nenhuma representatividade.
É a chance do PMDB de Porto Nacional voltar a assumir o papel de protagonista na política do Estado. Vamos aguardar os acontecimentos...