GEDDEL E CUNHA FORMARAM QUADRILHA NA CAIXA, DIZ MPF. INVESTIGAÇÃO PODE CHEGAR AO TOCANTINS

Posted On Sexta, 13 Janeiro 2017 22:20
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira a operação “Cui Bono?”, expressão em latim que significa “a quem interessa?”, que deixou o Planalto de cabelo em pé. Na mira dos investigadores, está o ex-ministro Geddel Vieira Lima, responsável, até pouco tempo atrás, por fazer a articulação política entre o governo de Michel Temer e o Congresso.

 

Por Edson Rodrigues

 

O peemedebista baiano é suspeito de ter participado de uma quadrilha que arrecadava propinas na Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013, período em que ocupou o cargo de vice-presidente de pessoa jurídica do banco estatal. Também são apontados como integrantes do esquema criminoso: o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, o doleiro Lúcio Funaro, ambos presos na Operação Lava Jato, e o vice-presidente da instituição financeira pública Fábio Cleto, além de empresários interessados em receber recursos do banco estatal.

“Os elementos de prova colhidos até o presente momento apontam para a existência de uma organização criminosa integrada por empresários brasileiros e agentes públicos que, ocupando altos cargos na Caixa Econômica Federal e no Parlamento brasileiro, desviavam de forma reiterada recursos públicos a fim de beneficiarem a si mesmos, por meio do recebimento de vantagens ilícitas, e a empresas e empresários brasileiros, por meio da liberação de créditos e/ou investimentos autorizados pela Caixa Econômica Federal em favor desses particulares”, escreveu o procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, em sua representação.

Segundo o Ministério Público, Geddel, enquanto ocupava o cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, agia internamente “de forma orquestrada” para beneficiar empresas como a BR Vias, a Oeste-Sul Empreendimentos Imobiliários, a Marfrig e companhias do grupo JBS, entre outras. Depois de defender os pleitos de cada companhia, Geddel repassava informações confidenciais para os demais integrantes da quadrilha, como Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, para que pudessem achacar  empresas que pleiteavam recursos do banco estatal.

 

TOCANTINS

Pelo andar da carruagem está chegando o momento de tirarmos as nossas dúvidas referentes ao empréstimo feito em tempo recorde junto à Caixa Econômica Federal, pela Odebrecht, para a expansão e implantação de serviços de saneamento básico nas cidades de Palmas, Porto Nacional, Paraíso, Gurupi, e Araguaína, no valor de mais de 600 milhões de reais.

Em novembro último, o juiz Sergio Moro assumiu as investigações sobre esse empréstimo que, segundo o apurado teve a intercessão do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que teria sido acionado, segundo informações d bastidores, por dois ex-deputados federais e um atual deputado estadual tocantinenses.

Logo, tudo o que já vínhamos alertando sobre o ano de 2017 para a política tocantinense está prestes a se tornar realidade, com as investigações acerca da Odebrecht se afunilando, dividida em “filhotes”, como disse a imprensa nacional, e sendo setorizadas nos estados em que a Odebrecht tem operações.

As informações de bastidores que obtivemos durante os oito dias passamos em Brasília, na virada do ano, junto a alguns dos principais analistas políticos do Brasil, já deixavam claro que a vida dos políticos tocantinenses não seria nada boa em 2017, por conta das investidas da Polícia Federal e da Operação Lava Jato.

Esperemos que esses dias difíceis deixem bem claro quem é quem, que tem culpa no cartório e quem não tem, para ajudar o povo tocantinense a decidir cada vez melhor, já que em 2018 os principais representantes políticos do nosso Estado serão escolhidos pelos eleitores.

Que tudo seja para o bem.  Doa a quem doer!