A proposta é incluir o projeto a ser contemplado com recursos da venda de crédito de carbono por meio do Programa Jurisdicional de REDD+.
Por Fábia Lázaro
A superintendente de Gestão de Políticas Públicas Ambientais da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Marli Santos, acompanhada de técnicos da pasta e da Secretaria da Pesca e Aquicultura (Sepea), dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) e Tocantins Parcerias (Topar) se reuniu, nesta quarta-feira, 30, com a diretoria da Embrapa Pesca e Aquicultura para conhecer um projeto piloto de modelo integrado de produção de pescado, banana e açaí, conhecido como Sistemão, que está sendo implantado pelo órgão na Terra Indígena Xerente.
A proposta é incluir o projeto a ser contemplado com recursos da venda de crédito de carbono por meio do Programa REDD+ Jurisdicional do Tocantins. A apresentação do Sistemão foi feito pela coordenadora do projeto, a analista de transferência e Tecnologia da Embrapa, Marcela Mataveli que pontuou os recursos necessários para a implantação do projeto que é totalmente sustentável. “Este é um modelo interessante para promover a segurança alimentar destas comunidades e que pode se tornar rentável, podendo ser ampliado, levando em consideração a realidade local de cada comunidade”, explicou.
Durante a reunião, as instituições alinharam o papel de cada um dentro do arranjo institucional. A idéia é formatar um acordo de cooperação técnica entre os órgãos e a Embrapa para a transferência de informação e tecnologia que contemple, também, o repasse de recursos pela Semarh, referente ao pré-investimento da venda dos créditos de carbono com a Mercuria Energy S/A, para implantação e ampliação do projeto.
“Hoje nós estamos aqui fomentando um arranjo institucional para termos uma união de esforço em prol de ofertamos soluções para as comunidades tradicionais e indígenas do nosso estado”, afirmou a chefe-geral a Embrapa Pesca e Aquicultura, Danielle de Bem Luiz.
O gerente de Planejamento e Captação de Recursos da Sepot, Filipi Holanda colocou a pasta à disposição para atuar junto às comunidades, reiterando “a preocupação em entregar de fato, um produto que faça diferença na vida das comunidades”.
Segundo a superintendente Marli Santos, o Programa REDD+ Jurisdicional do Tocantins é uma robusta arquitetura que contempla entre outros aspectos, a transformação dos recursos ambientais em ativos financeiros, a redução das progressões do desmatamento e da degradação e a garantia de salvaguardas socioambientais. “É uma iniciativa que incentiva a conservação da vegetação nativa com respeito aos povos que utilizam as florestas como meio de vida”, completou. Ao final, Ficou definido uma visita in locu à Terra Índigena Xerente com a participação dos respectivos técnicos para melhor planejamento e execução do projeto.