Grupo armado afirma responder bombardeios israelenses na Faixa de Gaza com a execução de reféns; conflito já deixou mais 1,3 mil pessoas mortas
Com Agências
O porta-voz do grupo armado Hamas, Abu Obaida, afirmou nesta 2ª feira (9.out) que o grupo armado vai executar um refém civil israelense a cada novo bombardeio realizado por Israel.
O anúncio foi publicado no aplicativo de mensagens Telegram, por onde o braço armado também prometeu transmitir as execuções. O Hamas culpa o governo israelense por manter os ataques aéreos contra palestinos em áreas residenciais na Faixa de Gaza sem aviso prévio.
"A cada ataque a civis sem aviso prévio terá como reação, infelizmente, a morte de civis sob nossa custódia e seremos forçados a transmitir a execução", disse Omar Obaida. "O inimigo não entende a linguagem da humanidade. Iremos nos dirigir a ele na linguagem que ele entende", acrescentou o porta-voz extremista.
Israel anuncia ter retomado controle na fronteira com Faixa de Gaza
O Exército de Israel anunciou, na madrugada desta 3ª feira (10.out), que retomou o controle na fronteira com a Faixa de Gaza. A notícia acontece pouco tempo após o Ministério da Defesa ordenar a instalação de um cerco completo no local - comandado pelo grupo palestino Hamas. Até o momento, nenhuma nova invasão foi registrada.
Além do controle da fronteira, o exército israeletnte anunciou que está realizando um dos maiores ataques aéreos de todos os tempos contra o Hamas em Gaza. Entre sábado (7.out) e 2ª feira (9.ou), mais de 1,2 mil alvos foram atingidos, incluindo armazéns e fábricas de armas, centros de comando e controle e lançadores de foguetes.
O cenário está gerando preocupação internacional. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, por exemplo, disse estar "profundamente angustiado" com o cerco israelense à Faixa de Gaza. Ele lembrou que a situação humanitária no local já era "extremamente terrível" e que agora deve piorar.
"Reconheço as legítimas queixas do povo palestiniano. Mas nada pode justificar actos de terror e a matança, mutilação e rapto de civis. Embora reconheça as legítimas preocupações de segurança de Israel, lembro também a Israel que as operações militares devem ser conduzidas em estrita conformidade com o direito humanitário internacional. É hora de acabar com este círculo vicioso de derramamento de sangue", disse Guterres.