HONESTIDADE DOS CANDIDATOS É PONTO CRUCIAL NA ELABORAÇÃO DO VOTO, DIZ PESQUISA

Posted On Segunda, 06 Junho 2022 07:00
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Triste do político que não provar ao eleitor tocantinense a sua honestidade. De acordo com a mais recente pesquisa XP/Ipespe, eleitores levam muito em conta a sensação de honestidade e competência dos candidatos. A construção de imagem dos candidatos terá forte peso na hora do eleitor decidir o voto, dizem especialistas.

 

Por Edson Rodrigues

 

O cenário nas pesquisas eleitorais segue estável com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas, para a criação deste cenário, os eleitores enxergam alguns atributos nos candidatos, como a honestidade e a competência.

 

Apesar dos candidatos, em geral, serem figuras já conhecidas, a construção da imagem pessoal de cada um terá forte peso na decisão dos eleitores. Depende, dizem os especialistas, do que cada um conseguir parecer ser.

 

“A percepção que se tem dos candidatos não é necessariamente uma percepção concreta. Não se leva tanto em consideração aspectos racionais mais aspectos emotivos e subjetivos. A percepção, a imagem, é muito transitória. Um determinado discurso, determinado comportamento ou determinada participação, pode mudar completamente o cenário”, disse professor da USP Luiz Alberto de Farias.

 

A pesquisa Ipesp mostrou que, na opinião dos eleitores, honestidade, preocupação com as pessoas e competência são as características mais importantes para o próximo presidente da República, e assim se sucede nos demais cargos que estarão em disputa em dois de outubro.

 

TOCANTINS

No Tocantins, são vários os detentores de mandatos que colecionam processos nas supremas cortes, em Brasília, e nos tribunais de Justiça, Eleitoral e de Contas do Estado.  Muitos deles já condenados em primeira instância, outros em segunda e alguns, até, com recursos em andamento no Superior Tribunal de Justiça.

 

Já outros que estão em pleno processo investigativo por conta da Polícia Federal, terão que dar explicações detalhadas e, principalmente, convincentes, atestando suas honestidades para que não restem dúvidas aos eleitores, que já vinham demonstrando o que a pesquisa Ipesp comprovou: voto em corrupto, não!

 

A imprensa, como fio condutor, e as redes sociais como meios de penetração em massa das informações, estarão cuidando da parte de mostrar, atestar ou colocar em dúvida idoneidades políticas, inclusive relembrando atos do passado, uma vez que os eleitores jovens podem não ter em mente tudo o que já aconteceu de horripilante na política tocantinense, para que a avaliação dos próximos representantes do povo na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal, no Senado, no governo do Estado e na presidência da República, sejam escolhas calcadas em reflexões e análises profundas da idoneidade e do merecimento de cada um dos que buscam esses cargos eletivos.

 

Conta a história que há mais de 2000 anos, quando o filosofo grego Diógenes de Sinope andava pelas ruas de Atenas em pleno dia com uma lanterna acesa, perguntaram a razão para tal atitude, este respondeu: que estava à procura de um Homem Honesto.

 

 

O jornal O Paralelo 13 se compromete com nossos leitores e com a sociedade tocantinense, em geral, em não se omitir nem ser conivente com qualquer tipo de ato desabonador deste ou daquele candidato, aplicando a ética que nos é garantida pela liberdade de expressão, ao expor os nomes e os processos que maculam a vida dos candidatos que vão tentar ludibriar a consciência dos eleitores.

 

Assim como identificar, prontamente, as injustiças advindas dos pré-julgamentos, como o que aconteceu com o ex-governador Marcelo Miranda, que foi preso, sofreu operações da Polícia Federal e, no fim, a própria Justiça Federal se pronunciou, afirmando que não havia o que ser julgado contra Marcelo, pois não foram encontradas, nos autos, provas que o ligassem aos crimes investigados.

 

Carlos Amastha e Marcelo Miranda  fichas limpas com direitos políticos assegurados pela Justiça Federal

 

Ou o caso envolvendo o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, igualmente visitado pelos homens da Polícia Federal e nada teve comprovado contra si.

 

Tanto Marcelo quanto Amastha estão com seus direitos políticos restabelecidos e assegurados, livres para ser candidatos ao que quiserem em dois de outubro.

 

MUITO POR ACONTECER

 

Pode parecer exagero, mas é fato que, até o dia dois de outubro, muitas outras operações da Polícia Federal estão “engatilhadas” para acontecer em território tocantinense, no combate incessante à corrupção.

 

Os brasileiros – e os tocantinenses, em especial – têm que dar graças a Deus por ter uma Polícia Federal tão competente, alerta e eficiente que, mesmo sofrendo investidas externas para minar sua credibilidade, ceifar sua capacidade de ação e sua autonomia, tentando transformá-la em uma “polícia de governo”, se mantém fiel às suas finalidades e competências, não deixando que esses atos abalem a coragem, a determinação e a vontade desses homens e mulheres que compõem a PF em agir em benefício da população.

 

 

Nem mesmo a falta de reconhecimento por parte de algumas autoridades, que insistem em ações para prejudicar os ganhos desses agentes do povo, estão sendo capazes de refrear a obstinação em fazer uma limpa dos corruptos que habitam o cenário político e empresarial, com atenção especial ao Estado do Tocantins que, nos últimos quatro anos vem sendo  o recordista absoluto em ações de combate à corrupção em todos os Poderes, com desembargadores aposentados compulsoriamente por suspeita de venda de sentenças, ex-governadores cassados, outros afastados, presos, presidentes de Câmaras Municipais e prefeitos presos, afastados ou condenados, sem contar com os deputados com N processos por suspeitas de corrupção.

 

Para nos livrar dessa corja, só os valorosos homens e mulheres da Polícia Federal, dos Ministérios Públicos Estadual e Federal e dos órgãos investigativos que compõem essa frente anticorrupção.

 

RESALVAS

 

De qualquer maneira, já agindo com a ética que o jornalismo necessita, também é nossa obrigação ressaltar que operações da Polícia Federal, buscas e apreensões, feitas em casas e escritórios políticos, repartições e órgãos públicos, não significam, necessariamente, que todos sejam culpados ou que tenham algum envolvimento direto com o que se investiga.

Não é dever da imprensa fazer qualquer prejulgamento ou inocentar quem quer que seja.  Para isso existe a Justiça. Justiça essa que também tem outro papel nesse processo, que é o da celeridade nas apurações dos fatos, possibilitando uma manifestação sobre culpabilidade antes das eleições de dois de outubro.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 estará sempre atento a qualquer novidade, positiva ou negativa sobre os alvos de todas as investigações em andamento no Tocantins, acompanhando de perto as operações e cumprindo seu papel de manter o povo bem informado.

 

Estamos de olho!!