O Hospital Samaritano da Barra pediu na última quinta-feira (7), em ofício à Polícia Federal, que fossem enviados policiais federais para monitorar o ex-deputado Roberto Jefferson, que está internado há mais de um mês na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo o documento, o hospital "não tem mais condições de suportar os ônus financeiro e humano decorrentes dessa vigilância privada 24 horas por dia".
Com G1
Jefferson recebeu alta hospitalar na quarta-feira, após 35 dias internado. Primeiro para tratar uma infecção urinária e depois para um cateterismo.
Procurada pelo g1, a assessoria do hospital informou que não comentaria o caso.
O ofício do hospital foi enviado pela PF ao ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão do ex-deputado no dia 13 de agosto.
Na decisão, o ministro escreveu que o político faz parte de uma "possível organização criminosa" que busca "desestabilizar as instituições republicanas".
Jefferson aguarda Moraes decidir se vai para a prisão domiciliar ou volta para o sistema prisional.
Enquanto isso, o Hospital Samaritano pede "que sejam enviadas informações sobre o procedimento a ser seguido para a desospitalização e a transferência do custodiado, bem como requerer o envio, tão célere quanto possível, de equipe policial para fazer a escolta do sr. Roberto Jefferson".
No ofício enviado à PF afirma que "O hospital vem custeando, há quase 35 dias, um posto de vigilância privada, 24 horas por dia, em frente ao quarto do sr. Roberto Jefferson; ocorre que, lamentavelmente, o hospital não tem mais condições de suportar os ônus financeiro e humano decorrentes dessa vigilância privada 24 horas por dia, seja porque não possui poder de polícia, seja porque não detém condições de garantir a devida segurança ao paciente/custodiado, bem como aos colaboradores e demais pacientes do hospital."