IBGE: renda domiciliar per capita em 12 estados é menor que salário mínimo

Posted On Sexta, 28 Fevereiro 2020 13:49
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Rendimento foi de R$ 1.438,67 por mês em 2019. No Rio, ganho sobe 11,4% ante o registrado em 2018, a 2ª maior alta, no Tocantins foi de R$ 1.055,60

 

Com Agência Brasil

 

O rendimento domiciliar por pessoa (per capita) do Brasil foi de R$1.438,67 por mês em 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O valor é 4,78% maior do que o registrado em 2018, sem considerar a inflação, que terminou o ano em 4,31%. Em 12 estados, a renda domiciliar per capita foi menor que o salário mínimo nacional, de R$ 998 no ano passado.

 

O rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. O cálculo inclui pensionistas, domésticos e seus familiares. Em 2018, 13 estados brasileiros possuíam renda domiciliar per capita menor que o salário mínimo nacional.

 

A desigualdade é explicada por fatores como a estrutura do mercado de trabalho e a taxa de desemprego de cada região (mais altas no Norte e Nordeste), o nível educacional da população e o tamanho das famílias.

 

A desvantagem econômica está concentrada em estado do Norte e do Nordeste, onde há o predomínio da informalidade. No ano passado, 11 estados já tinham mais informais do que formais.

 

Como nos anos anteriores, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento per capita, de R$ 2.685,76 em 2019. O valor mais elevado pode ser explicado pela concentração dos serviços públicos, cujos salários são mais elevados, na região.

 

Já o menor rendimento por pessoa foi observado no Maranhão, de R$ 635,59 por morador, o que representa menos da metade da média nacional.

 

No Rio de Janeiro, a renda domiciliar per capita subiu de R$ 1.698 para R$ 1.881,57 no ano passado, uma elevação de 11,4%. Foi a segunda maior elevação de rendimento entre os estados brasileiros, atrás apenas do Espírito Santo, que registrou de 14%.

 

Em São Paulo, estado mais rico do país, por sua vez, a alta foi de 2,51%, atingindo R$ 1.945,73

 

Os dados fazem parte da Pnad Contínua e servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.

 

Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras entrevistas dos quatro trimestres da pesquisa.

 

Veja o rendimento nominal mensal domiciliar per capita em 2019, por estado:

 

Maranhão: R$ 635,59

Alagoas: R$ 730,86

Pará: R$ 806,76

Piauí: R$ 826,81

Amazonas: R$ 842,08

Amapá: R$ 879,67

Acre: R$ 889,95

Bahia: R$ 912,81

Paraíba: R$ 928,86

Ceará: R$ 942,36

Pernambuco: R$ 970,11

Sergipe: R$ 979,78

Roraima: R$ 1.043,94

Tocantins: R$ 1.055,60

Rio Grande do Norte: R$ 1.056,59

Rondônia: R$ 1.136,48

Goiás: R$ 1.306,31

Minas Gerais: R$ 1.357,59

Mato Grosso: R$ 1.402,87

Espírito Santo: R$ 1.476,55

Mato Grosso do Sul: R$ 1.514,31

Paraná: R$ 1.620,88

Santa Catarina: R$ 1.769,45

Rio Grande do Sul: R$ 1.842,98

Rio de Janeiro: R$ 1.881,57

São Paulo: R$ 1.945,73

Distrito Federal: R$ 2.685,76