JOSIAS DE SOUZA DIZ QUE PESQUISA REVELA QUE ELEITORES ESTÃO “DESNORTEADOS” PELA FALTA DE OPÇÃO E IDEIAS

Posted On Segunda, 05 Março 2018 03:50
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Pesquisa divulgada pelo Datafolha mostra Bolsonaro à frente, mas em viés de baixa e revela que Lula, mesmo fora, pode influenciar

 

Por Luciano Moreira

 

O Instituto Datafolha divulgou neste domingo, 4, uma pesquisa que mostra o retrato do momento político atual no País.  E esse retrato não é nada bom.  Sem opções de escolha, os eleitores se dividem entre a radicalização de Bolsonaro e a opção por uma esquerda mais branda, mas dividida em diversos nomes. O que é bom para Bolsonaro.

 

A “paulada” da corrupção deixou os eleitores sem saber em quem confiar, mesmo nos nomes que sempre fizeram parte das suas ideias para votos, pois, de uma forma ou de outra, todos estão ligados a esse ou àquele esquema de corrupção.

 

Outra constatação é a de que o ex-presidente Lula, mesmo ficando fora do páreo, pode, sim, influenciar no resultado, com um grande contingente de eleitores afirmando ou que votariam em ula ou em quem ele indicasse.

 

Para deixar nossos leitores tirarem as próprias conclusões, vamos à análise e aos dados de Josias de Souza:

A pouco mais de oito meses da eleição presidencial de 2018, o futuro político do Brasil está nas mãos dos eleitores desanimados (votos brancos), irados (votos nulos) e desnorteados (indecisos). Juntos, eles somam 36% do eleitorado no principal cenário sem Lula, revela o Datafolha. É o dobro do percentual atribuído ao líder provisório Bolsonaro (18%). A legião dos sem candidato é quase equivalente aos 39% amealhados pelos quatro potenciais presidenciáveis que se acotovelam no pelotão secundário: Marina (13%), Ciro (10%), Alckmin (8%) e até Huck (8%). É coisa jamais vista desde a redemocratização.

 

Diante de uma conjuntura assim, tão perturbadora, é impossível fazer prognósticos. Mais de um terço do eleitorado revela-se incapaz de confiar nos candidatos. E há males que vêm para pior: os candidatos revelam-se incapazes de inspirar confiança. Na Era da Lava Jato, uma das características fundamentais da dificuldade de julgamento do eleitorado é ter que ouvir os políticos para chegar à conclusão de que a maioria não tem nada a dizer. Afora a deficiência de caráter, o principal déficit localiza-se entre as orelhas dos presidenciáveis.

 

A pesquisa trouxe uma má notícia para Bolsonaro.  Embora continue na primeira colocação, o ''fenômeno'' parou de crescer. Um sinal de que a empulhação tem limites. A sondagem forneceu uma boa notícia para o PT. O potencial de transferência de votos de Lula caiu.

 

Mas 27% dos pesquisados ainda declaram que o apoio do condenado a 12 anos e 1 mês de cadeia “com certeza” influenciaria seu voto. Outros 17% dizem que “talvez” escolhessem um candidato indicado por Lula. Significa dizer que não são negligenciáveis as chances de o ex-mito colocar um poste no segundo turno. Evidência de que ainda sobra matéria prima para a fabricação de tolos.

 

Bolsonaro continuará murchando? Lula eletrificará mais um poste desde a cadeia? Quantos votos do futuro presidiário petista migrarão para Marina. Quantos serão herdados por Ciro?

 

Quem emergirá como alternativa viável do centro? Com a palavra os eleitores desanimados, irados e desnorteados. O futuro da eleição presidencial pertence aos sem candidato.

 

Submetido à podridão revelada pela Lava Jato, o eleitor brasileiro entrou em parafuso. Para complicar, os candidatos rodam como roscas espanadas. Não saem do lugar. Exibem poucas ideias. Muitas são ruins. Outras nem são deles. Os que falam de improviso passam a impressão de que procuram as ideias desesperadamente — mais ou menos como um cachorro que escondeu o osso e esqueceu a localização do esconderijo.

 

TOCANTINS:

 

MUITO CUIDADO COM AS PESQUISAS.  CENÁRIO DO TOCANTINS É “MUTANTE” E ALGUNS NOMES PODEM CAIR

 

Pesquisa realizada por empresa de credibilidade nacional sobre o Tocantins tem resultados momentâneos, sem levar em conta a PF

 

Por Edson Rodrigues

 

Em visita a um evento do senador e pré-candidato a governador de Goiás, Ronaldo Caiado, neste fim de semana, em Goiânia, com a presença do prefeito Íris Rezende, tomei conhecimento de que um instituto de pesquisa nacional, de credibilidade, irá realizar uma pesquisa de intenções de voto no Tocantins, cujo contratante ainda não sabemos quem é, mas será revelado quando o registro for feito junto ao TSE.

 

Essa pesquisa será trazida a público assim que houver o registro no protocolo do TSE.  O resultado da pesquisa, por mais bem intencionada que seja, vai revelar apenas um diagnóstico momentâneo, superficial, do comportamento do eleitorado tocantinense e, mas, de qualquer forma, é um primeiro retrato do panorama eleitoral no Tocantins.

O que essa pesquisa não levou em conta é que, conforme nos foi revelado por uma fonte de Brasília, também presente ao evento de Caiado, o Tocantins terá pela frente fatos nada agradáveis para muitos políticos, via Polícia Federal.  Fatos esses que podem provocar até uma “amputação” no quadro de nomes “livres” para concorrer ao governo e à Câmara Federal, que vai abrir espaço para fusões de candidaturas e grupos políticos, pois, a se confirmarem, há cabeças de chapa que ficarão inviabilizadas de concorrer ou de ir às ruas pedir votos.

 

Serão vários capítulos, tendo a Polícia Federal como protagonista, a serem “exibidos” até o registro e homologação das candidaturas.

Aqueles que sabem que praticaram crimes de corrupção, formação de quadrilha ou crime contra o patrimônio público, devem já começar a preparar suas bancas de advogados, porque vem “chumbo grosso” por aí.

 

PESQUISA REAL

Uma pesquisa que queira trazer o retrato real das intenções de voto no Tocantins, só pode ser realizada após a oficialização das candidaturas, com a homologação do TRE.  Mas, até a confirmação desses registros, existe um cronograma nebuloso, invisível, que a qualquer momento surgir e, se não destruir, fazer sangrar candidaturas.

 

Conforme nos foi revelado, são vários políticos de diversos segmentos partidários a ser atingidos pela Operações.  Mesmo que não haja mais tempo para uma condenação em segunda instância, haverá prisões, quebra de sigilos, bloqueio de bens como garantia de ressarcimento ao erário público... um desgaste impossível de se evitar em tempos de mídias sociais e imprensa mais atuante.

 

PACTO PELA LEGALIDADE

Há um grande pacto entre os poderes judiciais federais em torno da questão da legalidade da prisão após condenação em segunda instância.  A decretação da prisão do ex-presidente Lula acontecerá de forma simultânea com as prisões de outros políticos de diferentes vertentes políticas e empresários.

 

Esse pacto é para deixar claro para as mídias nacional e mundial e, principalmente, para a opinião pública que não se trata de uma “punição seletiva” e, sim, de simples cumprimento da Lei.

 

Última modificação em Segunda, 05 Março 2018 04:48