Kátia apoiava o adversário do senador amapaense, Renan Calheiros (MDB-AL). Como sinal de protesto pelos rumos da eleição, em que muitos candidatos começaram a abrir os votos, a senadora pegou a pasta das mãos de Alcolumbre, com documentos referentes àquela sessão
Por Bruna de Pieri
A senadora Kátia Abreu (PP-TO) devolveu nesta segunda-feira (1º) a pasta que “furtou” do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em 2 fevereiro de 2019.
Após tecer inúmeros elogios ao então presidente do Senado durante a reunião preparatória para a eleição da Presidência do Senado, Abreu disse que gostaria de devolver um “presente simbólico”, mostrando que na Casa “as pessoas têm humildade para reconhecer seus enganos”.
“Eu não tenho compromisso com engano, nem com injustiça. Eu quero lhe devolver simbolicamente aquilo que lhe tirei no passado”, declarou.
Irregular
Após o pronunciamento de Kátia Abreu nesta segunda (1º), Alcolumbre disse que, conforme o regimento, não seria possível que a senadora fizesse uso da palavra, direito reservado nesta sessão apenas aos candidatos à presidência. O ainda presidente da Casa justificou “nervosismo”, pediu desculpas aos demais senadores que fizeram as inscrições, mas foi criticado por durante todo esse tempo à frente do Senado ainda não conhecer o regimento.
O caso da pasta
Após retirar à força a pasta do senador Davi Alcolumbre durante a sessão que o parlamentar presidia no Senado em 2019 para a escolha do comando da Casa, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) pediu desculpas publicamente e chegou a enviar flores ao senador.
À época, Kátia era aliada do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que concorria contra Alcolumbre. A cena da pasta foi uma das mais comentadas pelos parlamentares naquele dia.
Logo após o plenário do Senado aprovar por 50 votos a 2 a votação aberta para a presidência da Casa, Kátia subiu até a mesa diretora, de onde Alcolumbre comandava a sessão, e arrancou de sua frente a pasta com procedimentos e questionamentos feitos durante a sessão.