Petista não citou o nome do presidente, mas bolsonaristas, como a deputada Bia Kicis (PSL-DF) reagiram
Por Gabriela Clemente
O ex-presidente Lula afirmou na quarta-feira (1º) que "gente" do presidente Jair Bolsonaro (PL) "não tem pudor de ter matado a Marielle" Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018.
"Quando a gente não pode se aproximar do governante, quando o governante tem um lado, um lado obscuro, porque a gente não sabe a qualidade de todos os milicianos dele, o que a gente sabe é que gente dele, sabe, não tem pudor de ter matado a Marielle", disse Lula durante um evento com apoiadores em Porto Alegre.
A afirmação consta de um vídeo divulgado pelo Metrópoles e foi confirmada ao g1 pela assessoria de Lula.
Embora o petista não tenha citado o nome de Bolsonaro – e sim dito "gente dele" –, bolsonaristas reagiram e pediram punição ao ex-presidente.
"Ex-presidiário AFIRMA: 'gente do presidente matou a Marielle. Esse tipo de FakeNews que pode afetar as eleições será coibido? O pré-candidato @LulaOficial será preso ou terá futuramente será cassado, na remotíssima hipótese de eleito?", escreveu a deputada federal Bia Kicks (PSL-DF) em uma rede social.
A possibilidade de cassação de registro de candidatos por divulgação de informações falsas citada pela deputada na postagem havia sido mencionada pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, na terça-feira (2).
Marielle e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em 2018. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como os assassinos dos dois. Os mandantes do crime, entretanto, ainda não foram identificados.