Resultado das urnas confirma a polarização da disputa eleitoral.No momento em que o TSE confirmou que haverá 2º turno, com 96,93% das urnas apuradas, Lula tinha 47,85% dos votos válidos, e Bolsonaro tinha 43,7%. A disputa ao Planalto será definida no dia 30
Com Agências
A confirmação de que haverá segundo turno foi anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 21h25, quando 96,93% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela altura, Lula tinha 47,85% dos votos válidos, e Bolsonaro 43,7% .
O candidato eleito em segundo turno toma posse no cargo no próximo dia 1º de janeiro, em cerimônia no Congresso Nacional. Desta vez, o mandato presidencial terá quatro dias a mais: uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro.
A eleição presidencial de 2022 será decidida em segundo turno, disputado entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) — após um primeiro turno com uma diferença mais apertada do que previam as principais pesquisas de intenção de voto.
No primeiro turno, com 96,93% das urnas apuradas, Lula (PT) estava em primeiro com 54.887.668 votos (47,85% do total dos votos válidos) e Bolsonaro, em segundo, tinha 50.117.086 votos (43,70%dos válidos) — o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já considerava, então, a eleição matematicamente encaminhada para um segundo turno.
Bolsonaro chega ao segundo turno com uma tarefa inédita na história eleitoral brasileira: ultrapassar o primeiro colocado e vencer a disputa.
Serão quase quatro semanas até a próxima votação, em 30/10.
Em entrevista coletiva realizada na noite deste domingo (2/10), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, comemorou o que classificou como uma eleição segura e transparente.
"Houve intercorrências, mas como houve em qualquer outra eleição. Chegamos ao final desse dia com a certeza de que a Justiça Eleitoral cumpriu sua missão constitucional de garantir segurança e transparência nas eleições", afirmou.
O ministro também disse que poderá haver acirramento político no segundo turno das eleições presidenciais, mas disse acreditar que "a era de ataque" à Justiça Eleitoral é coisa do "passado".
"O acirramento das candidaturas, das campanhas no segundo turno é o acirramento político e sendo assim não acredito que haja ataques maiores à justiça eleitoral já que a justiça eleitoral mostrou sua competência e transparência na apuração [...] acredito que a era de ataque à justiça eleitoral é passado", disse Alexandre de Moraes.
Há desafios para Bolsonaro, como a vantagem numérica de Lula no primeiro turno, alta rejeição do eleitorado, baixo potencial de atrair eleitores de outros candidatos, verba restrita para campanha e lenta recuperação da economia.
Por outro lado, especialistas afirmam que Bolsonaro deve conseguir atrair o apoio de diversos setores da direita que estavam pulverizados nos Estados e na disputa presidencial. E também ampliar a campanha negativa contra Lula e o PT baseada nos casos de corrupção e na pauta de costumes.