MOVIMENTAÇÃO ENTRE PARTIDOS CONSOLIDA BASE POLÍTICA DE WANDERLEI BARBOSA

Posted On Terça, 05 Abril 2022 06:55
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Diante do vendaval político que caracterizou os últimos 20 dias antes do prazo final para a troca ou filiação partidárias, com tratativas, convites, negativas e negociações a toque de caixa, o resultado mais límpido de todo o processo foi a consolidação da base política do governador Wanderlei Barbosa, principalmente no tocante à sua influência na Assembleia Legislativa, onde mesmo com toda a efervescência política, não perdeu nenhum dos principais nomes do Legislativo Estadual que já compunham sua base de aliados.

 

Por Edson Rodrigues

 

Barbosa conseguiu abrigar a grande maioria dos seus companheiros de Legislativo nas legendas que compõem sua frente partidária, incluindo, obviamente, os partidos liderados pelos senadores Kátia (PP) e Irajá Abreu (PSD), mantendo a intenção de ter apenas um candidato à reeleição para deputado federal, no caso, o portuense Vicentinho Jr.

Deputado Vicentinho Júnior durante laçamento da Agrotins

 

Além dos seus tradicionais, Wanderlei Barbosa vai contar com o apoio de outros partidos que virão com suas chapas proporcionais “fechadas “.  O número de legendas e de candidatos a deputado estadual e federal que estarão ao lado do governador, buscando sua reeleição, só será conhecido a partir do dia 10 de abril, prazo final para os partidos apresentarem, fisicamente, as fichas de filiação e o “concordo” dos candidatos perante a Justiça Eleitoral, momento, também, em que se inicia o ritual preparatório para as Convenções Partidárias.

 

É bem verdade que, até a data da realização das Convenções, esse ritual ainda sofrerá algumas modificações, mas, mantém-se o fim do prazo das filiações visando concorrer a um cargo eletivo em outubro próximo.

 

Mas, é certo que Wanderlei já aproveita a simpatia dos servidores estaduais, a quem pagou atrasados, progressões, promoções e outros direitos adquiridos, mas ignorados pelos governadores que o sucederam, como é o caso da aprovação do piso salarial do magistério.

 

Sua atuação junto aos servidores estaduais o fez passar do patamar de promessa para ser uma realidade, um fato consumado  em termos de boa administração.

 

HARMONIA NA CONDUÇÃO

Apesar da aparente harmonia com que as forças se acomodaram em torno de Wanderlei Barbosa nesse período de ajustes e escolhas, nos bastidores da política tocantinense o que se viu – e se anotou de quem contra quem – foi uma diversidade enorme de “pisadas no pé”, “dedos no olho”, “empurrões” e “rasteiras”.

 

Outro fator importante, notado nesse processo foi a enorme rejeição dos deputados estaduais em apoiar a candidatura da senadora Kátia Abreu à reeleição para o Senado, mesmo com todos os esforços de seu filho, senador Irajá Abreu, em diminuir essa tensão política entre as partes, buscando o momento correto para tentar uma reaproximação final.

 

Se terão sucesso, tanto Wanderlei quanto Irajá, em suas missões políticas pré-eleitorais, só o tempo vai dizer. Enquanto isso, cabe, tão somente a Wanderlei Barbosa, ir tocando sua barca governista desviando dos “bancos de areia” e mantendo a sua administração sem desgastes, para chegar “virgem” ao dia dois de outubro.

 

RONALDO DIMAS E PAULO MOURÃO

Enquanto isso, o principal adversário do Palácio Araguaia, Ronaldo Dimas, vem buscando uma aproximação com os líderes políticos que apoiavam uma possível candidatura do senador Eduardo Gomes ao governo do Estado.

 

Depois que o próprio Eduardo Gomes declarou seu apoio e suas bênçãos à candidatura de Dimas e arrefeceu os desejos de dezenas de lideranças, a principal missão de seus aliados é fazer brotar nos corações desses apoiadores um sentimento, pelo menos, parecido, em relação ao ex-prefeito de Araguaína.  Se não parecido, ao menos com o mesmo efeito prático, que será a eleição do representante desse grupo político para a principal cadeira do Palácio Araguaia.

 

Já o candidato do PT, Paulo Mourão, já demonstrou que está, de verdade, no páreo, e deve aguardar a vinda do seu principal cabo eleitoral e líder nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, o ex-presidente Lula, ao Tocantins para dar a largada em seus trabalhos efetivos, rumo ao dia dois de outubro.

 

O “JOGO” E O “JUIZ”

O certo é que, até agora, o que se viu foi a montagem dos “times”, que termina em agosto, após as Convenções Partidárias.  A partir daí começa o “jogo” eleitoral, que se configura no convencimento por meio dos debates, das palestras, das carreatas, mas, principalmente, nas propostas de governo e de atuação parlamentar, no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa.

 

Os candidatos à reeleição devem prestar contas do que fizeram no exercício de seus mandatos e os novos candidatos mostrar por que são melhores que os atuais.

 

Tudo isso para convencer o grande “juiz” dessa partida, o eleitor, de que merece o seu voto e a sua confianças em dois de outubro.  E esse juiz está mais bem preparado que nunca para arbitrar, pois foi formado pelo desemprego, pelo sofrimento, pelas dívidas e pela situação de carestia que tomou conta da economia do País, justamente por cota da do péssimo trabalho de grande parte da classe política.

 

O resultado desse jogo começa a se definir depois das Convenções Partidárias, quando os eleitores vão avaliar os nomes e as qualidades de cada um, se elas valem mais que um voto branco ou nulo, pois temos certeza que o povo brasileiro e o tocantinense estão cansados de pagar pela omissão dos eleitores que vendem votos, que trocam suas mentes por um botijão de gás e que colocam toda a sociedade em risco por quatro ou oito anos.

 

É imperativo, para ver as melhoras, as mudanças e o respeito aos cidadãos, que cada um assuma o seu papel, analise, debata e decida pelos melhores candidatos e vote com consciência, criando meios para que possa cobrar os eleitos e continuar exercendo a sua cidadania.

 

Afinal, se você trocar seu voto por um favor, perde odireito de cobrar alguma coisa do candidato que elegeu.