13/11/2016
RJ vai parcelar em até 7 vezes salário de 38% dos servidores do estado
De acordo com o site G1.com, o Governo do Rio de Janeiro quitou, até a noite de sexta-feira, 11, 62% dos salários de outubro dos servidores – R$ 1,28 bilhão da folha total, de R$ 2,1 bilhões. O estado vai começar a pagar a partir de quarta-feira, 16, em sete parcelas até o dia 5 de dezembro: a primeira de R$ 800, aumentando progressivamente até a última R$ 5 mil. Desta forma, o servidor que recebe menos receberá a totalidade de seus vencimentos antes. Segundo o governo, até quarta-feira, 74% da folha terão sido quitados.
Em entrevista à Rádio CBN, Pezão disse que o estado está ficando ingovernável. “Eu não tenho mais condições. Eu não posso emitir moeda, eu não posso colocar um déficit de R$ 170 bi, eu não posso governar por medida provisória, o estado está ficando ingovernável. Não tenho Medida Provisória para fazer, não posso declarar um déficit de R$ 170 bilhões e (fazer) entrar o recurso e trabalhar com R$ 170 bilhões, não tenho Casa da Moeda, não tenho banco, fica difícil", declarou. O governador afirmou que "em uma crise o gestor tem que estabelecer uma mínima prioridade dos pagamentos".
"Não fui pedir ajuda do Tesouro em dinheiro, fui pedir que deixe fazer operações que já foram feitas em outras oportunidades", afirmou, ao comentar sua visita a Brasília.
Depois de Temer e Lula, Cunha quer Mantega e prefeito do Rio como testemunhas
O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha pediu ao juiz federal Sérgio Moro que autorize uma troca de testemunhas de defesa e inclua o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), entre as pessoas a serem ouvidas.
Os advogados do ex-deputado, preso na Operação Lava Jato, alegaram "dificuldade de localização" de outras duas testemunhas que seriam trocadas: Pedro Augusto Cortes Xavier, ex-gerente da Petrobras, e João Paulo Cunha (PT), ex-deputado e também ex-presidente da Câmara.
Cunha é réu em ação penal por suposto recebimento de propinas na compra pela Petrobras do bloco de Benin, na África, em 2011, e de manter contas secretas na Suíça. Ele já havia arrolado o presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula como suas testemunhas.
Na sexta-feira,11, Temer informou o juiz Moro que vai depor por escrito. Lula deverá ser ouvido por videoconferência no dia 30, na Justiça Federal em São Bernardo do Campo. No pedido a Moro, a defesa de Cunha alega que Mantega era presidente do Conselho de Administração da estatal petrolífera quando foi adquirido o campo de Benin, "bem como na época em que a estatal alienou parte do bloco à Shell".
Impacto da Lava Jato levará Suíça a investigar bancos
As investigações da Operação Lava Jato levaram a Suíça a colocar seus bancos no alvo de processos criminais por corrupção e lavagem de dinheiro. A descoberta de mais de mil contas com movimentações suspeitas de dinheiro de origem brasileira quebrou um tabu entre as autoridades do país europeu e Berna irá considerar a abertura de ações penais contra instituições financeiras.
O Ministério Público da Suíça, em uma medida que provoca debate entre advogados, banqueiros e operadores de fortunas no país, deixou claro que essa será a estratégia a partir de agora. A medida foi adotada diante das denúncias sobre envolvimento de operadores, políticos e executivos brasileiros com instituições financeiras.
Com o anúncio, a expectativa entre procuradores é de que bancos suíços optem por denunciar clientes que tenham movimentações financeiras suspeitas ou pelo menos se recusem a abrir contas sem comprovação da origem lícita dos recursos depositados. As autoridades suíças ficaram surpresas com o fato de, nos dias seguintes à prisão de Marcelo Odebrecht, em junho do ano passado, cerca de 80 denúncias terem sido apresentadas pelos bancos locais sobre suspeitas de movimentações da empreiteira brasileira.