Me dirijo aos pais, filhos, empresários, representantes de entidades classistas, nossos estudantes universitários e secundaristas, aos profissionais e aos cidadãos, em geral, todos que, mesmo com as dificuldades que o Tocantins e o Brasil enfrentam, com as agruras econômicas, as perdas de entes queridos para a Covid-19, às empresas que tiveram que fechar suas portas, aos que estão endividados, aos recém-formados em cursos técnicos ou superiores que não conseguiram colocação no nosso já restrito mercado de trabalho, e estão passando dificuldades, muitas vezes com dívidas a pagar por seus estudos, sem condições de uma sobrevivência digna, justamente em um Estado que nasceu gigante, mas vem se apequenando com a corrupção endêmica que se tornou a grande mazela a oprimir o povo tocantinense.
Por Edson Rodrigues
A reflexão que proponho é para que cada um de nós procure, no fundo de seu ser, qual a contribuição que demos para que o Tocantins chegasse à essa situação, em que muitos representantes políticos se esmeram para fazer o melhor, enquanto uma minoria perversa se locupleta do dinheiro destinado à Saúde, à Educação, à Segurança Pública e às obras de Saneamento Básico, deixando cidades, bairros e comunidades desassistidas, sem condições de oferecer qualidade de vida ao povo tocantinense.
Sim! Eu, você, seu melhor amigo, seu companheiro ou companheira, todos contribuímos para que o Tocantins chegasse à essa situação de corrupção endêmica que ceifa vidas e impede um futuro melhor.
Como? Mesmo que inconscientemente ou não intencionalmente, elegemos e reelegemos políticos que, de patrimônios “normais”, hoje desfilam com seus carrões de luxo, colecionam fazendas paradisíacas, moram em mansões nababescas, são sócios de empresas que prestam serviços para o governo federal, do Estado e para as prefeituras, enquanto nós, eleitores, acabamos nos acostumando com isso.
MOMENTO OPORTUNO
A cada período eleitoral O Paralelo 13 faz esse chamamento à reflexão para que os eleitores usem todas as ferramentas a que têm acesso para formular um bom voto, mas, nesta eleição de dois de outubro próximo, será a grande oportunidade para que todos nós façamos uma autocrítica, relembremos dos votos que demos para deputados estaduais, federais, senadores e governadores e observemos o ponto a que esses eleitos trouxeram o Tocantins.
O voto consciente não é uma obrigação, mas é a forma mais saudável de exercer a cidadania, pois quem vota consciente pode até sofrer com a situação política, mas dorme com a consciência limpa, o sono dos justos, pois sabe que não faz parte dos que venderam seus votos ou deixaram de votar, permitindo que a minoria dos políticos que agem contra o cidadão prejudique todo um Estado.
Sabemos que os tocantinenses estão cansados e envergonhados de ver, quase que semanalmente, estourar uma nova operação da Polícia Federal, e o corre-corre de alguns políticos sempre que um avião da PF pousa no Aeroporto Lysias Rodrigues, lotado de agentes para fazer cumprir ordens judiciais de busca e apreensão, de prisões, sempre tendo como alvo agentes públicos, empresários, laranjas, membros da elite de governos anteriores do Estado e de municípios do interior, sempre sob suspeita de terem cometido atos de corrupção ou, pelo menos, se associado a atos assim.
Agora, na hora da decisão do voto para dois de outubro, é o momento oportuno para nos conscientizarmos que o Tocantins só está assim, passando vergonha em rede nacional, porque nós, cidadãos, elegemos e reelegemos essa minoria que apodrece todo o “cesto político”, ou por omissão, ou por preguiça ou intencionalmente, mesmo, pois sempre há aqueles que esperam uma vantagem, um cargo ou uma obra para lucrar.
A grande pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: é esse o Tocantins que queremos para nós, para nossa família e que vamos deixar para nossos filhos?
PACTO COM O PARALELO 13
A Família de O Paralelo 13 abre, a partir do próximo dia 5 de agosto, uma série de reportagens, artigos e entrevistas com toda a temática voltada para “o Tocantins que nós queremos”. Não só para nós, mas para os nossos filhos, para os nossos netos, para o futuro deste Estado rico, que vem sendo dilapidado por uma minoria de “lobos em pele de cordeiro”.
Além dessas reportagens, traremos, após o fim do prazo para o registro das candidaturas, ou seja, assim que soubermos, de fato, os nomes que vão disputar cargos eletivos em dois de outubro, vamos revelar os nomes de todos os inclusos nessa lista que respondem a processos por corrupção já acatados pela Justiça, que são réus em processos em tramitação ou que estejam, de alguma forma – comprovada – ligados a atos não republicanos.
Essa será nossa forma de contribuição, de fazer o nosso próprio “mea culpa”, mas, ressaltamos, sem jamais fazer ou incitar pré-julgamentos, apenas apresentando os casos – e os nomes. Quem vai julgar, será o (e)leitor que se interessar por conhecer e analisar os históricos – alguns escabrosos – de políticos que pretendem enganar ou seguir enganando os cidadãos tocantinenses.
Tudo será feito dentro das quatro linhas da liberdade de imprensa, da Constituição, do bom jornalismo e da ética.
Assim promete a Família O Paralelo 13. Nos aguardem, a partir do dia 5 de agosto!