Como em todo ramo de atuação, na política tocantinense também há um submundo. Aquela parcela que prefere atuar nas sombras, foge dos holofotes, justamente porque o que fazem pode não soar nem moral nem ético.
Por Edson Rodrigues
Assim como a política tem sua parte falha, toda engrenagem, por mais azeitada que esteja, sempre terá uma peça que irá se desgastar com maior rapidez ou, até mesmo, vir com “defeito de fabricação”, e acabar comprometendo todo o conjunto.
Pois esses são os dois maiores riscos que podem afetar os resultados esperados pelo conglomerado político do Palácio Araguaia nas eleições municipais de 2024, com reflexos diretos na eleição majoritária de 2026.
Cada risco com seu potencial destrutivo deve ser observado com todo cuidado possível, para que não acabe se concretizando e jogando por terra todo o bom trabalho desenvolvido, até aqui, pelo governador curraleiro Wanderlei Barbosa.
BASTIDORES
Parte das oposições aos candidatos que serão apoiados pelo Palácio Araguaia nas eleições municipais, já prepara “armas de grosso calibre” direcionadas aos arredores palacianos, mas mirando na principal sala, ocupada por Wanderlei Barbosa, que irá apadrinhar vários candidatos, principalmente nos principais colégios eleitorais do Estado, que serão fundamentais para a eleição majoritária de 2026.
O Observatório Político de O Paralelo 13 mergulhou profundamente nos bastidores da política tocantinense neste fim de semana e conseguiu acessar informações do submundo, de onde emanam as mais sórdidas e cruéis estratégias, e pôde traçar um pequeno prognóstico de como se desenrolarão as eleições de 2024.
Os candidatos que disputarão as prefeituras dos principais colégios eleitorais terão que entrar na disputa sem telhado de vidro, para que não sejam “apedrejados” antes mesmo das convenções partidárias de agosto de 2024.
Isso vale tanto para os candidatos governistas quanto para os oposicionistas, pois as maquinações do submundo calculam suas miras para todos os adversários, sejam de que lado estejam, inclusive, das candidaturas chamadas de terceira via, ou independentes.
PLANEJAMENTO É A CHAVE
Nosso Observatório Político vem batendo, insistentemente, na tecla de que as eleições do ano que vem não serão para amadores. Planejamento é a palavra chave para todos os que pretendem se aventurar e colocar seus nomes para o julgamento dos eleitores.
Candidatos que já tenham ou tiveram problemas com a Justiça devem ter uma assessoria jurídica profissional. Toda a vida pregressa dos pretensos candidatos já foi levantada, assim como acontecerá aos novos nomes a serem inseridos no processo eleitoral. Tudo o que houver que possa ser usado contra os candidatos será usado da maneira mais cruel possível.
Quem opera no submundo dos bastidores políticos são aquelas pessoas que sempre se mantiveram no baixo-clero, seja por estratégia própria, seja por incapacidade eleitoral ou, nos piores casos, seja por ser sua especialidade as maquinações nefastas que só a política é capaz de gerar.
Quem já faz campanha antecipada, abusa do poder econômico ou está cantando de galo, achando que sua candidatura é imbatível, pode ir colocando as barbas de molho, pois seus passos estão sendo milimetricamente seguidos e documentados. E, novamente, esse alerta serve tanto para os candidatos governos, quanto oposicionistas ou independentes. Candidatos que já se consideram “a cereja do bolo”, podem se tornar intragáveis e participar da campanha apenas como” adereço decorativo”.
LUBRIFICANDO A MÁQUINA: NÃO HÁ INSUBSTITUÍVEIS
E, já que as perspectivas são de jogo do mais baixo nível, o grupo político que mais deve se preparar para o embate eleitoral é o do Palácio Araguaia, cujos pré-candidatos ou possíveis candidatos apoiados já vem tendo suas vidas levantadas em todos os aspectos.
Em alguns casos, alguns estragos já foram causados por conta da inoperância ou inação de algumas peças da engrenagem governamental. Como a eleição municipal servirá apenas como uma prévia para o embate majoritário de 2026, o governador Wanderlei Barbosa já começou, ele mesmo a assumir algumas tarefas que deveriam ter sido concretizadas por alguns auxiliares que vêm comprometendo o funcionamento pleno da máquina administrativa e política.
Num piscar de olhos, justamente por conta da grande visão política do governador, alguns dos seus principais auxiliares podem ser substituídos para “lubrificar” a máquina e proporcionar um ambiente mais eficaz em relação ao que deve – ou deveria – ser feito.
Quem quiser permanecer conectado ao grupo palaciano deve cumprir seus papéis com maestria e competência, aceitando ordens sem colocar obstáculos ou dificuldades, e aceitar os acordos com outras vertentes que, porventura venham a ser realizados, somando positivamente ao projeto de avanço e consolidação política de todo o conglomerado palaciano.
ESFORÇO DE TODOS
Wanderlei Barbosa não conseguiu os 86% de aprovação por acaso. Vem colocando sua impressão digital em todas as grandes ações do seu governo e precisa de pessoas dispostas a desprender o mesmo esforço que ele, em sua equipe de auxiliares. Se não houver o esforço de todos, os resultados podem ser menores que os esperados. Esse índice de aprovação precisa ser transformado em votos e, para isso, é imprescindível que toda a equipe fale a mesma língua e busque os mesmos objetivos.
Enquanto o governador vem se virando para buscar recursos para manter a estabilidade fiscal e econômica do Tocantins, viajando à Brasília, ao exterior e para onde mais for preciso, colocando o Estado como destaque nos rankings de exportações e transparência, mantendo os pagamentos de servidores, fornecedores e prestadores de serviço em dia, já foram identificados em sua equipe pessoas que não rezam da mesma cartilha ou se omitem na manutenção dos esforços.
O governador Wanderlei Barbosa, em recuperação da sua cirurgia, deve estar aproveitando para fazer uma reflexão profunda sobre sua gestão e uma possível troca de peças no seu time de auxiliares neste fim de ano que se aproxima, para fortalecer o Palácio Araguaia para o embate eleitoral de 2024, em que será fundamental que não haja derrotas nos principais colégios eleitorais, principalmente em Palmas.
Para isso, a engrenagem governamental precisa estar totalmente engrenada, sob o mesmo discurso que Wanderlei Barbosa.
Muita vaidade e arrogância podem significar um parafuso solto na engrenagem, e comprometer o funcionamento de toda a máquina, e tem gente de sapato alto, se achando insubstituível.
Alô, alô, governador Wanderlei Barbosa...
Fica a dica...