Relacionamento entre Carlos Amastha e Marcelo Miranda pode passar de republicano a inexistente após declarações do prefeito
Por Edson Rodrigues
Quando, exatamente no dia quatro de setembro do ano passado, em cerimônia do seu partido, o PSB, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, segundo o portal de notícia “AF”, no link http://afnoticias.com.br/uma-porcaria-de-governador-criminoso-dispara-amastha-contra-marcelo-miranda/, afirmou à plateia, com todas as letras que “Eu, sinceramente, não tenho mais paciência. Tremendos caras de pau. Uma porcaria de um governador que vem e fala ‘tem que respeitar minha história’. Qual história, infeliz? Criminoso. Quanto roubou, roubou, roubou e continua roubando”, fechava-se, naquela data, qualquer possibilidade de aliança, convivência harmônica, protocolar, republicana ou qualquer tipo de relacionamento amistoso entre ele, Amastha e o seu alvo preferido, o governador Marcelo Miranda.
Governador Marcelo Miranda recebe o prefeito Carlos Amastha no Palácio Araguaia
A essa época, Amastha já tinha consciência de que suas pretensões de ser governador do Tocantins passariam por um embate direto com Marcelo Miranda, e definiu que sua estratégia de marketing seria defenestrar a imagem pública do governador, associando a ele todas as mazelas enfrentadas pelo Brasil, com as crises econômica, política e institucional, ao mesmo tempo em que se apresentaria como “o novo”, “o ilibado”, “o empresário de sucesso”, “o honesto”.
Mas, eis que surge a Polícia Federal e a Operação Nosotros, que pegaria Carlos Amastha e uma camarilha de empresários “com a boca na botija”, pilhando os cofres públicos de forma disfarçada, com a compra e venda de terras que subiam e desciam de valor de acordo com o caminho dos trilhos do BRT que o prefeito colombiano prometeu, em sua campanha, implantar em Palmas, mas só deu “raízes“ em seus bolsos.
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), o procurador-geral do município, Públio Borges; o subprefeito da Região Sul, Adir Gentil; o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Cláudio Schuller; indiciados por associação criminosa, corrupção passiva e excesso de exação
Amastha também não poupa a língua para falar das viagens internacionais do governador, chamando Marcelo Miranda de “cara de pau”, mas não fala das viagens dele próprio, algumas para “assuntos particulares”, muito menos da falta de obras em Palmas e do aumento estratosférico de 36% no valor do IPTU.
Agora, o que queremos, mesmo, ouvir, é o depoimento de Amastha à polícia Federal, instituição de maior credibilidade, hoje, junto ao povo brasileiro, de quem exigiu “desculpas”, mas recebeu em troca um indiciamento cheio de provas e áudios comprometedores.
Ou seja, as bandeiras de Amastha de “o novo”, “o ilibado”, “o empresário de sucesso”, “o honesto”, caíram por terra, assim como grande parte de seus aliados políticos que não sabem pra onde correr. Amastha, agora, entra para o mesmo rol dos corruptos que ele tanto fazia questão de dizer ser diferente. Se há um indiciamento, é porque há provas e, havendo provas, haverá julgamento, ou seja, a reputação de Amastha, agora, depende da quantia que ele estará disposto a desembolsar para pagar uma grande banca de advogados.
DENTE POR DENTE, OLHO POR OLHO
Todo mundo sabe e conhece o caráter humilde e humano de Marcelo Miranda, mas, venhamos e convenhamos, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, passou dos limites do tolerável em seus ataques ferinos à imagem do governador e à pessoa de Marcelo Miranda.
Daqui pra frente, fica mais que clara a inviabilidade de uma convivência acima da protocolar entre o governador do Estado e do prefeito da Capital. Assuntos de governo, de trabalho, devem e serão discutidos de maneira formal e polida, pois tratam dos interesses do povo tocantinense, mas qualquer tentativa de aproximação política seria, no mínimo, uma tremenda cara de pau de qualquer um dos lados da qual partisse.
Acreditamos que, justamente pela sua personalidade e por seu caráter, Marcelo Miranda não se dará ao trabalho de rebater ou refutar as declarações canalhas de Amastha. E Amastha será ainda mais perverso se solicitar qualquer tipo de audiência com o governador, principalmente se, depois, sair alardeando que não foi recebido.
Marcelo Miranda precisa tomar muito cuidado com as ações de Amastha. Tudo o que o prefeito de Palmas precisa é ter sua imagem associada a alguém de bom coração, pois sua vida estará ainda mais complicada a partir das novas divulgações da Operação Nosotros que, segundo nossas fontes em Brasília, em breve despejará na mídia uma série de novos fatos que afundam, ainda mais, o prefeito da nossa Capital em um mar de lama, conspirações e negociatas.
Sem dúvida nenhuma, 2018 promete!