Os analistas políticos são unânimes em afirmar que o excesso de liberdade política por parte do Palácio Araguaia vem permitindo a formatação de um verdadeiro “angu de caroço”, em que os partidos de oposição e alguns “aliados” do governo massacram as candidaturas que têm DNA verdadeiramente palaciano
Por Edson Rodrigues
O Observatório Político de O Paralelo 13 já havia levantado esse assunto anteriormente. Esse “excesso de democracia” e o modelo de “união” política ora implantado pelo Palácio Araguaia, transforma os candidatos que têm apoio do grupo político o “telhado” atingido pelas pedradas do “aliados” e das oposições nos municípios.
PODER LEGISLATIVO E O “PINGO DE CREOLINA"
Diz um ditado popular que um pingo de creolina pode estragar todo o litro de leite. Imaginem, agora, muitos pingos.
Assim vem funcionando alguns “aliados” do Palácio Araguaia na Assembleia Legislativa, cada qual puxando a sardinha para o seu lado, graças ao modelo político que domina há tempos as gestões estaduais tocantinenses. De Marcelo Miranda a Mauro Carlesse, passando por Sandoval Cardoso e até por Carlos Gaguim, e em pleno desenvolvimento na gestão de Wanderlei Barbosa, todos se tornaram reféns da base de apoio na Assembleia Legislativa e, depois, vítimas de um abandono oportunista.
Por incrível que pareça, por se manter limpo de atos não republicanos, o governo de Wanderlei Barbosa ainda tem uma sobrevida política. Faltam, ainda, dois anos de governo, e ainda há chances de se diferenciar do que aconteceu com seus antecessores e ter um fim de forma consagradora e inédita no Tocantins e na maioria dos demais Estados brasileiros.
Basta saber interromper a formação do “angu de caroço” no grupo político que vem atuando com base à sua gestão.
DESFAZENDO O “ANGU”
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O “angu de caroço” já tomou forma na maioria dos 139 municípios tocantinenses. Por enquanto, há mais desvantagem que vantagens em ser o candidato apoiado pelo Palácio Araguaia. Um fato melindroso, mas verdadeiro.
A gestão de Wanderlei Barbosa trouxe a estabilidade política e financeira que o Tocantins nunca viveu em seus mais de 35 anos de vida e as perseguições aos municípios não governistas e aos servidores públicos se tornaram coisas do passado e é a segunda mais-bem avaliada do Brasil.
Isso significa mais que simples fatos. Representa, na verdade, uma dádiva divina que tirou o Tocantins das manchetes negativas de operações da Polícia Federal, das cassações de governadores e de auxiliares diretos. Administrativamente, o Estado do Tocantins está avaliado de ótimo à excelente, sem ressalvas.
Politicamente, a história é outra. Mas, ainda há tempo de “cancelar” o angu e partir para “sobremesa” que seria a eleição de Wanderlei Barbosa ao Senado e a eleição do seu sucessor.
ONDE MORA O PERIGO
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A gestão de Wanderlei Barbosa passa por uma situação política em que o empoderamento do Poder Legislativo, da Assembleia Legislativa e dos representantes no Congresso Nacional, por meio das emendas impositivas, em que os parlamentares direcionam recursos federais e estaduais para os municípios.
Na gestão de Wanderlei Barbosa, esse poder de direcionar o Orçamento estadual tem passado dos limites, justamente por conta daquele “excesso de democracia” citado anteriormente, pois deixa dos deputados federais e estaduais com os Bônus e o governo do Estado com os ônus. Ou seja, o dinheiro vem dos governos federal e estadual, mas é apadrinhado pelos parlamentares, que se tornam os “pais da criança” nos municípios, que recebem obras e ações fruto desses recursos, mas que só divulgam que foi o “deputado fulano” que trouxe os benefícios. Enfraquecendo a imagem do governo e supervalorizando a imagem dos deputados.
Lembrando que, nos municípios, 99% dos chefetes de órgãos e repartições públicas são indicados pelos deputados da base do governo estadual. Esses indicados devem seus cargos e suas lealdades a esses “padrinhos” e, não ao governo do Estado.
E isso está trazendo um efeito negativo aos candidatos a prefeito apoiados por Wanderlei Barbosa e por seu vice, Laurez Moreira.
Nos estados vizinhos, como Maranhão, Pará e Goiás, o legislativo tem limites, coisa que não acontece no Tocantins. Está, portanto, chegada a hora da separação do joio do trigo, pois a posição do grupo político do Palácio Araguaia pode ser fragilizada ou “baleada” de forma irreversível.
OPOSIÇÃO COM SANGUE NOS OLHOS
As oposições ao Palácio Araguaia vêm com sangue nos olhos nestas eleições municipais, principalmente pelo fato de os palanques dos principais colégios eleitorais do Tocantins estarem sendo formados por alguns “aliados”, detentores de mandatos no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa, de forma conjunta com os principais adversários e inimigos políticos do Palácio Araguaia.
Esses palanques já começam a agir na base do denuncismo e a “tratorar” os candidatos apoiados pela gestão de Wanderlei Barbosa, principalmente aqueles que são membros do Republicanos, partido presidido no Estado pelo governador, e aguardam só as convenções partidárias para entrar de corpo e alma, em busca da vitória nas eleições municipais.
Um palmense, detentor de mandato no Congresso Nacional, filho do “senhor”, já se encontra no barco oposicionista. Foi com o pai e com o “espírito santo”, e serão seguidos por muitos.
Quando minha mãe falava que eu ainda iria ver muita coisa, jamais eu achei que poderia fazer esta a adaptação e afirmar que serão os tocantinenses que ainda irão ver muita coisa que até Deus duvida... e já, nestas eleições municipais.
CONTINUIDADE AO QUE TEM FUNCIONADO
Como afirmamos, se na parte política as coisas não vão bem, administrativamente o governo de Wanderlei Barbosa é o melhor que o Tocantins já teve, e, podemos afirmar sem medo de errar, que precisa ter continuidade.
Sem perseguições ou humilhações políticas, sem as operações da Polícia Federal, sem prisões de seus membros nem de prestadores de serviço, dentre outras melhorias, o governador curraleiro resgatou a imagem positiva do Tocantins, mesmo que seus adversários políticos, os com mandatos no Congresso Nacional e os derrotados para a Assembleia Legislativa, venham tentando, de forma insistente, desestabilizar essa credibilidade.
A gestão de Wanderlei Barbosa parece blindada por assistentes competentes em todas as pastas, um time de técnicos e craques, que vem vencendo de goleada questões como a arrecadação estadual, o planejamento das ações estaduais, cumprindo metas e respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, com obra executadas e em execução.
É por isso que o Observatório Político de O Paralelo 13 vem defendendo a continuidade dessa forma de governas de Wanderlei Barbosa.
O que está funcionando, tem que ser levado à frente!