O governo Marcelo Miranda, sem querer querendo, ao falar com o respeitado portal de notícias C.T., do meu amigo Cleber Toledo, deixou transparecer que as coisas são bem piores que muitos imaginavam.
JANTAR COM MICHEL TEMER
O governador Marcelo Miranda, e outros seis governadores do PMDB, os presidentes do Senado, Renan Calheiros, da Câmara Federal, Eduardo Cunha e mais cinco ministros, dentre eles, a senadora ministra Kátia Abreu, foram recebidos pelo presidente da Câmara, Michel Temer.
O vice-presidente da república e presidente do PMDB, Michel Temer, expôs o buraco financeiro em que se encontra o Brasil, e revelou dados econômicos impublicáveis para o povo.
A fala do governador Marcelo Miranda ao Portal C.T. demonstrou o que pode vir pela frente. Vemos na fala do governador do Tocantins um aviso prévio, um cartão amarelo, um sinal de que seu governo não tem outra solução que não seja seguir o que seu líder na Assembleia, Paulo Mourão, profetizou: demissões, cortes de gastos, extinção de secretarias, enxugamentos nos cargos comissionados e outras ações de prevenção para que o Estado não quebre.
Mas, especialistas em administração pública apontam outros agravantes na situação específica do Tocantins, como uma frota de carros oficiais gastando muito, muitos deles alugados, camionetes luxuosas, com um custo alto e sem nenhum resultado positivo. A fiscalização de tributos via secretaria da Fazenda e DETRAN, está deficitária, por falta de planejamento dos dirigentes das duas pastas. Os postos de fiscalização e arrecadação nas fronteiras do Tocantins com os demais estados ou foram fechado ou não têm infraestrutura suficiente nem mesmo para os fiscais e, segundo estes técnicos, isso gera a perda de milhões de reais, com entrada e saída de mercadoria sem deixar os impostos nos cofres estaduais.
De acordo com esses especialistas, a reforma na equipe de Marcelo Miranda tem que começar pela a secretária da Fazenda, onde o atual secretário, Paulo Afonso, é um auditor do tipo correto, honesto, humilde, mas, está no lugar errado, por ser prata da casa, fica difícil ter um comando rígido, por estar tratando com antigos companheiros de trabalho.
BRASIL
DILMA FAZ REUNIÃO SURPRESA COM MINISTROS NO PALÁCIO DA ALVORADA
A presidenta Dilma Rousseff convocou neste sábado (12) 12 ministros para mais uma reunião no Palácio da Alvorada em um fim de semana. Participam do encontro os titulares da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; da Casa Civil, Aloizio Mercadante – que formam a Junta Orçamentária –, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Os secretários do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive; e da Receita Federal, Jorge Rachid, também estão na residência oficial da presidenta. A reunião não estava prevista na agenda oficial de Dilma.
O governo discute o anúncio de medidas para mostrar compromisso com o corte de gastos desde o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard&Poor's (S&P), na última quarta-feira (9). Após o rebaixamento, os ministros Levy e Barbosa deram entrevistas reafirmando a estratégia do governo de reduzir despesas e estudar a criação de receitas e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral, disse que anúncio de novas medidas seria feito na sexta-feira, o que não aconteceu. O primeiro anúncio, segundo Delcídio, será a redução de custeio dos ministérios, que serão reestruturados e terão contratos de prestação de serviço revistos para cortar gastos. A medida faz parte da reforma administrativa que vai cortar dez dos 39 ministérios do governo Dilma e deve ser anunciada até o fim de setembro.
CORTES NA PRÓPRIA CARNE
A presidente Dilma Rousseff pretende cortar gastos na própria máquina antes de iniciar qualquer diálogo com o Congresso a respeito da criação de um novo imposto ou elevação dos já existentes a fim de aumentar a receita e eliminar o déficit de R$ 30,5 bilhões previstos para 2016. O anúncio dos cortes já deve começar no início da próxima semana. "O Ministério (do Planejamento) está trabalhando o final de semana inteiro para apresentar uma proposta. A orientação da presidente é, primeiro, discutir e apresentar uma proposta de redução de gastos", comentou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, em entrevista publicada neste sábado pelo Estadão.
Segundo ele, "tem medidas que vão precisar de legislação, outras, decretos. Outras são medidas administrativas". Serão anunciadas "primeiro as medidas administrativas e depois as que precisam mudanças na legislação", afirmou. Os cortes de ministérios devem vir depois da redução de gastos na máquina pública, disse ontem o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). Sobre o plano para aumentar a arrecadação, o governo não desconsidera criar um tributo sobre movimentação financeira nos moldes da CPMF. Para a equipe econômica, essa seria a melhor saída para acabar com o déficit do ano que vem.
NOSSO PONTO DE VISTA
TOCANTINS
Marcelo Miranda deu um tiro no próprio pé, ao sugerir durante a abertura do 3º Fórum de Governadores do Brasil Central, que está aconteceu em Palmas, ao defender o aumento da Cide, imposto que recai sobre os combustíveis, antes de falar, como fará a própria presidente Dilma, em cortes na máquina administrativa para melhorar as finanças do Estado.
Ao aumentar a Cide (proposta original de Michel Temer, diga-se de passagem), seria criado um efeito cascata sobre todos os demais produtos, já que ao aumentar o custo de transporte, corre-se o risco de se ver esse aumento passando para o preço final de todos os demais produtos.
Ao nosso ver, Marcelo Miranda foi infeliz e inconseqüente ao fazer essa afirmação, já que, logo em seguida, foi contrariado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, que se disse contra o aumento de impostos e contra sobrecarregar os contribuintes como forma de sair da crise.
Se os cofres do Tocantins estão vazios, Marcelo Miranda tem que mostrar o bom administrador que é e dar o exemplo, fazendo sacrifícios para o benefício da população.
Com todo o respeito que temos a Marcelo Miranda como cidadão e como político, achamos que, antes de aumentar impostos e sacrificar o contribuinte que já está com seu nome no SPC por pura incapacidade financeira, o governador deveria cortar os salários altos de contratos especiais, eliminar as secretarias extraordinárias, que todos sabem para quê servem e cortar os altos gastos com veículos oficiais ou alugados.
Não agindo assim, mesmo com aumento de impostos, vai continuar faltando dinheiro para a Saúde Pública, para a Segurança Pública e para a Educação, uma vez que o Cide, imposto que Marcelo quer aumentar, tem seus recursos destinados à área do transporte. De que adiantariam estradas maravilhosas sem ter o que circular por elas?
Se o governador vê que o estado não vai ter condições de honrar o compromisso com o pagamento em dia do funcionalismo, incluindo aí o 13° salário, é recomendável que ele, Marcelo Miranda, faça um pronunciamento em rede estadual de rádio e televisão, e mostre as ações que está tomando para tentar equilibrar a receita para tentar evitar ao máximo os atrasos, um possível parcelamento dos salários do funcionalismo estadual e outras conseqüências impopulares. Marcelo tem que ser franco, mostrando que o problema é internacional, nacional e estadual.
Reafirmamos, mais uma vez, que é premente que o senhor governador que se comunique aberta e sinceramente com a população tocantinense, com o funcionalismo público, seja transparente como sempre foi. É hora de revelar aos tocantinenses, qual é a real situação econômica financeira que se encontra o Estado, e quais são as providências que o governo irá adotar.
“FICHAS SUJAS”
A imagem do governo do Tocantins, de Marcelo Miranda, não pode ser desgastada por abrigar mais de 13 “fichas-sujas” ocupando cargos no primeiro e segundo escalões, sendo que alguns deles, para tomar posse, tiveram que buscar uma liminar na Justiça. Só isso já seria uma vergonha ante o povo. O MPE, recomendou ao governador exonerar o subsecretário da Indústria e Comércio, mas, e os demais, que também são fichas sujas?
O governador tem, agora, a oportunidade perfeita para fazer um limpa nos fichas suja, e eliminar do seu currículo o velho ditado popular que diz: “diga-me com quem andas, e te direi quem és”.
Quem viver, verá!