A gestão da prefeita Cinthia Ribeiro passa por um dos momentos mais delicados desde que assumiu o primeiro mandato, após a renúncia de Carlos Amastha para concorrer ao governo do Estado. A decisão de Cinthia de assumir o transporte coletivo na Capital, após anos de concessão à iniciativa privada, virou “bandeira” para políticos oposicionistas que tecem pesadas críticas à iniciativa do Paço Municipal.
Por Por Edson Rodrigues
Fato é que as concessionárias do transporte coletivo raramente renovavam suas frotas, muito menos disponibilizavam ônibus em número suficiente para suprir a demanda do setor, além de prestar um serviço que nunca deixou de ser alvo de reclamações da população. A frota antiga, as rotas mal planejadas e a diferença entre o número de assentos e o de usuários, são problemas latentes, difíceis e sem uma solução imediata.
A má qualidade do serviço prestado fez com que a prefeitura de Palmas não abrisse nova licitação, nem renovasse as concessões, chamando para si a responsabilidade por um serviço pra lá de complexo.
Ao resolver assumir o transporte coletivo, foi essa a realidade encontrada pela prefeitura de Palmas e, mesmo com o desejo de atender a população da melhor forma possível, a precariedade da situação acabou criando um ambiente desconfortável para o Paço Municipal.
PEDRA NO SAPATO
A dois anos de terminar seu segundo mandato, Cinthia Ribeiro vem realizando uma gestão de conceito, com ações significativas em todas as áreas de atuação, com valorização dos servidores municipais, investimentos de monta na Saúde, na Educação, na Ação Social, no Meio Ambiente, na Cultura e no Urbanismo, entre outras áreas.
Uma caminhada séria, equilibrada e competente, mas que pode ser afetada por uma “pedra no sapato”, chamada de “transporte urbano”. uma pedra que deve ser removida o quanto antes, para que não atrase nem impeça a conclusão dessa caminhada.
Após mapear as ações das lideranças de oposição à gestão de Cinthia Ribeiro (FOTO), o Observatório Político de O Paralelo 13 identificou uma ação correta, ao se valerem de uma iniciativa que busca a melhoria e a correção de um serviço público mal prestado, mas que peca deixa a desejar na sua execução.
Esse é o papel legítimo de toda oposição.
A questão é que essa já é uma atitude comum da oposição à gestão de Cinthia Ribeiro, que se mostra vigilante e atenta, pronta para apontar falhas e deslizes. O que se tem que observar é que todas as “denuncias” feitas contra a atual administração, foram devidamente sepultadas, ante a inexistência de provas e que o “conselho” do saudoso Golbery do Couto e Silva, fala em “triste do governo que não tiver uma oposição forte, séria, responsável e destemida”.
Mas, no caso da encampação do serviço de transporte coletivo, é necessário que a prefeitura de Palmas tenha em mente que, se é pra assumir um serviço deficitário, com a intenção de melhorar a sua qualidade e atender às demandas da população, é preciso agir com rapidez, efetividade e sabedoria.
De nada adianta apenas falar que vai resolver o problema. Tem que resolver, de fato!
MOMENTO DE RESOLVER
Desde o primeiro momento desse imbróglio, a opção da prefeitura de Palmas foi, primeiro, franquear o transporte coletivo e, com o desenrolar dos fatos, veio a decisão de não abrir as licitações nem fazer novas concessões, tomando o dia dois de março como prazo para a resolução da questão.
Pois então, é hora de a prefeitura resolver de vez o problema do transporte coletivo na Capital, não só em relação à bilhetagem, como no aumento do número de ônibus em circulação, renovação da frota e redefinição das linhas e rotas.
E essa é a “pedra no sapato” pois, se não cumprida, vai comprovar que as concessionárias do transporte coletivo de Palmas estavam certas em aumentar o valor da passagem e cobrar uma atuação mais contundente da prefeitura na manutenção das ruas e avenidas.
Se a prefeitura de Palmas não remover, logo, essa pedra, pode comprometer todo o restante da sua caminhada.
Palmas tem 334.454 habitantes segundo o IBGE, sendo que, pelo menos, 86% fazem uso regular do transporte coletivo, justamente pelo aspecto urbano do Plano Diretor da Capital, que faz da zona urbana uma das mais extensas do Norte do País. Ou seja, o transporte coletivo na Capital do Tocantins é uma demanda sempre crescente, que obriga investimentos e melhorias constantes para servir com um mínimo de conforto e eficiência aos seus usuários.
Como sempre pensamos no bem da população de Palmas, desejamos uma boa sorte e muita força de vontade à prefeita Cinthia Ribeiro, para que ela mostre que tem razão em colocar o transporte coletivo sob o comando da prefeitura, e que a oposição fez o seu papel de “termômetro”, mostrando que há maneiras melhores de fazer o bem para o povo.
Só o tempo trará a verdade!