A Policia Federal abriu um novo inquérito para investigar a Petrobras. Agora, a PF irá apurar se houve evasão de divisas na venda da refinaria de San Lorenzo para o grupo argentino Oil Combustibles S.A., que pertence ao empresário Cristóbal Lopez, amigo da presidente Cristina Kirchner. A investigação averiguará também se houve prejuízo à estatal. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Enquanto a Polícia Federal vem cumprindo muito bem o seu papel, o Senado nas suas apartes e suas questões de ordem aliado a sua comprovada lentidão apego e subserviência ao executivo alega agora questões de ordem para não instalar de foto comissão parlamentar de inquérito (CPI).
Esse outro bom negocio para os compradores da refinaria brasileira em terras argentinas segundo o jornal, foi aprovado pelo Conselho da empresa por um total de US$ 110 milhões, num negócio que incluiu a refinaria, os estoques, postos de gasolina, além de outros produtos. A empresa argentina estaria disposta a pagar, em outubro de 2009, até US$ 50 milhões somente pelos ativos da refinaria - sem os estoques e outros produtos. Sete meses depois, a estatal brasileira anunciou a venda do local por US$ 36 milhões.
A investigação deve começar pela apuração de um contrato firmado entre um intermediário do grupo argentino e um escritório de advocacia brasileiro, que teria como objetivo convencer a estatal a fechar o negócio pelo menor preço representado.
No decorrer do inquérito já aberto sobre a compra da refinaria no Texas (EUA) a Policia Federal vai ouvir o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, como testemunha sobre o caso da refinaria de Pasadena, negócio que está sob investigação por suspeita de superfaturamento.
Cerveró protocolou ontem na Polícia Federal, na Câmara e no Senado carta na qual se oferece para prestar esclarecimentos. "Estou à disposição para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários sobre minha participação, à época, como diretor internacional, bem como sobre toda a tramitação do processo aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras e, ainda, demais fatos que atestam a lisura do meu procedimento", escreveu o ex-diretor.
A Petrobras pagou muito bem aos conselheiros e diretores que fizeram vistas grossas às cláusulas do contrato com a Astra Oil, que onerou a estatal em US$ 1,2 bilhão na compra da refinaria de Pasadena (Texas). O Annual Report de 2006, ano do contrato, informa que a petroleira desembolsou US$ 3 milhões de bônus e jetons, para os 10 conselheiros e os sete diretores executivos. Cada um levou para casa US$ 176 mil – ou, em valores de hoje, cerca de R$ 401 mil naquele ano. Tudo legal mais imoral nessa época o salário médio pago ao trabalhador era de R$ 350.
Entre os conselheiros da compra estavam atual Presidente Dilma Russeff, Graças Foster, Nestor Cerveró, recém-demitido e de férias na Europa, e Paulo Pires, preso pela PF por ligação com doleiro. Hoje, entre os conselheiros da petroleira estão Guido Mantega (Fazenda), Jorge Gerdau, a própria Graças Foster, Luciano Coutinho (BNDES), Miriam Belchior (Planejamento).
Se os que são a favor a instalação da CPI, mesmo não tendo maioria para indicar a presidência e a relatoria, correm o risco de verem essa CPI ir para o STF, e com isso, o tempo dará a ele mesmo o tempo necessário para que a tempestade passe, e as eleições também, mas no meio desse tempo tem uma Copa do Mundo, uns apagões a falta d’água e outros imprevistos é esperar para ver.
Antonio Carvalho da redação