O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que a bancada decidiu nesta quinta-feira apoiar três medidas: a diminuição do preço do óleo diesel, reivindicação dos caminhoneiros; a redução do número de ministérios do Poder Executivo; e o veto ao dispositivo do Orçamento que triplicou o dinheiro destinado aos partidos pelo Fundo Partidário.
Picciani disse que o PMDB concorda com a necessidade de fazer ajuste fiscal, mas que esse ajuste não pode sacrificar os setores produtivos, como a indústria e o agronegócio. Por isso, o partido defende a desoneração de PIS e Cofins ou outra medida que diminua o custo do óleo diesel.
“É uma pauta dos caminhoneiros que nós apoiamos para dar competitividade e produtividade ao nosso País. Se houver outra proposta, não nos importa, o que importa é a solução do problema”, afirmou o deputado.
Redução de ministérios
A bancada também vai apoiar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que limita em 20 o número de ministérios. Hoje, são 39. A PEC é de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para Picciani, a proposta dá um sinal claro para a população de que o governo está comprometido com o corte dos gastos. “É fundamental que, no momento em que se propõe ao País o ajuste das contas públicas, o Executivo dê uma demonstração clara e inequívoca do seu compromisso com o corte de gastos”, opinou.
O líder peemedebista também negou a intenção da sua bancada em assumir qualquer pasta no Executivo. “A bancada do PMDB não solicitou, não solicitará e não autoriza ninguém a solicitar ministério em seu nome”, afirmou.
Fundo Partidário
A bancada também vai pedir à presidente Dilma Rousseff que vete o dispositivo do Orçamento que triplica o dinheiro repassado aos partidos por meio do Fundo Partidário. Picciani disse que o Congresso errou ao aprovar a medida.
O projeto original do governo destinava R$ 289 milhões para o fundo, mas o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da proposta, ampliou essa previsão para R$ 867 milhões. “Não faz sentido propormos corte de despesa e aumentarmos o valor do fundo”, disse Picciani.
A proposta orçamentária foi aprovada pelo Congresso na noite de terça-feira e, segundo Picciani, houve desatenção dos parlamentares. A medida repercutiu mal em jornais.
Agência Câmara