Caso venha a ser confirmada a indicação oficial da senadora Kátia Abreu ao TCU, como vem sendo costurado politicamente pelo Centrão e pelo Palácio do Planalto, com aval do Senado, os Abreus – leia-se Kátia Abreu e o também Senador Irajá Abreu – irão adotar a mesma estratégia da família Arraes, de Pernambuco, quando a matriarca Ana Arraes foi para o TCU, indicando pessoas de confiança do clã Arraes para os cargos-chave no Estado.
Por Edson Rodrigues
No caso do Tocantins, pela sobrevivência política do grupo dos Abreus, formado por prefeitos, vereadores, várias lideranças políticas, empresariais e classistas, deverão se juntar a outros segmentos partidários, onde o PP, presidido pela Senadora e o PSD presidido por seu filho, irão apoiar uma chapa de candidatos a governador, senador, deputados federais e deputados estaduais, com a transferência do comando do PP para um líder do próprio grupo, e ter candidatura própria ao governo do Estado, com vista a garantir uma das duas vagas no segundo turno.
Com essa movimentação, as chances do clã dos Abreu apoiar a candidatura a governador de Paulo Mourão ficam próximas de zero, levando-se em conta a costura política que vem acontecendo em Brasília, com as participações do Centrão e do Palácio do Planalto, sob a batuta e total controle pessoal do Presidente da República Jair Bolsonaro.
NOME DE KÁTIA É O PREFERIDO PARA TCU
O Observatório Político de O Paralelo 13 esteve neste final de semana em Brasília e Goiânia e, em conversas reservadas com nossas fontes, constatou um enorme favoritismo pela indicação da Senadora Kátia Abreu para o TCU, ainda neste mês de agosto. O Palácio do Planalto e o Centrão bateram o martelo e confirmaram a indicação do ministro Raimundo Carreiro, próximo da aposentadoria no TCU, para a Embaixada do Brasil em Portugal.
Senador Irajá Abreu
Assim, Carreiro antecipa sua aposentadoria no cargo de Ministro do TCU, vagando sua cadeira para a senadora tocantinense Kátia Abreu assumir a vaga no Tribunal de Contas da União. Para isso ela deve renuncia ao cargo no Senado e, em seu lugar, assume o primeiro suplente. Donizeti Nogueira .
Diante das especulações acima descritas, o tabuleiro político da sucessão Estadual terá mais uma pedra no tabuleiro, e se inicia uma nova era de articulações, que promete muitas surpresas.
EM POLÍTICA, NADA É EXATO
O Paralelo 13, no início deste mês, fez circular uma matéria especulativa sobre as chances da senadora Kátia Abreu ser ministra, ainda este ano, do TCU, quando trouxemos as datas das próximas aposentadorias dos ministros Raimundo Carreiro – 2023 – e de Ana Arraes – junho de 2022 –, colocando as chances de antecipação de aposentadoria de um dos dois ministros perto de zero, dando o mesmo percentual de possibilidade para que Kátia Abreu assumisse uma vaga na Corte de Contas.
Mas, como em política nada é exato, a chance zero foi esmagada por uma grandiosa articulação política do Centrão, do Senado e do Palácio do Planalto e está se transformando em 100% de probabilidade de ser a senadora Kátia Abreu a indicada pelo Senado para a vaga no TCU.
Ex-deputado Paulo Mourão
A ida de Kátia para o TCU deixa um grande vácuo na sucessão estadual de 2022, e faz surgir uma disputa ainda mais acirrada pela única vaga ao Senado disponível para o Tocantins, inclusive com a inclusão de novos pretendentes de olho na oportunidade de upgrade político em suas carreiras. Faltando mais de um ano e dois meses para a eleição, muitas e muitas novidades podem ainda estar por vir.