Não é de hoje que o Observatório Político de O Paralelo 13vem avisando que muitos dos planos de voo em desenvolvimento sob os céus do Tocantins se mostrarão completamente diferentes daquilo que se esperava, assim que as aeronaves pousarem
Por Edson Rodrigues
A única diferença é que muitas dessas aeronaves, ao invés de pousar, estão caindo, assim como as máscaras dos seus “pilotos”.
As declarações de “quase amor” da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro” e de seu marido, deputado estadual Eduardo Mantoan, buscando uma aproximação política com o governador Wanderlei Barbosa e seu grupo palaciano, “por um palanque único na sucessão municipal de Palmas” renderam uma “máscara” amistosa da boa vizinhança, que caiu vertical e vertiginosamente após o “primeiro casal” de Palmas postar foto com o prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, que levava um “amigo” na legenda e significava o abono do PSDB, partido presidido por Cintia no Tocantins, à busca do prefeito araguainense pela reeleição. Wagner Rodrigues é, hoje, o único prefeito a tecer críticas e a se declarar de oposição a Wanderlei Barbosa.
Outra máscara que caiu inapelavelmente foi a do União Brasil, presidido pela senadora Dorinha Seabra e pelo deputado federal Carlos Gaguim, ao se interporem à saída da deputada estadual Vanda Monteiro da legenda para ser candidata à prefeitura de Palmas, num episódio que rendeu um sangramento merecido do deputado federal que atacou jornalistas em redes sociais, por terem, apenas, revelado os fatos produzidos pelo próprio Gaguim que, por questões pessoais resolveu barrar a saída de Vanda Monteiro.
DETALHES QUE REVELAM
Os dois episódios – o do casal Mantoan e o do “novo boquirroto” Carlos Gaguim – são emblemáticos por evidenciar a proximidade e o perigo que pessoas que se dizem integrantes da base de apoio ao Palácio Araguaia representam.
Até então tidos como aliados em busca de agregar, politicamente, ao grupo palaciano, Cinthia Ribeiro e Eduardo Mantoan se aproximaram dos principais adversários do governador Wanderlei Barbosa de forma muito rápida, assumindo a amizade com Wagner Rodrigues como se ela já fosse latente, e mostrou, em outra vertente, jamais ter se desconectado da ex-senadora Kátia Abreu, mãe do senador Irajá, que se esforça, há tempos, em levantar denúncias contra o governo de Wanderlei Barbosa junto aos órgãos fiscalizadores federais, tentando, de qualquer maneira, conturbar uma gestão que está nas graças da população e do eleitorado.
Apesar de todo esse tipo de movimentação do PSDB ser esperada dentro do exercício democrático, elas demonstram o potencial que esse tipo de atitude representa nos maiores colégios eleitorais do Estado, onde o grupo palaciano conta com inúmeros apoios, mas deve sofrer, assim como em Palmas, do mesmo “mal das máscaras que caem”.
Deputado Federal Toinho Andrade e o governador Wanderlei Barbosa
Em Porto Nacional, por exemplo, o PSDB já explicitou seu apoio à candidatura à reeleição de Ronivon Maciel, exatamente contra a candidatura do deputado federal Toinho Andrade, apoiado desde o início por Wanderlei Barbosa.
Em Palmas, ainda não está descartado o apoio do casal Mantoan a Eduardo Siqueira Campos e outras lideranças oposicionistas.
Ou seja, mais que um afastamento, é uma mudança radical de posicionamento em relação ao grupo palaciano.
QUANDO A MÁSCARA CAI PELA BOCA
Deputado Gaguim e senador Dorinha
Já a máscara do União Brasil, essa caiu pela boca. E pela boca do deputado federal Carlos Gaguim que, ao se irritar com fatos a seu respeito publicados pela imprensa tocantinenses, resolveu atacar de forma vil e inconsequente aos jornalistas, divulgando fake News nas redes sociais e acabou tendo revelados posicionamentos desconhecidos do grande público, mas que trouxeram à tona uma forma de agir traiçoeiras, pra dizer o mínimo.
De integrantes da base de apoio ao governo de Wanderlei Barbosa, Gaguim e a senadora Dorinha Seabra passaram a ser vistos como oportunistas, que aguardam apenas o desenrolar dos fatos para se aproveitar da situação.
Ao chamar o vice-governador – e natural candidato ao governo em 2026 – Laurez Moreira de “fraco” e afirmar com todas as palavras que sua candidata ao governo em 2026 é Dorinha Seabra e, mais, informar que o candidato ao Senado é ele, Gaguim revelou que de grupo palaciano o União Brasil não tem nada. Muito pelo contrário. Ainda mais depois que não houve uma negativa, por parte da cúpula estadual do União Brasil acerca das falas de Gaguim. O famoso “quem cala, consente”.
Diante deste novo cenário “sem máscaras”, fica claro que o grupo palaciano não voa mais em céu de brigadeiro e, o mais importante, que Wanderlei Barbosa precisa aumentar a vigilância e o cuidado em relação aos que o chamam de “companheiro”.
Afinal, é chegado o “outono das máscaras políticas”. A época quem elas vêm, reveladoramente, ao chão. Quer queiram, quer não...