Proposta do PSL era dispensar a leitura da ata, mas oposição não concordou
Com Agências
O governo perdeu a primeira votação na Comissão de Constituição e Justiça ( CCJ ) e não conseguiu acelerar os trabalhos da comissão na sessão para a qual está prevista a discussão da reforma da Previdência. Um requerimento do deputado General Girão (PSL-RN) visava deixar a leitura da ata da reunião anteiror como último item dos trabalhos, para evitar que esse tema fosse usado pela oposição para realizar obstrução. Mas a estratégia fracassou e o requerimento foi rejeitado por 41 votos a 18.
Na votação, o PSL foi apoiado apenas por DEM, PSDB, Solidariedade, Novo e PSC. As demais legendas se somaram à oposição e derrubaram a proposta. Isso tudo quase uma hora depois da abertura dos trabalhos.
O requerimento apresentado pelo PSL não é usual e a oposição decidiu utilizar o expediente para apresentar outros cinco requerimentos de teor semelhante, propondo inversões nas ordens dos trabalhos.
Vencidos os primeiros requerimentos, partiu-se para a leitura da ata. O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), surpreendeu e pediu à deputada Maria do Rosário (PT-RS) para fazer a leitura. Ela fez a leitura de forma pausada, gastando cerca de 30 minutos. Deputados do PT e do centrão ironizaram que Francischini estava obstruindo os trabalhos ao escolher Maria do Rosário para tal função.