Senado é historicamente visto como a casa dos parlamentares mais experientes
Por Olavo Soares
As eleições deste domingo (2) indicaram os ocupantes de 27 cadeiras do Senado e consagraram o partido do presidente Jair Bolsonaro. O PL fez 6 senadores e agora tem 14 representantes no Senado, a maior bancada da casa.
A vice-liderança fica com o PSD, que ficará com 11 nomes. A terceira posição é do União Brasil, de 10 senadores.
O ambiente pró-Bolsonaro que o Senado passará a ter em 2023 diverge do cenário atual, em que a casa, embora não seja exatamente dominada pela oposição, fez jogo duro para o presidente durante todo o mandato do atual chefe do Executivo.
O Senado, por exemplo, instalou a CPI da Covid, que foi conduzida por adversários de Bolsonaro, e não avançou com pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma demanda do presidente e seus aliados. O presidente do Senado é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que em muitas vezes divergiu publicamente de Bolsonaro, especialmente em assuntos ligados às urnas eletrônicas e à segurança do processo eleitoral.
O Senado tem 81 membros e faz sua renovação de forma alternada: em uma eleição são selecionados um representante para cada estado e para o Distrito Federal, totalizando 27 parlamentares, e na seguinte são dois para cada unidade da federação, o que resulta em 54 vagas. Os eleitos tomarão posse em fevereiro.
A renovação de 2022 pode ser maior, caso os senadores que disputam as eleições para os governos de seus estados sejam vitoriosos. Estão na disputa do segundo turno os senadores Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Braga (MDB-AM), Rogério Carvalho (PT-SE) e Rodrigo Cunha (UB-AL). Se eles vencerem, seus primeiros suplentes assumem os mandatos.
Como está o Senado hoje
Atualmente, a maior bancada do Senado é a do MDB, que tem 13 representantes. Na relação estão desde parlamentares eleitos em 2014 e 2018 e também suplentes que estão no exercício do mandato, como Ivete da Silveira (SC) e Luiz Pastore (ES).
A segunda colocação é do partido do presidente do Senado, o PSD. Além de Pacheco, a agremiação conta com outros 11 representantes. Três deles buscaram a renovação de seus mandatos neste domingo, Alexandre Silveira (MG), Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM). Alencar e Aziz venceram a eleição e Silveira foi derrotado.
PP e Podemos, ambos com oito nomes cada, têm as terceiras maiores bancadas. O único nome do Podemos que disputou a reeleição foi Alvaro Dias (PR), que acabou derrotado. Lasier Martins (RS) concorreu a uma vaga de deputado e os demais estão na metade de seus mandatos.
Os partidos de Lula e Bolsonaro, PT e PL, têm sete senadores cada, assim como o União Brasil, da agora ex-presidenciável Soraya Thronicke (MS).
Confira a relação dos eleitos em 2022
AC
Alan Rick (União Brasil)
AL
Renan Filho (MDB)
AP
Davi Alcolumbre (União Brasil)
AM
Omar Aziz (PSD)
BA
Otto Alencar (PSD)
CE
Camilo Santana (PT)
DF
Damares Alves (Republicanos)
ES
Magno Malta (PL)
GO
Wilder Moraes (União Brasil)
MA
Flávio Dino (PSB)
MG
Cleitinho (PSC)
MS
Tereza Cristina (PP)
MT
Wellington Fagundes (PL)
PA
Beto Faro (PT)
PB
Efraim Filho (União Brasil)
PE
Teresa Leitão (PT)
PI
Wellington Dias (PT)
PR
Sérgio Moro (União Brasil)
RJ
Romário (PL)
RN
Rogério Marinho (PL)
RO
Jaime Bagatolli (PL)
RR
Hiran Gonçalves (PP)
RS
General Mourão (Republicanos)
SC
Jorge Seif (PL)
SE
Laércio Oliveira (PP)
SP
Marcos Pontes (PL)
TO
Professora Dorinha (União Brasil)