Senador Alcolumbre defende Legislativo ‘forte’ e diz que ‘cada Poder’ precisa respeitar seus ‘limites’

Posted On Terça, 04 Fevereiro 2025 02:42
Avalie este item
(0 votos)
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP) O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP)

Presidente do Congresso discursou na abertura dos trabalhos da Casa nesta segunda-feira (3)

 

 

Rute Moraes e Lis Cappi

 

 

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), disse, nesta segunda-feira (3), que cada Poder deve respeitar suas “funções” e “limites”. A fala foi dita durante a abertura da terceira sessão legislativa ordinária da 57ª Legislatura do Congresso.

 

Na ocasião, ele defendia ser necessário “consolidar a economia, equilibrar contas públicas e promover o desenvolvimento econômico e social”. Dessa forma, o Congresso iria garantir que a voz do povo seja ouvida e respeitada.

 

“Para que isso tudo aconteça, é essencial que cada Poder respeite suas funções e seus limites. O Congresso tem a sua autonomia e as suas prorrogativas. Vamos trabalhar em harmonia com Executivo e Judiciário, mas sempre garantindo que a voz do povo, representada nesse Parlamento, seja a base de todas as decisões”, declarou Alcolumbre.

 

O presidente do Congresso defendeu que a Casa avance em uma agenda fiscal para gerar empregos e combater a desigualdade. Assim, destacou que é necessário um Legislativo “forte, atuante e, sobretudo, respeitado”.

 

“Um congresso que fiscaliza, que propõe, que debate, que faz acontecer. Um legislativo forte é indispensável à estabilidade democrática. É a garantia de mecanismos efetivos de fiscalização do uso dos recursos públicos e da execução das políticas governamentais. É o espaço real de negociação e mediação, que promove o equilíbrio entre os diferentes grupos políticos, regionais ou sociais”, continuou.

 

Alcolumbre defendeu ainda que exista uma oposição “consciente”, e que todos os parlamentares atuem com cordialidade, respeito mútuo e diálogo.

 

Estiveram presentes na cerimônia, compondo a mesa principal, as seguintes autoridades: presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso; o procurador-geral da República, Paulo Gonet; e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não pôde comparecer.

 

Além disso, entre as autoridades presentes estavam: os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes; além dos ministros Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública).

Protesto da oposição

 

Durante a sessão, deputados de oposição ao governo usavam bonés com a escrita “comida barata novamente; Bolsonaro 2026″. Além disso, eles falaram palavras de ordem: “Lula, cadê você? O povo está com fome e não tem o que comer”.

 

Os parlamentares levaram ainda diversas peças de picanha e pacotes de café. Nos pacotes de carne, havia uma foto do ex-presidente Jair Bolsonaro com a frase “picanha black”. Já a embalagem do café uma foto de Lula com a escrita “nem picanha e nem café”.

 

Além de Alcolumbre, discursaram na cerimônia o primeiro-secretário da Câmara, deputado Carlos Veras (PT-PE), que leu o discurso de Lula, Barroso e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

Alcolumbre eleito como novo presidente do Senado

Alcolumbre retornou ao comando do Senado e do Congresso no sábado (1°) após conquistar 73 votos. Em 2019, ele foi eleito pela primeira vez para o posto.

 

 

Após eleito, ele defendeu a autonomia e autoridade do Senado como Casa Revisora. Em geral, o senador amapaense indicou que a Câmara dos Deputados tomou o protagonismo, tirando a autoridade do Senado.

 

Ele ainda enviou recados ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Poder Executivo, dizendo que o Congresso “não vai se omitir ou vacilar”.