Sonegação na venda de pedras preciosas é alvo de operação da polícia em Patos de Minas

Posted On Terça, 21 Julho 2020 17:46
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Na manhã desta terça-feira (21), Receita Federal, Procuradoria da Fazenda Nacional e Policial Federal deflagram a Operação

 

Com Assessoria

 

"A incomparável do Abaeté" para cumprir 5 mandados de busca e apreensão em alvos localizados na cidade de Patos de Minas. Os alvos são pessoas físicas e jurídicas, com o objetivo apreender bens e valores e reunir elementos de prova sobre evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A operação tem também a intenção de identificar patrimônio dos envolvidos, em especial, em nome de terceiros, no país e no exterior, para garantir o pagamento de vultosa dívida tributária com a União e identificar a continuidade da prática de sonegação fiscal comandada por grupo econômico familiar que atua no ramo de importação e exportação de diamantes e pedras preciosas.

Ao longo dos anos de 2000 a 2019, o grupo econômico sofreu diversas autuações do Fisco federal por sonegação de rendas geradas na atividade de comércio de pedras preciosas. Porém, em decorrência de diversos artifícios - tais como remessas ilegais de grandes quantias ao exterior, uso de empresas de fachadas situadas no exterior, lavagem de dinheiro, e utilização de pessoas para ocultação de valores ilegalmente recebidos pelos envolvidos - o grupo tem conseguido dissimular a ocorrência da obrigação tributária, ocultar e blindar seu patrimônio, deixando de recolher para os cofres da União dívida superior a R$ 60 milhões, e ainda tem continuado a agir nesse esquema criminoso de sonegação.

Além disso, há anos o grupo vem sendo investigado pela Polícia Federal pelo comércio de pedras preciosas extraídas de garimpos ilegais no país.

Nesses tempos de pandemia, o valor até hoje sonegado pelos envolvidos permitiria, por exemplo, construir dezenas hospitais e instalar milhares de leitos de UTI, equipados com modernos respiradores mecânicos, recursos que poderiam salvar milhares de vidas de pacientes com Covid-19.

A Operação "A incomparável do Abaeté" decorre do trabalho integrado dos órgãos envolvidos, e recebeu esse nome como referência a uma pedra preciosa, um diamante rosa, que foi extraída nos anos 90 de um garimpo de propriedade dos envolvidos no esquema criminoso de evasão fiscal, localizado na cidade de Abaeté/MG, e avaliada, na época, em mais de US$ 30 milhões.