As maiores expectativas em relação ao retorno efetivo do recesso de fim de ano discorrem acerca da publicidade, por parte do governo Wanderlei Barbosa, das suas prioridades para 2022.
Por Edson Rodrigues
Segundo fontes do Palácio Araguaia, o governador, que não parou de trabalhar nem no recesso, está focado, inicialmente, no auxílio às famílias impactadas pelas enchentes na Região Norte do Estado, participando pessoalmente dos trabalhos, que mobilizam o Corpo de Bombeiros Militar do Estado, a Polícia Militar, a secretaria do Trabalho e Ação Social, com auxílio das Forças Armadas.
O longo período de fortes chuvas destruiu estradas vicinais, danificou rodovias pavimentadas, isolou ou submergiu moradias em diversas cidades. Até agora, são mais de 1.900 famílias desalojadas e o número é crescente, com a previsão de mais chuva para os próximos dias. O Rio Tocantins está cerca de 13 metros acima do seu leito normal.
Governador, secretários e defesa civil em vitas permanmentes a locais de enchentes
O governo avalia, também, ações de auxílio aos pequenos produtores e pescadores ribeirinhos, que amargam prejuízos de 100% em suas produções e paralisação total da atividade pesqueira de subsistência.
A situação vem sendo acompanhada de perto e avaliada diariamente para a definição das ações mais emergenciais, com atenção especial para o aumento dos casos de Dengue, Gripe e doenças associadas à sujeira levada pela água, como a leptospirose. Os hospitais da região vem recebendo reforços de medicamentos, servidores e equipamentos.
APLICAÇÃO INTELIGENTE DE RECURSOS
O governo sabe que o ano de 2022 se iniciará com um Orçamento “virgem”, ou seja, sem aplicações de recursos definidas ou orientadas. Por isso, e pela escassez de verbas, terá que fazer uma aplicação inteligente desses recursos para que todas as áreas possam receber investimentos de forma equilibrada e eficiente.
Deputados estaduais em posse na ALETO
Já está acertada uma atuação constante em Brasília, em busca da liberação dos mais de 430 milhões de reais em empréstimos, já aprovados pela Assembleia Legislativa, que oxigenarão os cofres estaduais e se reverterão em obras em todas as regiões, com capacidade de fazer do Tocantins um maior canteiro de obras do Norte Brasileiro.
Governador Afastado Mauro Carlesse
Ao mesmo tempo, o governo sabe que todo cuidado é pouco para evitar que esses empréstimos não se transformem em mais uma “novela”, como ocorreu na gestão de Mauro Carlesse, que anunciou aos quatro cantos que o Tocantins receberia 600 milhões de reais em empréstimos e, até hoje, as ordens de serviço estão engavetadas pois faltou combinar com as instituições financeiras as condições para a liberação do dinheiro.
A intenção do governo de Wanderlei Barbosa é tratar apenas com o que se tem em mãos, ou seja, só falar em aplicar recursos quando estes já estejam liberados, destravando a máquina pública e colocando em pauta sua vontade de fazer o tocantinense voltar a acreditar no Tocantins, com um governo transparente, sempre em busca de sanar as necessidades da população.
PODER LEGISLATIVO TOCANTINENSE FAZ A SUA PARTE
Sede da Assembleia Legislativa
Wanderlei Barbosa tem encontrado na Assembleia Legislativa o apoio determinante para que suas pretensões de fazer o Tocantins voltar a sonhar, se tornem realidade. Os parlamentares da atual legislatura, que já vinham fazendo por merecer os votos que os elegeram para representantes de municípios e regiões do Estado, desde a gestão de Mauro Carlesse, quando cortou na própria carne para ajudar a reenquadrar o Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovando a extinção de secretarias, de órgãos e de cargos públicos, que resultaram na demissão de milhares de servidores contratados, temporários ou em comissão. Uma medida impopular, mas necessária, que vem dando os resultados esperados.
Essa mesma Assembleia Legislativa autorizou a contração de empréstimo, junto ao BRB, pelo então governador Mauro Carlesse, para possibilitar a construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, obra esta que teve a sua continuidade determinada por Wanderlei Barbosa.
Pilares da nova Ponte em Porto Nacional
A apenas duas semanas da volta dos trabalhos Legislativos, os parlamentares já esperam receber uma mensagem do Executivo Estadual, na pessoa do governador Wanderlei Barbosa, apresentando as prioridades de sua gestão enquanto durar seu exercício, sendo que uma delas já foi realizada, que foi a justa retomada do pagamento das progressões do funcionalismo público, antes mesmo do Natal do ano passado, uma ação muito bem recebida por todos, e que foi estendida aos prestadores de serviços e fornecedores, que terminaram o ano com suas pendências zeradas com o governo do Estado, fato que não acontecia há mais de 20 anos no Tocantins.
DISTRIBUIÇÃO IGUALITÁRIA
A grande questão para o governo de Wanderlei Barbosa é que já não há mais a pujança de recursos dos anos anteriores à disposição da sua administração, mas as justas reivindicações de municípios e entidades classistas permanecem e, obviamente, não há caixa para atender a todos.
Alguns são totalmente fora de contexto, pedindo aumentos de salários para a casa dos 30 mil reais, enquanto que outras categorias solicitam apenas o cumprimento de seus PCCs, deixados de lado por governantes anteriores. O governo do Estado já entendeu que a distribuição desses recursos deve ser igualitária, mas seguindo uma ordem justa e na proporção adequada, de forma igualitária, para fazer cumprir direitos represados.
O governador em exercício, a assembléia legislativa e os líderes de todos os segmentos do funcionalismo público devem buscar um entendimento em que nem o Estado desrespeite a Lei de Responsabilidade Fiscal nem os servidores deixem de receber seus direitos, mas de forma paulatina e estudada, para que ninguém tenha que sair prejudicado dessa negociação.
O certo é que “a bomba não pode estourar no colo” de Wanderlei Barbosa e ele acabar responsabilizado por injustiças cometidas por outros gestores ou se vendo obrigado a furar o teto de gastos, o que inviabilizaria sua gestão nos próximos meses e deixaria o próximo gestor, que assumirá em primeiro de janeiro de 2023, com um estado falido, sem condições de ser recuperado ou de fazer o investimentos necessários.
Esperamos que os senhores deputados estaduais lembrem que já cortaram da própria carne quando foi necessário e que não podem aprovar um “pacote bomba” no último ano legislativo. Sabemos que o presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade, portuense como Wanderlei Barbosa, não tomará nenhuma atitude temerária que coloque em risco a estabilidade financeira do estado ou que fira qualquer ponto da nossa Constituição Federal, mantendo o alto nível de sua gestão como presidente da Casa e sua folha de serviços prestados ao Tocantins cada vez mais digna do reconhecimento de todos.
Assim esperamos.