Alckmin deve continuar a responder ação por caixa 2 mesmo após ser eleito vice-presidente

Posted On Segunda, 14 Novembro 2022 05:42
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A investigação que atinge Alckmin foi aberta com base na delação da Odebrecht. A investigação que atinge Alckmin foi aberta com base na delação da Odebrecht. Foto: Agencia Brasil

Geraldo Alckmin  também, e investigado pela  Polícia Federal investiga um suposto pagamento de R$ 3 milhões em caixa 2, a afirmação foi feita em delação por Marcelino Rafart de Seras, ex-presidente da Ecovias , qie é a concessionária responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, principal ligação da cidade de São Paulo com o litoral sul do estado

Por Luiz Vassallo

 

Eleito a vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB) deverá continuar a responder pela ação em que é acusado de receber R$ 11 milhões da Odebrecht nas campanhas de 2010 e 2014 à eleição e reeleição ao governo de São Paulo. O Ministério Público paulista acusa Alckmin, o ex-secretário e tesoureiro de campanha Marcos Monteiro e outros por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa 2.

 

Fontes ligadas ao caso afirmaram ao Estadão que o processo deve continuar porque se refere apenas ao presidente da República o trecho da Constituição Federal que prevê a suspensão de todos os processos criminais iniciados antes do mandato atual.

 

A investigação foi aberta com base na delação da Odebrecht. Foi abastecida por áudios do doleiro Álvaro Novis, que era contratado pela empreiteira para gerar dinheiro em espécie e realizar pagamentos a políticos e agentes públicos. Atualmente, o processo está em fase de instrução.

 

O advogado José Eduardo Alckmin, que defende o vice-presidente, ressalta que decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que “não basta haver delação premiada” nos processos para acusar e condenar réus. “É uma prova tênue na medida em que é obtida em uma negociação que pode ser questionada. A lei exige provas de corroboração. Se não tem documento de corroboração, a delação por si só não é possível se sustentar condenação”.

 

Em setembro, o juiz do caso determinou que o Ministério Público Federal no Paraná fosse oficiado para dar aos advogados de Alckmin e de Marcos Monteiro a laudos de perícia sobre o acordo da empreiteira. Esta é a última movimentação do processo.

 

O Estadão apurou que advogados ainda não decidiram se vão pedir a suspensão do caso para estender a Alckmin o foro do presidente da República, e que estão preparados para continuar a defender o vice-presidente nos próximos anos.