Amastha diz que uma gestão inovadora pode fazer o agronegócio deslanchar e fazer o Tocantins crescer

Posted On Sábado, 12 Mai 2018 07:20
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Aplaudido em debate promovido pela Aprosoja, nesta 6ª, na Agrotins, candidato a governador garantiu que setor privado terá voz ativa no Conselho de Desenvolvimento Econômico e que jamais falará em tributação sem ampla discussão com a cadeia produtiva

 

Da Assessoria

 

Em um auditório Jaburu lotado na Agrotins, o candidato a governador na eleição suplementar do Tocantins pela Coligação “A Verdadeira Mudança”, Carlos Amastha (PSB), apresentou suas propostas para o setor agropecuário num diálogo franco durante debate com os produtores rurais, no início da noite desta sexta-feira, 11 de maio. No final do evento, os produtores elogiaram as ideias e as propostas do candidato.

 

Amastha participou do Encontro das Cadeias Produtivas do Tocantins, evento organizado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho). No evento, os produtores rurais e os organizadores fizeram vários questionamentos sobre temas do agronegócio, em especial da agricultura.

 

Já na primeira pergunta, Amastha explanou como funcionou a política tributária de sua gestão na Capital, ressaltando que o IPTU foi usado para combater os vazios urbanos e que isso não tem qualquer relação com vontade de aumentar impostos. Ele destacou que as taxas de cartórios cobradas das atividades rurais são altas e disse esperar que o projeto de autoria do próprio TJ-TO (Tribunal de Justiça do Tocantins) em tramitação na Assembleia Legislativa para reduzi-las seja efetivo. O candidato, que criticou "o absurdo" do aumento dessas taxas em 2014, ressaltou a importância da agricultura para o Estado, frisando que, infelizmente, a produção andou muito mais rápido que a política, salientando que uma gestão pública diferente poderia colaborar e muito com o crescimento do Estado.

 

Conselho Econômico com o setor privado

“Nós vamos ter um Conselho de Desenvolvimento Econômico formado com maioria do setor privado, do setor produtivo, nos moldes do que fizemos em Palmas. Claro que o governo vai participar, mas a decisão será de vocês. Precisamos de entidades fortes, como Aprosaja, Fieto e Fecomércio, trabalhando para o desenvolvimento, sem interesses políticos”, destacou Amastha, que foi muito aplaudido durante quase todo o evento.

 

Ele defendeu o incentivo total à implantação de mecanismos de energia solar em todos os setores, citando o exemplo do que ocorreu na Capital. “Os governadores, todos eles, prometem baixar a conta de energia. Mas isso é mentira. Mais de 40% dos gastos com energia é distribuição e nenhuma empresa tem lucro distribuindo energia em um território enorme como o do nosso Tocantins, com pouca população. Com a energia solar, aí sim, podemos até acabar com essa tarifa, inclusive”, salientou.

 

O candidato falou das questões ambientais e da substituição da área de reserva, dizendo ser favorável, desde que com a manutenção do mesmo bioma. Ele frisou que é possível ter equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a manutenção do meio ambiente, bastando que as medidas compensatórias sejam efetivas. “A compensação precisa ser inteligente e todos ganham”, salientou.

 

Exportações, emprego e renda

Sobre tributação e Lei Kandir, Amastha salientou que, antes de se pensar tributar ICMS de exportações, os Estados precisam protagonizar um trabalho conjunto para que ocorra a efetiva reposição da arrecadação por parte da União, o que não ocorre hoje. Ao complementar, Amastha se colocou à disposição dos agricultores para incentivar o processamento da produção no Tocantins, gerando emprego e renda no Estado.

 

Amastha garantiu, ainda, que jamais vai propor qualquer mudança na tributação para o setor, nem mesmo para diminuir ou substituir impostos, sem a total discussão com a classe. “Prometo que não ocorre nenhuma discussão sobre questões tributárias sem conversar com a cadeia produtiva”, salientou.

 

*Invasões*

O candidato afirmou ser totalmente contra qualquer tipo de invasão área particular e salientou sempre estará do lado do proprietário quando isso ocorrer. Porém, ele detalhou que isso não significa que não dá para resolver o problema das pessoas que precisam de terra. Segundo ele, o Tocantins possui uma vasta área e, mesmo que houvesse 50 mil famílias com necessidade, seria possível atender a todos.