Por Edson Rodrigues
A cúpula nacional do PMDB acaba de aplica um nada sutil “cartão amarelo” ao governador do Tocantins, Marcelo Miranda, ao prorrogar e renovar a intervenção no diretório estadual do partido no Tocantins.
Ao manter o controle estadual da legenda sob a batuta da senadora e ministra Kátia Abreu por tempo indeterminado, os dirigentes nacionais praticamente “mostraram o caminho da porta de saída” para o governador tocantinense, pois a atitude abre a prerrogativa para a senadora e ministra renovar todas as comissões provisórias dos municípios e, consequentemente, indicar os candidatos a vereador e prefeito pelo PMDB nos 139 municípios do Estado, bem como decidir as coligações que bem entender.
DESCONFIÔMETRO LIGADO
Seguidores, simpatizantes e correligionários de Marcelo Miranda tomaram um susto com a forma vertical com que a medida foi comunicada ao partido e já ligaram os alertas para os eventuais “sangramentos” e para o “fogo amigo” vindo de Brasília.
Para os analistas políticos consultados pelo O Paralelo13, não resta outra opção a Marcelo Miranda senão deixar a legenda pois qualquer outra alternativa significaria se curvar e aceitar a soberania de Kátia Abreu.
Senadora, ministra da Agricultura e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, Kátia detém muito poder de barganha em suas mãos, além de ser “bancada” pelo vice presidente e articulador político do Governo Federal, Michel Temmer, o que torna praticamente inócuas todas e quaisquer tentativas das deputadas federais do PMDB, Josi Nunes e Dulce Miranda em articular movimentos que venham a favorecer Marcelo Miranda no PMDB, já que o governador tocantinense enfrenta um momento de grande desgaste político e perda de prestígio dentro da legenda.
MAIS AÇÃO
Vale lembrar que podem ser esperadas muito mais ações com o objetivo de alijar Marcelo Miranda do comando do PM|DB no Tocantins, haja vista a movimentação iniciada com a saída do vereador palmense Iratã Abreu para dar lugar ao político experiente e sábio Carlos Braga na Câmara Municipal da Capital, num ganho de status considerável para o grupo de Kátia, que ainda conta com seu filho, Irajá na Câmara Federal, apontando para investidas pontuais visando um êxodo de vereadores, prefeitos, vice-prefeitos e lideranças políticas em todos os municípios do Estado, com destino ao novo grupo que começa a sob as “asas” de Kátia.
Nós, de O Paralelo 13, vislumbramos uma grande preparação para as eleições de 2016, quando Kátia Abreu mostrará seu poder de articulação atuando junto com o “novo” PL, criado pelo político paulista Gilberto Kassab e com o PSD, do qual faz parte seu filho e deputado federal Irajá Abreu.
Em Palmas, além de Carlos Braga, Kátia Abreu também se aproxima do ex-governador Carlos Gaguim, que tem muita identificação com os servidores estaduais e com a Polícia Militar e, inegavelmente, detém considerável força política.
Kátia conta, ainda, com o apoio de Jr. Coimbra, que foi um dos coordenadores da campanha vitoriosa do deputado Eduardo Cunha à presidência da Câmara Federal e que também detém significativa força política em todo o Estado.
Isso é apenas o começo de um embate que se horizonta histórico no cenário político tocantinense, com lances e jogadas de tirar o fôlego dos mais experientes espectadores da política do Tocantins.
Mais que nunca: quem viver, verá!
Mas só quem viver.....