Na política, nada é exato, principalmente em se tratando de uma sucessão estadual em que a principal característica é a falta de fidelidade política, estranhamente provocada pelos próprios políticos, ao complicarem, cada vez mais, os processos eleitorais, com “pérolas” como o fim das coligações proporcionais, nas eleições municipais passadas e, nestas, a criação da Federação Partidária.
Por Edson Rodrigues
O deputado federal e pré-candidato a governador, Osires Damaso, vem correndo para evitar chegar à convenção do seu partido sem uma chapa majoritária completa. A repentina visita de Damaso ao pré-candidato a senador, Ataídes Oliveira, escancarou para os analistas mais atentos que Damaso já não acredita, mais, na presença de Vanderlei Luxemburgo, ex-técnico da seleção brasileira de futebol e empresário da comunicação no Tocantins, pré-candidato ao Senado, em sua chapa. Além disso, Damaso deixa outro recado claro: não quer a presença da senadora Kátia Abreu em sua chapa.
Descartados
Ainda ontem, na coluna Fique por Dentro, O Observatório Político de O Paralelo 13 cravou a confirmação da composição de Vanderlei Luxemburgo com Paulo Mourão, pré-candidato ao governo pelo Partido dos Trabalhadores, e deixou claro que muitas novidades estão ainda por vir, até o dia cinco de agosto, último dia para a realização das convenções partidárias, que irão escolher, definitivamente, que estará com seu rosto nas urnas eletrônicas no dia dois de outubro próximo, para a avaliação dos eleitores.
O CAMINHO DE KÁTIA
Nosso Observatório Político, por meio de suas fontes em Brasília e no Tocantins, reuniu informações suficientes para fazer mais uma previsão que deve ser levada em conta pelos analistas políticos e eleitores. Elas dão conta de que as conversações entre a senadora Kátia Abreu e o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, estão adiantadas, sempre sob a supervisão do coordenador político da campanha de Dimas, senador Eduardo Gomes que, inclusive, acelerou as articulações para fortalecer ainda mais a candidatura de Dimas, incluindo a possibilidade de fechar um acordo político de apoio mútuo com o grupo político da senadora Kátia Abreu, que uniria o PP da senadora, o Podemos, do deputado federal Tiago Dimas e o PL do próprio Eduardo Gomes, que presidem as legendas no Tocantins, fechando a chapa majoritária com Dimas para o governo, Kátia para o Senado e um candidato a vice-governador vindo de outro partido que irá compor com o grupo.
Caso essa conjunção de forças realmente se concretize, estará formada uma chapa majoritária de peso, com chances de disputar o segundo turno de igual para igual com a chapa palaciana, lembrando que as outras duas chapas, de Osires Damaso e de Paulo Mourão, também vêm buscando fortalecimento político e não devem, jamais, ser descartadas ou subestimadas.
MAIS “LENHA NO FOGO”
E, no fim da tarde desta quinta-feira, uma outra fonte do nosso Observatório Político em Brasília, que faz parte de um grupo seleto de políticos, nos informou que há, ainda, a possibilidade de uma nova configuração política, a ser acertada nos próximos dias, que pode resultar em uma chapa com amplas possibilidades de ir para o segundo turno contra Wanderlei Barbosa, e que estaria sendo “costurada” de forma simultânea entre os membros das cúpulas nacional e estadual dos partidos envolvidos.
Permaneceremos de olho, aguardando as cenas do próximo capítulo da sucessão estadual tocantinense.
Aguardem!