Feira foi realizada em Olinda (PE) entre os dias 3 e 14 de julho. Ao todo, artesãos tocantinenses comercializaram 6.433 peças e receberam encomendas para mais 4.453
Da Assessoria
O Tocantins mais uma vez foi destaque na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada entre os dias 3 e 14 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco, no município de Olinda, e considerada a maior da América Latina no segmento. Com apoio do Governo do Tocantins por meio da Secretaria da Cultura (Secult), artesãos tocantinenses comercializaram mais de 6.433 peças e receberam encomendas para mais 4.453 itens. Nesta segunda-feira, 15, os artistas retornam ao estado, após duas semanas de intenso trabalho, com um total de R$ 355.148,00 em vendas, número que supera a participação na edição do ano passado, quando os profissionais comercializaram R$ 280.481,00.
Expondo suas peças em um estande de 42m², sete artesãos e quatro entidades representativas, vindos dos municípios de Itacajá, Tocantínia, Gurupi, Xambioá, Palmas, Ponte Alta do Tocantins, Dianópolis e da Ilha do Bananal, comercializaram seus trabalhos durante o evento, levando para os visitantes bolsas, biojoias, peças decorativas e utilitárias, entre outros produtos, todos feitos a partir de matérias-primas como sementes, capim-dourado, argila, fibra, madeira e palha de buriti. A atuação destes trabalhadores foi possível devido a um edital de chamamento público lançado pela Secult no mês de maio, que selecionou os profissionais, proporcionando o seu transporte e de toda a sua mercadoria, além do suporte de servidores da pasta durante os quase 15 dias de evento.
Com apoio do Governo do Tocantins por meio da Secretaria da Cultura (Secult), artesãos tocantinenses comercializaram mais de 6.433 peças e receberam encomendas para mais 4.453 itens - Kadu Souza/Governo do Tocantins
Para o secretário da Cultura Tião Pinheiro, os bons resultados demonstram o importante trabalho desempenhado pelos artesãos do estado e pelo Governo do Tocantins em levar o artesanato local para feiras Brasil afora. “A participação nesses
eventos é de extrema importância para que cada vez mais pessoas possam conhecer a cultura local, suas tradições e técnicas. Este ano tivemos mais um excelente resultado e conseguimos atingir, inclusive, compradores do maior museu do Hemisfério Sul, o MASP, e do Japão”, ressaltou.
A coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) no Tocantins e servidora da Secretaria da Cultura, Núbia Cursino, expressou alegria ao compartilhar os resultados obtidos pelo Tocantins na 24ª edição da Fenearte, e enfatizou o papel crucial da pasta durante todo o processo. "Acompanhamos estes profissionais desde a inscrição para concorrer ao edital até o último dia de feira. Parabenizo e agradeço aos nossos artesãos pela dedicação e talento, que levam a riqueza cultural do estado", complementou.
Laís Rodrigues Souza, conhecida como Laís Capim-Dourado, é uma artesã de Palmas. Em sua primeira participação na Fenearte, a artista levou para o estande uma variedade de produtos como biojoias, bolsas e fruteiras, todos confeccionados com o capim e a fibra de buriti. "Foi uma honra participar dessa feira, que atinge o Brasil e o mundo", disse.
Do Tocantins para o mundo
Ao longo dos dias da participação do estado na Fenearte, visitantes como a comerciante japonesa Yasuko Yamamoto, elogiaram a qualidade das peças tocantinenses. Em visita ao estande, ela explicou que trabalha com capim-dourado há mais de 14 anos e já tinha experiência com o artesanato do Tocantins. "Conheci pela internet e comecei a fazer negócios com artesãos tocantinenses. Depois vim para o Brasil pela Apex em 2018 e visitei a Fenearte. Gostei muito e desta vez voltei por minha conta”, disse Yasuko, que levou novas peças criadas em materiais como capim, argila e palha de buriti.
Além da compradora internacional, a curadora da loja oficial do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), Adélia Borges, comentou sobre o interesse dos visitantes da instituição no trabalho produzido pelo povo da etnia Karajá. Durante a feira, representantes do museu compraram R$ 10 mil em bonecas Ritxòkò e maracás, peças que serão comercializadas na loja oficial do Masp.