Parte da imprensa de Brasília foi surpreendida diante da radical mudança de rota assumida pelo ex-ministro Ciro Gomes em seus atos políticos relacionados com a pré-candidatura ao Palácio do Planalto em 2022
Com revista Veja
A coluna Radar da revista Veja da próxima semana revela que ocorreu no Planalto, na última terça-feira (15), uma reunião de duas horas que mais parecia um comitê eleitoral, e não um encontro oficial de governo. Estavam presentes o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e diversos ministros. Na ocasião, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, fez um alerta: é preciso tomar cuidado, em 2022, com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).
Na avaliação de Faria, Ciro é o único, no momento, que oferece risco para se tornar uma terceira via e crescer eleitoralmente para 2022. O marqueteiro baiano João Santana, contratado pelo PDT, é visto como um trunfo de Ciro, que, para o ministro, tem utilizado a estratégia de bater mais forte nos escândalos de corrupção do PT do que o próprio Bolsonaro, visando atrair bolsonaristas desiludidos e o centro.
O governador de São Paulo, João Doria, também foi citado na reunião. Ficou definido, segundo a revista, que caberá ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, combater a imagem de que o tucano é o “pai da vacina” contra a Covid-19.
O ex-presidente Lula (PT) ainda é tido como principal adversário no pleito. Para o governo, a polarização com o petista é mais segura do que enfrentar uma candidatura como a de Ciro, por exemplo.
Lula ajuda Bolsonaro ao ser o candidato da polarização, mas é preciso, disse Faria, tomar cuidado com o pedetista Ciro Gomes.