Os bastidores do processo sucessório no Tocantins, neste meio de semana, ecoam as decisões vindas da Capital Federal, Brasília, de onde todo o poder emana, em um desenrolar ainda indefinido, sem a regras finais para as eleições de outubro próximo.
Por Edson Rodrigues
Neste início de semana, os principais líderes políticos governistas e oposicionistas estiveram, justamente, em Brasília. O governador em exrecício, Wanderlei Barbosa, acompanhado do presidente da Assembleia legislativa, deputado estadual Toinho Andrade, seu companheiro e amigo, do secretário de Governo, César Halum, cumprindo compromissos extra-agenda. De acordo com informações obtidas pelo Observatório Político de O Paralelo 13, houve um café da manhã com dois dirigentes partidários e o encontro de uma autoridade federal com o governador.
Em Brasília está, também, o presidente do MDB tocantinense, ex-governador Marcelo Miranda que, depois de ter almoçado com o senador Eduardo Gomes, líder do governo federal no Congresso Nacional, conforme o apurado pelo nosso Observatório Político, Marcelo também se encontrou com o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, candidatíssimo ao governo do Estado.
Outros políticos tocantinense, pré-candidatos a deputado estadual, alguns deles com mandato na atual legislatura, também estiveram ou estão em Brasília, na busca de alinhar as conversações para a disputa da eleição de outubro próximo.
Só na manhã desta quarta-feira, o Observatório Político de O paralelo 13 contou nada menos que 12 líderes políticos tocantinenses perambulando nos corredores e gabinetes do Congresso nacional.
AGREGANDO
Ao nobres políticos tocantinenses buscam agregar em torno de suas candidaturas aos legislativos estadual ou federal, ingredientes que somem positivamente em suas postulações. A imensa maioria deles não está 100% fechado com nenhuma candidatura ao governo, ao Senado ou à Câmara Federal, pois nas eleições de outubro, o voto não será coligado e o eleitor estará livre para votar, de presidente a deputado estadual, independente dos partidos dos demais componentes da chapas, o que faz das eleições deste ano uma das mais fragmentadas da história política brasileira.
Bancada do Tocantins em Brasilia
O sucesso das candidaturas a deputado estadual e federal vai depender da força política individual de cada um dos postulantes ao cargos, em especial para aqueles que estão com suas campanhas profissionalmente organizadas, das “dobradinhas” que candidatos a estadual, federal e até senadores, farão em cada região do Estado e no palanque que cada um vai prestigiar para governador, baseado nas pesquisas de intenção de votos, realizados por institutos de credibilidade junto ao eleitores.
Além disso tudo, deve cuidar para estar em partidos que ofereçam boa infraestrutura de campanha, com suporte para cumprir compromissos, um ótimo marketing político com abrangência nos principais veículos de comunicação do Estado.
Vale ressaltar que as eleições deste ano não foram feitas para amadores. Mesmo tendo rios de dinheiro à disposição, a fragmentação dos votos vai exigir trabalho dobrado na conquista de cada um deles.
WANDERLEI GARANTE O REPUBLICANOS EM BRASÍLIA
Tanto os candidatos à reeleição e para os candidatos de primeiro mandato ou de retorno à vida pública, todo cuidado é muito pouco.
Ninguém, muito menos o governador em exercício Wanderlei Barbosa, quer ficar refém de um partido, e, por isso, todos buscam uma legenda para chamar de sua. E foi com essa ponto principal para uma filiação em mente, que Wanderlei trouxe na bagagem, direto de Brasília, o comando do Republicanos no Tocantins, pegando de surpresa o deputado federal Carlos Gaguim, que faz parte do grupo político do senador Eduardo Gomes e da deputada federal Dorinha Seabra, e acabou de se filiar ao mesmo republicanos.
A chegada de Wanderlei, a convite do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, é apenas a primeira surpresa dessa procissão de políticos tocantinense em Brasília, nesta semana.
O certo é que, a partir de agora, Wanderlei está tranqüilo para colocar seu nome sob a apreciação dos eleitores tocantinense, na busca por uma reeleição, aguardando, apenas, a resolução do destino de Mauro Carlesse, se será mesmo abatido pelo processo de impeachment ou se renunciará. Dois destinos que enterram as possibilidades da volta de Carlesse ao comando do Palácio Araguaia neste ano de 2022.
FUTURO DE CARLESSE AINDA INDEFINIDO
O pedido de impeachment contra Mauro Carlesse (PSL) chegou a um momento decisivo. Amanhã, quinta-feira (10), pela primeira vez na história política do Tocantins, os deputados estaduais se reunião para votar o afastamento de um governador. Carlesse está afastado do cargo desde outubro do ano passado, e o prazo definido pelo Superior Tribunal de Justiça vai até o mês de abril.
Se a AL decidir aprovar o parecer que recomenda o prosseguimento, o prazo do afastamento se renova por mais 180 dias, o que praticamente eliminariam as chances de retorno ao governo. Carlesse ainda teria que passar pelo crivo de um Tribunal Misto, composto por parlamentares e desembargadores. Desse novo julgamento pode resultar a perda definitiva do mandato e também a inelegibilidade.
A definição do futuro político de Carlesse e outras grandes surpresas ainda estão por ser anunciadas nas próximas 72 horas.
Que Deus nos abençoe!!