Reflexão deste domingo
Estamos há um ano e seis meses das eleições estaduais de 2026, mas a corrida pelo poder já está em ritmo acelerado. Neste domingo, o Observatório Político de O Paralelo 13 traz uma reflexão sobre um cenário preocupante: o avanço da campanha antecipada, marcada por cinismo, promessas vazias e a ausência quase total de prestação de contas com a população do Tocantins
Por Edson Rodrigues
É preciso dizer com todas as letras: muitos dos que hoje se lançam como “salvadores da pátria” sequer olharam para o povo ao longo de sua vida pública, são os conhecidos políticos copa do mundo. A encenação nas redes sociais, os vídeos editados com palavras doces e imagens ensaiadas tentam esconder uma verdade incômoda falta compromisso real, falta história de serviços prestados, falta respeito com quem vive nas dificuldades do dia a dia.
Vivemos, sim, numa democracia, sustentada pela liberdade de expressão garantida pela Constituição de 1988. E é exatamente essa liberdade que dá força à atuação do Observatório Político de O Paralelo 13, independente, crítico e comprometido com a verdade. Há 37 anos, o jornal O Paralelo 13 tem sido um bastião da imprensa livre no Tocantins, conduzido com seriedade pela família Rodrigues, que nunca se curvou diante de pressões ou conveniências políticas.
Fatos e feitos ou a falta deles
A primeira pergunta que qualquer candidato deveria responder com clareza é simples: o que fez pelo Tocantins? A maioria, porém, se perde em rodeios, slogans e frases de efeito. Há pré-candidatos que sequer possuem histórico de atuação nos 139 municípios. São “paraquedistas políticos”, que enxergam o Tocantins não como lar, mas como escada para suas ambições pessoais.
Enquanto eles planejam suas estratégias de poder, milhares de famílias estão em situação de vulnerabilidade. A inflação destrói o poder de compra, o desemprego castiga os lares, e os postos de saúde estão cada vez mais precários, com prateleiras vazias e falta de medicamentos básicos. A queda nos repasses do FPM e ICMS preocupa as prefeituras, que não conseguem manter nem o mínimo em programas de assistência social.
O governo estadual, por sua vez, lançou um programa de apoio às famílias em extrema pobreza, coordenado pela primeira-dama Karynne Sotero. O projeto ainda não saiu do papel e é aguardado com ansiedade por quem precisa de respostas imediatas.
Cinismo, ostentação e descaso
É revoltante ver políticos com salários pagos pelo contribuinte ostentando fazendas, carros de luxo e negócios milionários. Muitos ainda estão nos primeiros anos de mandato e já demonstram um padrão de vida incompatível com seus rendimentos declarados. Outros, sem nenhum vínculo com o estado, já se lançam como candidatos ao Senado, tratando o Tocantins como trampolim político.
E o problema não para aí. Existem também os “líderes locais” que negociam apoio político em troca de cargos, favores e migalhas. Prefeitos, vereadores e cabos eleitorais que agem como corretores de voto, vendendo o futuro da população ao melhor ofertante. O Observatório Político de O Paralelo 13 repudia veementemente esse tipo de prática e reafirma seu compromisso de denunciar cada movimentação suspeita, cada jogada política indecente.
O amadurecimento do eleitor tocantinense
A esperança, no entanto, ainda reside onde sempre deveria estar: no voto consciente. O eleitorado tocantinense amadureceu. Já não aceita mais promessas de ocasião ou candidatos fantasmas indicados por “figurões”. O tempo do voto por amizade ou por conveniência está, aos poucos, ficando para trás. Hoje, o eleitor quer saber da história, das propostas, da coerência e do compromisso real de quem pretende representá-lo.
Não interessa se o candidato é de esquerda, de direita, de centro ou sem rótulo. O que importa é sua trajetória, seu respeito pela coletividade e sua capacidade de construir políticas públicas eficazes. A representatividade precisa deixar de ser tóxica e passar a ser construtiva. O Tocantins precisa de líderes verdadeiros, não de atores de campanha.
O segundo semestre de 2025 trará uma nova fase para o jornal O Paralelo 13. Estaremos lançando um espaço permanente de debate com lideranças classistas das várias regiões do estado. Um canal plural, combativo e cidadão, onde serão promovidas entrevistas, debates, denúncias e análises aprofundadas da realidade política tocantinense.
Nosso compromisso é com a verdade e com o povo. É preciso lembrar que o futuro político-administrativo do Tocantins está, mais do que nunca, nas mãos do eleitor. O voto é a ferramenta mais poderosa da democracia e deve ser usado com consciência e firmeza.
A família O Paralelo 13, representada por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues, reforça seu papel histórico na defesa da transparência e da liberdade. Seguiremos atentos, atuantes e, acima de tudo, livres. Porque o Tocantins merece mais e precisa de muito mais do que promessas.