Presidente do Senado é apontado pela legenda como pré-candidato ao Planalto, mas evita dar declarações nesse sentido
Por Paloma Rodrigues
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (23) que a definição de uma candidatura própria da sigla para a presidência da República nas eleições de 2022 depende da construção do partido e do diálogo com a sociedade.
Pacheco é o principal nome apontado pela legenda para concorrer ao cargo nas eleições do ano que vem – mas tem evitado dar declarações mais contundentes nesse sentido.
Durante evento do PSD nesta quarta, em Brasília, políticos e lideranças do PSD fizeram apelos para que Pacheco oficialize sua candidatura. O presidente do partido, Gilberto Kassab, disse considerar que Pacheco já é o candidato.
"A figura central deste evento é Pacheco, pra mim, pré-candidato". Kassab ainda afirmou que, tratando-se de um mineiro, as declarações de Pacheco sobre concorrer no ano que vem foram "bem contundentes".
Já Pacheco foi menos enfático sobre sua posição nas próximas eleições.
"O que devo dizer a todos os senhores é que, convocado a esta missão de servir o PSD, eu o faço na condição de presidente do Senado e do Congresso. E em relação às eleições de 2022, eu repito: estarei de corpo, alma, mente e coração a serviço do partido e a serviço do Brasil", afirmou.
"Todos nós queremos que as eleições aconteçam e elas acontecerão, embora alguns tenham até sugerido que não tivessem eleições no Brasil, o que foi imediatamente repudiado pelo nosso partido. As eleições acontecerão e será um momento mágico", disse.
Críticas ao governo
Sem fazer citação direta, Pacheco pontuou diversos problemas a serem resolvidos no país.
"O Brasil precisa de homens e mulheres cientes de suas próprias responsabilidades nesse ano de 2021 pra enfrentarmos os problemas reais que envolvem precatórios, que envolvem Bolsa Família, que envolve responsabilidade fiscal, que envolve geração de emprego", disse.
Na área ambiental, disse que o desmatamento ilegal precisa ser admitido e enfrentado.
"Nós temos um país com a preservação de 66,3% do seu território, temos um país com a matriz energética limpa, mas o mundo não nos enxerga assim, porque temos aqui um problema gravíssimo que precisa ser reconhecido, inclusive pelo nosso partido, de desmatamento ilegal da Amazônia e de florestas".
"Nós não vamos conseguir equilibrar esses valores e estabelecer uma estabilidade diferente dessa que nós vivemos se não houver, de fato, um ambiente mínimo de pacificação nacional, de união nacional".