CARLESSE E WANDERLEI PODEM FICAR INELEGIVEIS

Posted On Sexta, 15 Junho 2018 16:06
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Irregularidades já se tornaram de conhecimento público e primeiros pareceres e avaliações complicam situação da chapa de Carlesse

 

Por Edson Rodrigues

 

Pronto!  Chegou à grande mídia, mais precisamente ao jornal Folha de São Paulo que, depois da exibição da reportagem na Globo News, apurou e publicou, para vergonha dos tocantinenses, tudo o que aconteceu no Palácio Araguaia após a posse de Mauro Carlesse como governador.

 

Alertada por denúncia feita pela coligação “É a Vez dos Tocantinenses”, do senador Vicentinho Alves, a Justiça Eleitoral ligou o alerta sobre fatos e atos praticados no palácio Araguaia, na secretaria da Fazenda e na Redesat, que resultaram nas ações da Polícia Federal desta semana.

 

As ações foram determinadas pela corregedora regional Eleitoral do Tocantins, Ângela Prudente, com pedido de tutela de urgência.

 

São investigados Mauro Carlesse, seu vice, Wanderlei Barbosa, Jackson Soares Marinho, prefeito Darcinópolis; Roberta Maria Pereira Castro, presidente da Agência Tocantinense de Saneamento; Claudinei Aparecido Quaresemin, Secretário de Infraestrutura do Estado; Sandro Henrique Armando, secretário da Fazenda do Estado; e Wagner Coelho, presidente da Redesat, suspeitos de praticarem condutas vedadas aos agentes em período eleitoral.

 

“A Ação de Investigação Judicial (AIJE) em questão busca apurar abusos de poder político e econômico que estariam sendo perpetrados pelos investigados, candidatos a Governador e Vice-Governador, além de alguns servidores públicos. Relatam os requerentes que tais condutas seriam graves o suficiente para influenciar no resultado do pleito, além de provocar desequilíbrio entre os candidatos”, informou a desembargadora.

 

Entre as condutas abusivas apontadas pelos denunciantes, requerentes da investigação, estão: transferência de recursos provenientes de emendas parlamentares; pagamentos de débitos de exercícios anteriores com privilégios aos municípios que apoiam a candidatura dos investigados; compra de apoio político de prefeitos, vereadores e lideranças locais; uso indevido de bens públicos móveis e imóveis; e uso de servidores públicos, durante o expediente, em campanha eleitoral.

 

CHUMBO GROSSO

As denúncias, a apuração e as ações da Polícia Federal dão o tom do tamanho e do grau das irregularidades que vinham sendo cometidas a partir do palácio Araguaia.

 

Em uma análise preliminar e de fácil entendimento, Mauro Carlesse e Wanderlei Barbosa correm o risco de ficar inelegíveis, pois a interpretação é a mesma usada no caso que cassou Marcelo Miranda e Cláudia Lelis, ou seja, contra a chapa e, não apenas contra Carlesse, e a vida dos deputados estaduais e federais que os apoiaram, além das lideranças citadas pela corregedora, passa a ser um mar de inseguranças e incertezas, pois, dependendo do grau do envolvimento de cada um nas irregularidades já comprovadas, não há pra onde correr, é “caixão e vela preta” e o chumbo que vem por aí, é grosso!

 

Pior para Wanderlei Barbosa, que em anos de vida pública, nunca havia se envolvido em nenhum ato que o desabonasse e, agora, vê-se enroscado com a Justiça porque resolveu aceitar ser vice do candidato errado.

 

Foi só “subir na gilete” que Carlesse achou-se o todo poderoso, agindo como ditador, obrigando funcionários de carreira a trabalhar em seu favor e servidores a cometer irregularidades.  Assim como Hugo Chaves, Nícolas Maduro, Muamar Gadaffi e outros ditadores, o atual governador do Tocantins misturou o público com o privado e resolveu que tudo deveria funcionar em seu benefício.

 

Bem, todos sabem como terminaram as histórias dos demais ditadores.  Resta saber como terminará a história de Carlesse...

 

Aguardando os próximos capítulos...