O troca-troca de legendas e de ideologias partidárias faz do deputado federal e ex-governador uma incógnita eleitoral
Por Edson Rodrigues
Um político de várias ideologias e vertentes, Carlos Eduardo Gaguim ainda não conseguiu emplacar a sua volubilidade política no Tocantins e no Brasil.
Tendo passado por partidos como o PTB, PMDB, PMB, PTN e, agora o PODEMOS, Gaguim – surpresa! –, preparava sua filiação ao DEM, do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, de olho no “gordo” hor´rio político de rádio e TV da legenda, sem o consentimento da competente deputada federal Professora Dorinha Seabra, presidente do partido no Tocantins. Silenciosamente, a presidente do partido “tirou um ás da manga” ao suscitar a filiação do ex-governador Siqueira Campos, líder das pesquisas para o senado em 2018, à mesma legenda, o que “fechou a porta” para Gaguim e suas pretensões senatoriais.
Além desse revés de Gaguim, que, há tempos, sonha com a vaga no Senado, chora o fato de o prefeito de Palmas, Carlos Amastha e seu grupo político terem assumido o comando do atual partido de Gaguim.
Ainda falando sobre Amastha, Gaguim, segundo a mídia local, teria sido o idealizador de um projeto de Lei, protocolado e assinado por um parlamentar maranhense, que tem com cerne impedir que estrangeiros, com nacionalidade dupla, sejam candidatos ao Senado e ao Governo dos estados brasileiros.
Gaguim também já foi o torcedor mais animado da possível candidatura da senado Kátia Abreu ao governo do Estado, mas, agora, veste o uniforme da torcida do presidente da Assembleia, Mauro Carlesse.
PORTA DA ESPERANÇA
Se alguém ainda lembra daquele quadro do Programa Sílvio Santos, “Porta da Esperança”, em que um sujeito escolhia entre algumas portas, qual esconderia um bom prêmio, fará facilmente a associação com a atual situação de Carlos Gaguim. A quantidade de portas que ele tem batido não garante – e até dificulta – que ele consiga seu intento.
No PMDB, nada feito, pois a legenda está sob o total comando do governador Marcelo Miranda, que, sabiamente, não farão de um partido tão tradicional, uma espécie de “barriga de aluguel” para uma candidatura de Gaguim.
Além do mais, essa instabilidade ideológica do nobre deputado já jogou por terra suas pretensões de candidatura ao Senado, restando apenas a reeleição a deputado federal, o que é visto como ameaça por qualquer pretendente à candidato a deputado federal, de qualquer legenda, pois Gaguim ainda tem força política capaz de incomodar.
Logo, seria muito bom para Gaguim que o apresentador Luciano Huck, já que estamos falando em programas de televisão, mudasse o quadro do seu semanário de “quem quer ser um milionário”, para “Ghguim quer ser deputado”, fazendo uma série de perguntas e tentando achar, em meio às respostas, um linha ideológica ou uma motivação de trabalho que deixasse claro qual seria o papel de Gaguim na Câmara Federal.
Afinal, ser deputado federal apenas para ser deputado federal, não justifica uma eleição....
Rá ráááíiiiii!