Candidato do PRB desiste de candidatura e partidos que o apoiavam “caem no colo” da candidata do Palácio Araguaia
Por Edson Rodrigues
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, com sua maneira arrogante de ser para com os políticos e lideranças nativas, vem colecionando perdas de companheiros preciosos e amealhando uma séie de adversários e novos inimigos.
Neste último fim de semana, Amastha conseguiu a proeza de perder um apoio de peso, tido como certo para sua campanha, que foi o da senadora e ex-ministra Kátia Abreu, que migrou com todo o seu clã, leia-se deputado federal Irajá Abreu e vereador Iratã e seus respectivos partidos.
Somando-se isso à forma com que o prefeito da Capital vem tratando o governador Marcelo Miranda, proferindo ataques raivosos nas redes sociais e pela imprensa, atitude essa que está desagradando a população tanto do Estado quanto da Capital, pelo fato de o governador ser considerado uma pessoa do bem, humilde e de bom coração, independentemente do que tem acontecido de negativo pelas bandas do Palácio Araguaia.
Marcelo Miranda é um cidadão que não aumenta o tom de voz para ninguém, e tem ao seu lado a primeira-dama e deputada federal mais bem votada em palmas, dona Dulce Miranda e os ataques proferidos por Amastha estão realmente incomodando o povo. Basta analisar as últimas pesquisa de consumo interno, que mostravam Amastha sempre em primeiro lugar e agora apontam um viés de baixa na aceitação do seu nome.
RAUL FILHO E SUA “ARCA DE NOÉ”
O ex-prefeito Raul Filho conseguiu montar uma verdadeira versão atualizada da Arca de Noé em sua coligação, juntando políticos de esquerda, de direita e até centristas que, antes opositores, agora cerram fileiras como companheiros em nome da sua candidatura a prefeito.
Quem poderia prever que estariam, hoje, do mesmo lado o ex-governador Siqueira Campos, a senadora e ex-ministra Kátia Abreu e seu clã, o deputado federal Carlos Gaguim, deputados estaduais, vereadores, ex-secretários de estado e outras lideranças que, antes, se colocavam em pontos diametralmente opostos do tabuleiro político?
Como Raul Filho conseguiu isso e as razões que levaram tantos opositores a se unir em torno de seu nome apontam para uma só explicação: o entendimento de que Raul Filho é o único nome capaz de derrotar o atual prefeito, Carlos Amastha, e devolver a normalidade ao cenário político.
CLÁUDIA LELIS E A SURPRESA
Já a vice-governadora Cláudia Lelis, do PV, depois de 150 dias de peregrinação por todos os bairros de Palmas, dando entrevistas, conversando com líderes comunitários, classistas e religiosos, conseguiu tornar seu nome bastante conhecido e construiu em torno de si, nos últimos seis dias, uma base sólida de apoio, que fez sua candidatura decolar.
Cláudia, agora, tem o apoio explícito do Palácio Araguaia – leia-se governador Marcelo Miranda, a primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda, a deputada federal Josi Nunes e o presidente do PMDB estadual, Derval de Paiva – e dos “abandonados” por Fabiano do Vale, do PRB, que desistiu de se candidatar, entregando de bandeja à ela os apoios do próprio PRB e do Solidariedade, além de lideranças importantíssimas como a do deputado estadual Vanderlei Barbosa e do deputado federal e presidente do PRB no Estado, César Halum.
NOSSO PONTO DE VISTA
Só poderemos traçar um panorama nítido da corrida sucessória na Capital após o próximo dia 15, data limite para que partidos e coligações registrem as candidaturas de seus quadros a prefeito e a vereador e para que seja, finalmente, dirimida a dúvida sobre a elegibilidade de Raul Filho, que tenta reverter uma condenação por colegiado por crime ambiental.
Raul filho registrou sua candidatura sob o peso de uma liminar do STF. Mas esse instrumento só é válido até o julgamento do mérito da questão. Caso seja absolvido, o candidato terá que convencer o eleitor dos benefícios da sua “Arca de Noé” política, para não incorrer no risco que derrubou a candidatura de Marcelo Lelis à prefeitura, depois de surfar sobre uma maioria de 68% e montar uma “Arca de Noé”, que o obrigou a praticamente terceirizar sua campanha, ficando sem poder absoluto de decisão e desagradar seus eleitores.
Raul começa a repetir os mesmos erros de Lelis e precisa tomar as rédeas de sua campanha o quanto antes para que, caso consiga ser candidato, seja o real líder de sua coligação, já que já há até uma movimentação dentro da sua “arca” para definir quem o substituirá, caso seja considerado inelegível. Por enquanto, os nomes mais cotados são os dos deputados federais Irajá Abreu e Carlos Gaguim.
O resto é tudo especulação!