Por Edson Rodrigues
Com o resultado das eleições estadual e federal, uma nova configuração política será instalada no Tocantins á partir de janeiro de 2015. Cassado em 2009, e eleito senador em 2010, no qual não tomou posse do cargo, com o apoio da sociedade tocantinense, Marcelo Miranda voltará ao governo do Estado.
Mesmo com todas as acusações contra o então governador eleito, o que se percebeu no período eleitoral foi um desejo popular espontâneo para que Miranda voltasse ao poder. Fato ocorrido também com a expressiva votação de sua esposa, candidata a deputada federal Dulce Miranda.
Mesmo com todo este clamor, a partir de janeiro, Marcelo Miranda encontrará um cenário tocantinense bem diferente daquele de 2002, quando foi eleito pela primeira vez governador do Estado. Terá que encontrar soluções para diversos problemas que o Tocantins enfrenta atualmente, em vários setores como saúde, educação, segurança pública, ação social e infraestrutura. Dentre outros.
Outro impasse que deverá ser prioridade na gestão do próximo governador é o possível rombo do Igeprev – Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins, que segundo denúncias, os números podem chegar a R$ 700 milhões.
Para o Tocantins, que será administrado pelo PMDB, à vitória a reeleição da presidente Dilma Rousseff do PT será considerada de grande valia, uma vez com as alianças partidárias, o PMDB terá por meio de Michel Temer a vice-presidência da República.
Tanto nas disputas do primeiro quanto segundo turno, Marcelo Miranda, a senadora Kátia Abreu, candidatos a deputados estaduais e federal que disputaram as eleições no Tocantins, e aliados políticos uniram-se em prol da reeleição da candidata petista. Neste segundo turno, realizaram diversas visitas e atividades, como carreatas, nos principais colégios eleitorais do Estado.
A confirmação da vitória de Dilma, para Marcelo Miranda foi recebida “como uma luz no fim do túnel. Mais que um acontecimento, um milagre”. Os peemedebistas e simpatizantes que nos últimos dias manteram-se calados, temendo a vitória do candidato do PSDB, Aécio Neves, poderão dar o grito preso na garganta.
Caberá a Marcelo Miranda, antes mesmo de assumir o Palácio Araguaia planejar as diversas ações de impacto, prometidas por ele no período de campanha. No entanto tudo se tornará mais acessível para o Tocantins com a vitória de sua aliada a presidência.
Democracia
Independente do resultado das eleições, o desejo da maior parte da população deve ser respeitado. Democracia é isso! Parabéns a sociedade brasileira, ao povo tocantinense, pelo exercício democrático realizado por meio do voto em 5 de outubro, primeiro turno e 26 de outubro, quando a população voltou as urnas para escolher quem governaria o País nos próximos quatro anos.
Merecem o nosso respeito e admiração por mais uma vez realizar com ética e eficiência o TSE – Tribunal Superior Eleitoral, e o TRE – Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins.
A imprensa de modo geral, impressa, web, televisiva e de rádio. Pela disseminação de fatos que visaram informar e auxiliar o eleitor na sua escolha. O Paralelo 13, com 27 anos de circulação em diversos municípios tocantinense orgulha-se por ter feito parte deste processo.
Ressaltamos ainda o nosso compromisso em continuar informando a sociedade com a mesma linha e determinação que sempre tivemos, de buscar a veracidade dos fatos, além de tornar público informações que acontecem nos bastidores do cenário político, econômico e social do Estado e do País. A nossos leitores, a quem devemos todo o agradecimento frisamos ainda que O Paralelo 13 é um veículo de comunicação que nestes anos provou que veio para ficar.
Resultado
Com uma vitória considerada apertada pelos analistas políticos, Dilma foi reeleita com 51% dos votos válidos contra 48% de Aécio Neves. Após a divulgação do resultado, a presidente pediu a união aos brasileiros e afirmou que estará aberta ao diálogo em todos os setores da sociedade, bem como a todos os governantes independentes de cores partidárias.
No Tocantins, Dilma Roussef recebeu 59, 5% dos votos válidos. Aécio Neves ficou com 40,51%. Dos 139 municípios, a candidata foi eleita em 129, dentre eles Araguaína e Gurupi. Em Palmas, maior colégio eleitoral do Estado o candidato Aécio Neves venceu com 50,6% dos votos válidos, enquanto a presidente ficou com 49,4%. Em um total de votos, o tucano recebeu 1532 votos a mais.