Cerca de 100 médicos e enfermeiros de programa do Ministério da Saúde estão em um hotel de Manaus. Muitos estão no local há mais de dez dias e ainda não entraram em um hospital
Com G1 e Jornal Macional
No Amazonas, profissionais de saúde impedidos de trabalhar reclamam da burocracia.
Em um hotel em Manaus, estão cerca de 100 médicos e enfermeiros do programa Brasil Conta Comigo, do Ministério da Saúde. Muitos estão no local há mais de dez dias e ainda não entraram em um hospital. Estão emperrados pela burocracia.
É o que conta um enfermeiro que preferiu não se identificar.
“O que disseram para gente é que, como a gente vai receber uma remuneração, para ter clareza nas contas públicas, precisa assinar e sair nosso nome no Diário Oficial da União, pedindo para que a gente vá e assine esse contrato temporário”, disse.
E a ajuda seria muito bem-vinda. Já são 15.816 casos confirmados de Covid-19 no estado e 1.160 mortes.
“Eu vim para cá trabalhar, eu vim para cá ajudar as pessoas. Eu estou no hotel parado sem poder fazer nada porque o trâmite legal está retardando a nossa entrada no hospital", contou o enfermeiro.
A Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas apresentou uma estimativa de grande subnotificação de casos em Manaus.
“Estima-se que hoje nós tenhamos pelo menos 60 mil casos não identificados pelo serviço de saúde, e essas pessoas certamente estão transmitindo, estão carregando o vírus e transmitindo o vírus onde quer que elas estejam”, disse a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto.
A fundação vai testar pessoas em todas as áreas da cidade, usando o método de amostragem para chegar mais perto do número real de casos.
O Ministério da Saúde informou que 303 voluntários do programa O Brasil Conta Comigo foram liberados para trabalhar no Amazonas. Outros 85 ainda precisam finalizar o processo de treinamento e registro.
Alguns receberam automaticamente o auxílio por estarem no Cadastro Único ou serem beneficiários do Bolsa Família
Com Estadão Conteúdo
Mais de 70 mil militares receberam o auxílio emergencial de R$ 600 destinado a trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus. A informação é dos ministérios da Cidadania e da Defesa. Em nota, as pastas reforçaram que os Comandos das Forças Armadas apuram "possíveis irregularidades" no processo.
"Os Ministérios da Defesa (MD) e da Cidadania (MC) informam que, dos quase 1,8 milhão de CPFs constantes da base de dados do MD, 4,17% (73.242) receberam o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal. Isso inclui militares (ativos e inativos, de carreira e temporários), pensionistas, dependentes e anistiados", diz o texto.
Ainda de acordo com o governo, as Forças Armadas apuram "individualmente cada caso" e "os valores recebidos indevidamente serão restituídos". Segundo os critérios para o recebimento do auxílio emergencial, o beneficiário não pode ter emprego formal ativo, o que inclui "todos os agentes públicos, independentemente da relação jurídica, inclusive os ocupantes de cargo ou função temporários ou de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração e os titulares de mandato eletivo".
Além disso, para receber o benefício o trabalhador precisa ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50) e ter renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 3.135) por família. O beneficiário também não pode ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.
De acordo com o Ministério da Cidadania e da Defesa, é possível que militares tenham recebido o auxílio emergencial automaticamente por terem o CPF registrado no Cadastro Único ou serem beneficiários do Bolsa Família.
Outra hipótese levantada pelas pastas é que entre os militares que solicitaram o auxílio podem ter pessoas pertencentes a famílias cuja renda mensal está dentro dos critérios solicitados pelo governo, o que pode ter levado com que interpretassem "equivocadamente" as regras de recebimento do benefício.
"Havendo indícios de práticas de atos ilícitos, os Ministérios da Defesa e da Cidadania adotarão todas as medidas cabíveis, mantendo sempre o compromisso com a transparência", afirmam as pastas.
Jornal 'O Estado de S. Paulo' pediu na Justiça acesso aos exames. Presidente tinha anunciado resultados, mas se recusou a mostrar documentos até o processo judicial
Com Agências
O presidente Jair Bolsonaro citou o respaldo da lei mais uma vez para falar sobre a proteção da sua intimidade para justificar o sigilo de seus exames para o novo coronavírus. O jornal O Estado de S. Paulo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter o resultado dos exames de covid-19, que o mandatário se recusa a divulgar.
Bolsonaro destacou que mandou entregar os papéis e que agora está "na mão" do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que decidirá sobre o assunto. "Eu estou fazendo valer a lei. Eu e você nós somos escravos da lei e a lei disse que a intimidade, isso aí você não precisa divulgar. Por isso, desde o começo eu me neguei a mostrar", declarou.
Na noite de terça, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que entregou ao ministro os exames que o presidente fez para detectar o novo coronavírus. O gabinete de Lewandowski comunicou que os exames foram recebidos às 22h de terça-feira e que seriam encaminhados para análise do ministro nesta quarta.
"O meu advogado chama doutor José Levi, da AGU. O ministro vai decidir hoje. O Lewandolvisk deve decidir hoje à tarde se dá a liminar, decide se eu entrego ou não, mas já mandamos entregar para ele, e ele decide o que fazer. Está na mão dele", disse.
Lewandowski teria a palavra final sobre uma ação aberta pelo jornal para ter acesso aos testes. A Justiça Federal de São Paulo e o Tribunal Regional Federal da 3ª Região garantiram o acesso aos exames, mas o Superior Tribunal de Justiça acolheu o recurso da AGU na semana passada e manteve o sigilo sobre os documentos. O Estado então fez novo pedido ao STF.
Bolsonaro informou em março que fez dois exames e que ambos deram negativo para covid-19, mas se recusava a apresentar os laudos até esta terça-feira.
"Alguns acham que estou mentindo sobre exame ter dado negativo, já adianto que caíram do cavalo, como vão cair do cavalo sobre o vídeo", disse em referência ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. A gravação é objeto de inquérito no STF que apura possíveis interferências de Bolsonaro na Polícia Federal.
Com mais de 18 mil casos confirmados, Rio tem quase 2 mil óbitos
Por Agência Brasil
O estado do Rio de Janeiro registra até esta terça-feira (12) 18.486 casos confirmados de covid-19 e 1.928 óbitos. O boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que existem ainda 927 óbitos em investigação e 172 foram descartados. Entre os casos confirmados da doença, 12.980 pacientes conseguiram se recuperar. Isso significa que 70,2% dos infectados estão curados, maior que a média nacional, que é de 40,9%.
A capital fluminense continua liderando os casos da covid-19 com 10.816 pessoas infectadas. Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vem em seguida, com 855 casos. Niterói, na região metropolitana, (779), Nova Iguaçu (696), São Gonçalo ( 572) e Volta Redonda, na região do Médio Paraíba, apresenta 420 infectados.
Óbitos por covid-19
O município do Rio de Janeiro tem o maior número de óbitos (1.279). Duque de Caxias (125), Nova Iguaçu (72), São Gonçalo (50), Niterói (45), Belford Roxo (39), São João de Meriti (38), Itaboraí (27), Mesquita (25), Petrópolis (18), Volta Redonda (16), Macaé (14), Magé (13), Maricá (13), Nilópolis (13), Itaguaí (11), Angra dos Reis (10), Teresópolis (10), Nova Friburgo (8) e Rio das Ostras (8).
Os outros 35 municípios têm até sete mortes cada, sendo que a maioria apresenta dois ou um óbito pela covid-19.
Capital
Dos 10.816 casos registrados na cidade do Rio de Janeiro, 7.905 pessoas infectadas pela doença conseguiram se recuperar. O bairro de Copacabana lidera o número de mortos, com 79 vítimas. Em seguida, vem Campo Grande (70), Bangu (62), Barra da Tijuca (45), Tijuca (38), Realengo, (37), Santa Cruz (33) e Botafogo (27). Ao todo, 143 bairros do município tiveram registro de óbitos.
Dados de Covid-19 no Rio de Janeiro
Para mais informações, acesse o painel de monitoramento de coronavírus no estado do Rio de Janeiro ou o painel de monitoramento da prefeitura do Rio, com o gráfico sobre os infectados e óbitos por bairros no município.
Em seu YouTube, o ex-jornalista da Globo comentou o áudio vazado de Giuliana Morrone (veja o vídeo)
Por iG Gente
Depois de ser chamado de "gagá" pela ex-colega de trabalho, Giuliana Morrone , em áudio vazado na internet, Alexandre Garcia finalmente deu sua resposta. “Ela falou para uma pessoa, sem intenção de que chegasse a milhões. Mas, como o telefonema vazou, preciso responder”, escreveu no seu Twitter.
Através de vídeo postado no seu canal no YouTube nesta terça-feira (12), Alexandre Garcia declarou que lamenta o vazamento do áudio da colega e que há inverdades nas declarações de Giuliana. "Eu jamais faria isso", disse ele sobre apoiar que Bolsonaro não renovasse a concessão da Globo.
Sobre o comentário da colega de que ele cobrarava pouco para ser "mestre de cerimônia de vidraçaria", Alexandre afirmou que cobra, sim, pouco para pequenas empresas e que não cobra nada de empresas públicas. "Eu não tenho nenhum preconceito contra vidraceiro", disse.
Por fim, ele ainda disse que ficou surpreso com os comentários dos ex-parceiros de emissora e que "em tempos de ter que usar máscara, às vezes se usa máscara por tanto tempo que ela se esgarça e cai".
Entenda o caso
Giuliana Morrone, apresentadora do "Bom Dia Brasil", surpreendeu a todos ao chamar o ex-colega de trabalho de " gagá ". Em um diálogo que aconteceu na última sexta-feira (8) e que acabou vazando, Giuliana chegou a questionar a sanidade mental do jornalista. A conversa com o comentarista de política da Globo , Gerson Camarotti , ocorreu durante o intervalo do noticiário matinal.
No desabado, Morrone não poupou nem mesmo a atriz Regina Duarte . Durante cerca de 3 minutos, ela e Gerson teceram comentários não muito elogiosos à dupla, publicamente alinhada ao governo de Jair Bolsonaro . "Eu fico pensando assim, se não tá gagá, entendeu? Só pode ser. Tipo a Regina Duarte, né?", questionou.