Ministério da Saúde informa que paciente voltou contaminado da Itália, usando máscara no voo; não há indícios de circulação interna
Por iG Saúde
Trata-se do segundo paciente catalogado com a doença; veja os detalhes
O Ministério da Saúde informa que mais um caso de coronavírus foi confirmado pela Secretaria de Saúde de São Paulo neste sábado (29). De acordo com as autoridades, trata-se de um homem de 32 anos que esteve recentemente em Milão, na Itália, e retornou ao Brasil infectado. O paciente chegou no Brasil há dois dias, e utilizou máscaras higiênicas durante o voo.
Conforme a declaração do Ministério da Saúde, o paciente relatou febre, dores no corpo e coriza ainda no primeiro dia após retornar ao Brasil. Ele procurou atendimento no Hospital Albert Einstein, onde foi diagnosticado com o COVID-19.
O homem está isolado em sua casa e passa bem. Sua mulher não demonstrou sintomas do coronavírus , mas está sendo monitorada pelas autoridades de saúde.
Até o momento, não há indícios de circulação do coronavírus em território brasileiro ; apenas casos importados.
Esta é a segunda ocorrência de coronavírus catalogada pelas autoridades paulistanas. No último dia 25, um paciente de 61 anos que esteve na região da Lombardia (Itália), um dos epicentros da doença na Europa, retornou infectado ao Brasil. Os sintomas do COVID-19 começaram dois dias após o seu retorno, no dia 20 de fevereiro, com febre, coriza e dor de garganta.
O mesmo foi atendido no Hospital Albert Einstein, onde o primeiro teste deu positivo. A contraprova foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz e confirmada na manhã desta quarta-feira (26).
Coronavírus no mundo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou até este sábado 85.403 casos em 54 países. Destes, 2% (1.753). Foram registrados 2.924 óbitos, representando uma letalidade global de 3,4%.
A China tem 93% (75.394) dos casos confirmados e 97% (2.838) do total de óbitos no mundo, representando uma letalidade de 3,6%.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando com especialistas para expandir o conhecimento médico sobre o novo coronavírus. Dados sobre a transmissão, recuperações e óbitos são importantes para conhecer melhor a doença e a proporção da epidemia.
A Agência Brasil preparou um guia de medidas básicas para evitar o contágio e a disseminação dos vírus que atacam o sistema respiratório, em especial o coronavírus. As informações são da OMS.
Confira:
Higienize as mãos
Lave suas mãos frequentemente com água e sabão ou com uma solução de álcool em gel.
Por quê? Esfregar as mãos ajuda a eliminar traços do vírus que podem estar presentes em lugares de uso comum.
Mantenha distância social
Mantenha pelo menos um metro de distância de pessoas que apresentam tosse ou espirros constantes.
Por quê? A tosse e o espirro propagam pequenas gotas de secreção e saliva que podem conter vírus. Com a proximidade, a chance de respirar ou ter contato essas gotículas aumenta.
Evite tocar os olhos, o nariz e a boca
Evite coçar, esfregar ou ter qualquer tipo de contato com as mucosas. Essas áreas têm contato direto com a corrente sanguínea e são mais sensíveis à presença de agentes de contaminação
Por quê? As mãos estão em contato constante com superfícies que podem ser vetores de transmissão de vírus e bactérias. Mantê-las longe das mucosas diminui a chance de ficar doente.
Pratique higiene respiratória
Tenha boas práticas de higiene respiratória. Isso significa cobrir a boca e o nariz com o braço curvado ou com um lenço de tecido ou papel ao tossir e espirrar. Descarte ou higienize o material usado imediatamente.
Por quê? Gotículas de saliva e secreção são vetores do Covid-19. Evitar que outras pessoas entrem em contato com saliva contaminada evita não apenas o coronavírus, mas uma série de doenças respiratórias.
Em caso de febre ou dificuldade respiratória, busque ajuda médica rapidamente
Não saia de casa se estiver com febre. Se os sintomas persistirem e caso haja dificuldade respiratória, busque atenção especializada imediatamente.
Por quê? Apesar de serem sintomas comuns, uma ação rápida pode evitar problemas mais sérios e o desenvolvimento de sintomas mais graves de infecções respiratórias.
Uso de máscaras
Pessoas saudáveis, sem sintomas como febre, tosse ou espirros não precisam usar máscaras
Por quê? Apenas profissionais de saúde e pessoas que apresentem sintomas parecidos com os do novo coronavírus precisam usar máscaras. A função das máscaras é conter a propagação do vírus em quem já está infectado. A OMS recomenda o uso racional das máscaras.
Fique bem informado e siga os procedimentos do Ministério da Saúde
Por quê? Autoridades nacionais e locais têm a informação mais atualizada sobre a situação de saúde na sua área. Tomar atitudes preventivamente ajuda o sistema de saúde a distribuir e compreender de maneira ágil a disseminação de qualquer doença.
Mesmo com expectativas favoráveis, apoio de setores da imprensa e a movimentação para garantir as reformas tão sonhadas pelo ‘mercado’, notadamente a trabalhista e a da previdência, a dupla Paulo Guedes/Bolsonaro não conseguiu fazer a economia andar
Por Jose Cassio
Pelo contrário: em menos de 14 meses de governo, o país registrou sua maior perda de investimentos num só dia, R$ 3,068 bilhões, na quarta, 26, desde o início da contabilização dos dados, em 1994.
No consolidado de 2019 e início de 2020, quase R$ 80 bilhões deixaram o país: 44,5 bilhões ano passado e R$ 34,908 bilhões entre janeiro e fevereiro de 2020.
Os investidores estrangeiros, segundo o UOL, retiraram R$ 3,068 bilhões da bolsa no retorno do feriado de Carnaval, em meio ao pânico generalizado com a rápida disseminação do novo coronavírus fora da China.
Naquele dia, o Ibovespa fechou em forte queda de 7%, aos 105.718,29 pontos, com giro financeiro de R$ 33,2 bilhões.
Em fevereiro, o saldo acumulado de recursos estrangeiros na Bolsa está negativo em R$ 15,750 bilhões, resultado de compras de R$ 190,150 bilhões e vendas de R$ 205,900 bilhões.
Em 2020, os estrangeiros já retiraram R$ 34,908 bilhões do mercado acionário brasileiro.
O montante já é equivalente ao saldo negativo registrado entre 2 de janeiro e 13 de novembro de 2019.
No fechado do ano, a saída de capital estrangeiro da bolsa totalizou R$ 44,5 bilhões.
A questão é saber até quando o país suporta a combinação explosiva de falta de credibilidade com desordem social e política e uma economia que não dá sinais de reação.
Pelo texto aprovado no fim do ano passado, o Congresso teria o controle de R$ 46 bilhões do Orçamento. Após um acordo costurado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, parlamentares cederam e aceitaram devolver R$ 11 bilhões para o controle do Executivo
Com Estadão Conteúdo
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), convocou sessão do conjunta do Congresso para a próxima terça-feira, 3, às 14 horas, para votação de vetos presidenciais. Entre eles, o de número 52, que é o veto parcial do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que inclui o chamado Orçamento Impositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo no início do mês, líderes de partidos estavam dispostos a derrubar os vetos de Bolsonaro no projeto que obriga o governo a pagar todas as emendas parlamentares neste ano.
Pelo texto aprovado no fim do ano passado, o Congresso teria o controle de R$ 46 bilhões do Orçamento. A proposta também previa regras mais rígidas para os pagamentos, como um prazo de 90 dias nos casos de emendas de relator e punições ao governo no caso de descumprimento.
Após um acordo costurado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, parlamentares cederam e aceitaram devolver R$ 11 bilhões para o controle do Executivo.
Líderes do Congresso também aceitaram em deixar de fora da lei o prazo de 90 dias e a previsão de punição.
Mesmo assim, o acordo foi criticado internamente por integrantes do governo. A crise eclodiu quando o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, acusou o Legislativo de "chantagear" o governo por recursos.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que numa reunião com Bolsonaro ele chegou a falar em "golpe branco".
Em reuniões fechadas, Bolsonaro disse que não seria "refém do Congresso", nem uma "rainha da Inglaterra", sem poder de execução do Orçamento.
Insatisfeito com os termos do acordo, o presidente determinou uma nova rodada de negociações e ameaçou judicializar a questão, caso seus vetos sejam derrubados.
Vem pra Rua
Embora não tenha aderido às manifestações em defesa do governo e contra o Congresso Nacional e Judiciário marcadas para o dia 15, o Vem Pra Rua tem trabalhado pela manutenção do veto presidencial ao Orçamento Impositivo. O grupo, que ganhou projeção com o impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff, criou o site veto52.com.br para pressionar congressistas a defender o veto de Jair Bolsonaro.
"O Congresso não pode tomar o controle sobre R$ 30 bilhões do orçamento. Não seja otário. Acesse", diz o grupo em publicações nas redes sociais.
No site, o movimento declara a intenção de "cobrar todos os parlamentares pela manutenção do veto 52" e apresenta listas dos deputados e senadores favoráveis, contrários e indecisos quanto ao veto.
A plataforma indica a quem acessá-la os dados de contato dos parlamentares, além dos inquéritos e processos que envolvem os políticos e que correm no Supremo Tribunal Federal (STF).
Também expõe em gráfico a evolução patrimonial de cada parlamentar e lista, mês a mês o valor usado pelo congressista da cota parlamentar.
Rendimento foi de R$ 1.438,67 por mês em 2019. No Rio, ganho sobe 11,4% ante o registrado em 2018, a 2ª maior alta, no Tocantins foi de R$ 1.055,60
Com Agência Brasil
O rendimento domiciliar por pessoa (per capita) do Brasil foi de R$1.438,67 por mês em 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O valor é 4,78% maior do que o registrado em 2018, sem considerar a inflação, que terminou o ano em 4,31%. Em 12 estados, a renda domiciliar per capita foi menor que o salário mínimo nacional, de R$ 998 no ano passado.
O rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. O cálculo inclui pensionistas, domésticos e seus familiares. Em 2018, 13 estados brasileiros possuíam renda domiciliar per capita menor que o salário mínimo nacional.
A desigualdade é explicada por fatores como a estrutura do mercado de trabalho e a taxa de desemprego de cada região (mais altas no Norte e Nordeste), o nível educacional da população e o tamanho das famílias.
A desvantagem econômica está concentrada em estado do Norte e do Nordeste, onde há o predomínio da informalidade. No ano passado, 11 estados já tinham mais informais do que formais.
Como nos anos anteriores, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento per capita, de R$ 2.685,76 em 2019. O valor mais elevado pode ser explicado pela concentração dos serviços públicos, cujos salários são mais elevados, na região.
Já o menor rendimento por pessoa foi observado no Maranhão, de R$ 635,59 por morador, o que representa menos da metade da média nacional.
No Rio de Janeiro, a renda domiciliar per capita subiu de R$ 1.698 para R$ 1.881,57 no ano passado, uma elevação de 11,4%. Foi a segunda maior elevação de rendimento entre os estados brasileiros, atrás apenas do Espírito Santo, que registrou de 14%.
Em São Paulo, estado mais rico do país, por sua vez, a alta foi de 2,51%, atingindo R$ 1.945,73
Os dados fazem parte da Pnad Contínua e servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.
Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras entrevistas dos quatro trimestres da pesquisa.
Veja o rendimento nominal mensal domiciliar per capita em 2019, por estado:
Maranhão: R$ 635,59
Alagoas: R$ 730,86
Pará: R$ 806,76
Piauí: R$ 826,81
Amazonas: R$ 842,08
Amapá: R$ 879,67
Acre: R$ 889,95
Bahia: R$ 912,81
Paraíba: R$ 928,86
Ceará: R$ 942,36
Pernambuco: R$ 970,11
Sergipe: R$ 979,78
Roraima: R$ 1.043,94
Tocantins: R$ 1.055,60
Rio Grande do Norte: R$ 1.056,59
Rondônia: R$ 1.136,48
Goiás: R$ 1.306,31
Minas Gerais: R$ 1.357,59
Mato Grosso: R$ 1.402,87
Espírito Santo: R$ 1.476,55
Mato Grosso do Sul: R$ 1.514,31
Paraná: R$ 1.620,88
Santa Catarina: R$ 1.769,45
Rio Grande do Sul: R$ 1.842,98
Rio de Janeiro: R$ 1.881,57
São Paulo: R$ 1.945,73
Distrito Federal: R$ 2.685,76
Campanha nacional vai começar no dia 23 de março; objetivo é facilitar diagnóstico do coronavírus
Por Marcos Araújo
O Governo federal anunciou, na tarde desta quinta-feira (27), em coletiva de imprensa, que irá antecipar a campanha de vacinação da gripe em 23 dias, com início previsto para 23 de março. A decisão acontece após confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a importância da vacina contra a gripe está justamente em facilitar o diagnóstico do coronavírus. Segundo ele, os pacientes que já tiverem tomado a vacina, mas apresentarem sintomas gripais, devem procurar as unidades de saúde e fornecer essas informações, o que irá facilitar o diagnóstico do coronavírus, porque as doenças contempladas na vacina não serão consideradas.
Durante a coletiva, Mandetta pontuou que a campanha será realizada em nível nacional e ressaltou que a vacina deixa o sistema imunológico 80% protegido contra cepas virais que estão circulando e que são milhares de vezes mais comuns que o coronavírus. O ministro destacou ainda que, se o paciente relatar para o profissional de saúde, mesmo cerca de dois meses depois de receber a dose, que foi vacinado contra a gripe, irá auxiliar o raciocínio desse profissional para pensar na possibilidade de outras viroses, que não aquelas que são cobertas pela vacina.
Centro de monitoração dos casos de coronavírus
Durante a coletiva, o coordenador do Centro de Contingência montado pelo Governo federal, David Uip, explicou como funcionará o centro para monitorar casos suspeitos de coronavírus. Conforme ele, esse centro está formado por especialistas na área de infectologia. Uip afirmou que a primeira informação colhida é a de que o coronavírus não é novo, mas uma variação genética. “Vivemos isso com H1N1, com a dengue, com o sarampo, então nós estamos preparados para lidar com uma situação que é conhecida”, afirmou Uip, acrescentando que pacientes com complicações respiratórias deverão procurar um serviço de saúde. “A febre foi e voltou? Procure o atendimento. Começou a ter dificuldade para respirar? Procure um serviço de saúde”, completou.